AS TENDÊNCIAS EM RENOVÁVEIS QUE MARCARAM 2016

26 de dezembro de 2016
AS TENDÊNCIAS EM RENOVÁVEIS QUE MARCARAM 2016
Com a entrada em vigor do Acordo de Paris, documento que sela um compromisso global de combate às mudanças climáticas,  testemunharemos uma expansão de fontes de energias mais limpas e sustentáveis nas próximas décadas.   Segundo estudo do Instituto de Economia e Análise Financeira de Energia (IEEFA), a transição para as energias renováveis está acelerando, e a um ritmo mais rápido do que o previsto. Quem ficar para trás enfrentará riscos financeiros cada vez maiores.   As transformações ocorridas no setor ao longo de 2016 mostraram o que que se pode esperar. O estudo 2016: Year in Review – Three Trends Highlighting the Accelerating Global Energy Market Transformation, identifica essas tendências em energia que marcaram o ano.   O relatório assinala que “os enormes e subdesenvolvidos recursos solares do país” têm potencial para dar um grande impulso às energias renováveis por aqui, especialmente com a realização do 2º Leilão de Energia de Reserva.   Veja algumas das tendências em renováveis que marcaram 2016 de acordo com a pesquisa, listadas pelo site exame.com:   A transição global para as energias renováveis está se acelerando    Em 2016, mais países tiveram períodos nos quais 100% do consumo de eletricidade foi atendido pelas energias renováveis. O Reino Unido, berço da Revolução Industrial a carvão, por exemplo, registrou uma maior geração de eletricidade por painéis solares do que por carvão nos seis meses entre abril e setembro deste ano.   A Escócia foi ainda mais longe. Em 7 de agosto, seus ventos produziram eletricidade suficiente para alimentar todo o país. Portugal, por sua vez, foi inteiramente suprido por energia solar, eólica e hidroelétrica durante quatro dias no mês de maio.   Poucos dias depois, um evento semelhante na Alemanha levou os preços da eletricidade a cifras negativas em 15 de maio, com a energia limpa suprindo toda a necessidade energética do país.   Além desses avanços, o relatório destacou o imenso potencial do continente africano na revolução energética. Segundo o estudo, a África tem tudo para se tornar o primeiro continente onde a energia renovável será o principal motor do desenvolvimento.   O ritmo da mudança é muito mais rápido do que o previsto   O relatório também aponta importantes mudanças em níveis institucionais que ajudam a gerar vantagens significativas para o desenvolvimento de novas fontes limpas.   O rápido crescimento do mercado dos chamados títulos verdes (ou green bonds) — títulos de dívida emitidos por empresas e instituições financeiras para viabilizar projetos com impacto ambiental positivo — é uma indicação de que o capital privado está saindo dos combustíveis fósseis para a energia renovável.   Ser um líder em energias limpas agora pode ser aplicado como um modelo de negócio sustentável que proporciona retornos superiores aos acionistas. Tesla, BYD, Nextera Energia, Softbank, ENEL, China Longyuan e Brookfield Renewable Partners todos demonstram isso.   Ainda segundo a pesquisa, o consumo de petróleo poderá atingir o pico em 2030, com o crescimento exponencial e continuado dos veículos elétricos, eficiência energética e energia renovável.   Quem fica para trás enfrenta crescentes riscos financeiros   Ao contribuir para reduzir as taxas de utilização, as energias renováveis continuarão a comprometer a viabilidade da produção a carvão.  De acordo com o estudo, o consumo mundial de carvão está em declínio, tendo atingido um pico em 2013 e declinado em 2016 pelo terceiro ano consecutivo. Um crescimento da demanda abaixo do esperado, em conjunto com o aumento da oferta de gás natural, deverá golpear ainda mais forte esse mercado.  
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