PLACA SOLAR FOTOVOLTAICA: TUDO SOBRE
A Placa Solar Fotovoltaica (também conhecida como módulo solar ou painel solar) é o item mais importante para quem pretende instalar um sistema fotovoltaico — afinal, embora não possa trabalhar sozinha em um kit de energia solar ou em um arranjo fotovoltaico, é ela que gera a energia a partir dos raios do sol.
Saiba tudo sobre placa solar: o que é, como funciona, quais os diferentes tipos, preço, como instalar, como escolher o melhor modelo e detalhes de tamanho, potência, capacidade, eficiência e muito mais para escolher a melhor placa solar para sua residência ou empresa.
Confira no menu abaixo:
Índice
1. O que é uma Placa Solar Fotovoltaica?
As placas solares são o principal componente de um sistema gerador de energia solar. São fabricadas a partir de um conjunto de células fotovoltaicas conectadas entre si. Para gerar energia, a placa absorve a luz do sol e a converte em eletricidade, por meio do fenômeno conhecido como efeito fotovoltaico (veja mais aqui).
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2. Qual a diferença entre Placa, Painel e Módulo Solar?
Embora existam algumas referências acadêmicas que tratam os termos como diferentes, de forma geral as três nomenclaturas são tratadas como equivalentes. Ou seja, convencionalmente tratamos placa solar, painel solar e módulo solar como a mesma coisa: estruturas formadas por várias células fotovoltaicas.
Quando temos várias placas solares interligadas em uma série temos uma “string”. Várias placas solares formam um arranjo solar fotovoltaico — que, por sua vez, faz parte de um sistema de energia solar fotovoltaica, que inclui ainda outros equipamentos como inversor, controlador e baterias.
O que é uma Célula Solar Fotovoltaica?
A célula fotovoltaica, também chamada de célula solar, é a unidade básica necessária para o funcionamento da energia solar fotovoltaica. Produzida sempre com materiais semicondutores, ela é responsável por gerar o efeito fotovoltaico, fazendo com que a luz do sol se converta em energia elétrica.
As células fotovoltaicas podem ser dispostas de diversas formas, sendo a mais utilizada a montagem de painéis ou módulos solares. Além disso, elas também podem ser utilizadas em filmes flexíveis ou até mesmo incorporadas em outros materiais, como o vidro.
3. Como funciona uma Placa Solar Fotovoltaica?
Para gerar energia solar, a placa fotovoltaica absorve a luz do sol e a converte em eletricidade, por meio do fenômeno conhecido como efeito fotovoltaico — que ocorre com a atuação de materiais semicondutores.
De qual material a placa solar é fabricada?
Uma placa solar é composta por várias células solares (a unidade básica necessária para o funcionamento da energia solar fotovoltaica). Além das células em si, a placa solar também é revestida por diversos materiais que visam protegê-la e evitar sua oxidação: uma moldura, uma camada de vidro temperado, dois encapsulantes, o backsheet (geralmente feito de plástico, material que vai atrás da placa solar) e uma caixa de junção, além de um cabo para conectá-la ao sistema.
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A célula fotovoltaica
As placas solares são compostas por várias células solares — que, por sua vez, devem ser fabricadas com a utilização de materiais semicondutores, para que seja possível a captação de energia a partir dos raios do sol e convertê-la em corrente elétrica.
Um material semicondutor, de forma simplificada, permite a captação da energia e movimentação dos elétrons, sem deixá-los “escapar” em seguida. Esse acúmulo e movimentação dos elétrons nada mais é do que a corrente elétrica (ou seja, a energia elétrica que queremos utilizar).
O material mais comum para a construção das células fotovoltaicas é o silício, uma matéria-prima muito abundante no Brasil, geralmente extraída da areia.
O silício em seu grau mais impuro é chamado de silício metalúrgico. Conforme purificado, o silício ele atinge o grau solar (utilizado nas células fotovoltaicas) e, se mais purificado ainda, chega ao grau eletrônico.
(E curiosidade: sim, esse é o mesmo elemento químico dá nome ao Vale do Silício, o famoso polo industrial na Califórnia que é sede de companhias como Microsoft, Apple, Google e Facebook, já que o silício é também matéria-prima básica para a produção de diversos circuitos e chips eletrônicos essenciais para o funcionamento de grande parte das tecnologias que fazem parte do nosso dia a dia).
O tipo de silício mais utilizado nos painéis solares é o silício cristalino (em forma de cristal, que está dentro da classificação de silício de grau solar). Essa matéria-prima se destaca por oferecer boa eficiência e custo-benefício.
Há, porém, outros diversos materiais semicondutores que podem ser utilizados para a fabricação de placas solares, com a evolução inclusive das tecnologias orgânicas para geração de energia solar.
O efeito fotovoltaico
O efeito fotovoltaico acontece quando a luz solar, através de seus fótons, é absorvida pela célula fotovoltaica, um material semicondutor que converte a radiação solar em energia elétrica.
Pelo processo, a energia dos fótons da luz é transferida para os elétrons que então ganham a capacidade de movimentar-se. O movimento dos elétrons, por sua vez, gera a corrente elétrica.
O efeito fotovoltaico é muitas vezes confundido com o efeito fotoelétrico, um fenômeno de natureza similar pelo qual um material (geralmente metálico) emite elétrons após ser exposto à radiação da luz.
Uma placa solar fotovoltaica produz energia em um dia nublado?
Sim, as placas solares fotovoltaicas funcionam em dias nublados ou chuvosos - elas apenas não funcionam tão bem quanto em um dia ensolarado. Podemos dizer que, mesmo em um dia bastante nublado, as placas solares são capazes de gerar cerca de 10% a 25% de sua produção normal de energia (embora, claro, essa estimativa varie bastante).
Veja aqui se é possível gerar energia solar à noite
Isso acontece pois, durante o dia, mesmo se o tempo estiver chuvoso ou nublado, ainda haverá radiação solar. Uma prova disso é que, mesmo se o tempo estiver chuvoso, o céu continuará claro, diferentemente da noite (quando, aí sim, não há radiação solar alguma).
Na vida real, não percebemos uma diferença tão grande na radiação entre cidades próximas, ainda que elas tenham nebulosidade ou volumes de chuva diferentes. Portanto, mesmo se a sua região não for das mais ensolaradas e tiver muitos dias de chuva e neblina durante o ano, ainda assim a energia solar fotovoltaica pode ser uma solução interessante para reduzir custos da conta de luz ou levar eletricidade a uma área afastada, não abastecida por concessionárias de energia.
Para saber qual o potencial de energia solar em cada região, precisamos analisar diferentes fatores — sobretudo a localização geográfica da área em que se pretende instalar um sistema para captar energia do sol.
No Brasil, porém, podemos afirmar que todo o território oferece condições favoráveis para a captação dos raios solares. Temos uma das maiores irradiações solares do mundo (com uma incidência média de 4.500 a 6.300 Wh/m² por dia) e a energia solar pode ser bem aproveitada em qualquer lugar — com destaque para uma faixa chamada de “Cinturão Solar”, que abrange áreas do Nordeste até o Pantanal, passando pelo norte de Minas Gerais, sul da Bahia e norte de São Paulo.
De acordo com a segunda edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no local menos ensolarado do Brasil é possível gerar cerca de 50% mais eletricidade solar do que na região mais ensolarada da Alemanha, para se ter uma ideia das oportunidades que o setor oferece no país.
Cinturão Solar (parte em vermelho mais forte no mapa) - Fonte: Atlas Brasileiro de Energia Solar - INPE
Uma placa solar funciona à noite?
Não. As placas solares não conseguem gerar energia à noite, quando não há sol. Elas podem, sim, captar alguma energia mesmo em dias nublados ou chuvosos, mas não é possível que elas operem durante a noite.
Apesar de conceitualmente ser possível aproveitar qualquer nível de claridade ou radiação (como por exemplo a radiação solar refletida a partir da lua), na prática a geração de energia seria insignificante no período noturno, o que reforça: não é possível gerar energia solar à noite.
Ainda assim, existem soluções para que a energia solar produzida durante o dia seja reutilizada durante a noite, garantindo o abastecimento de eletricidade 24 horas por dia.
Nos sistemas isolados (Off Grid), que não estão conectados a nenhuma rede elétrica, o abastecimento noturno é garantido graças a bancos de baterias que armazenam energia para que seja utilizada quando não há sol (seja no período noturno ou em dias nublados, quando a radiação solar é insuficiente).
Já no caso dos sistemas On Grid (conectados à rede), não se utilizam baterias. Nesses sistemas a energia solar se junta à energia da rede elétrica, garantindo o funcionamento dos equipamentos 24 horas por dia. Quando há excesso de energia solar produzida, esse excedente é jogado na rede e consumido na vizinhança. Já à noite e em dias nublados, a falta de energia solar (que não pode ser gerada nessas condições) é compensado com energia proveniente da própria rede elétrica.
De forma simbólica, é como se a rede fosse uma grande bateria, recebendo a energia solar excedente quando houver e “devolvendo” essa energia durante a noite ou dias nublados.
Quando temos um sistema híbrido de energia solar fotovoltaica (que combina o On Grid e o Off Grid) podemos mesclar as duas alternativas. Em todos os casos, os projetos com placas solares são desenvolvidos para que em nenhum momento falte energia aos consumidores.
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4. Quais são os tipos de Placa Solar?
Há três tipos principais de placas solares fotovoltaicas, que variam conforme o tipo de células utilizadas. É importante conhecer as características de cada tipo para escolher a melhor placa solar para uma residência ou empresa.
- Placa Solar Monocristalina (ou mono-Si) – Cada célula é composta por um único cristal de silício, através de um processo mais complexo, porém proporcionando uma eficiência geralmente um pouco superior que a das placas policristalinas.
- Placa Solar Policristalina (ou multi-Si) – Nessas placas as células são formadas por diversos e não somente um cristal, dando uma aparência de vidro quebrado à célula. Costumam ser um pouco menos eficientes que as monocristalinas.
- Placa Solar de Filme Fino (ou Thin-Film) – Neste caso, uma fina camada de material é aplicada sobre uma superfície (que pode, inclusive, ser irregular ou até flexível). Geralmente a eficiência é menor, porém o custo também é menor e a flexibilidade de aplicação é bastante diferenciada.
As células de filme fino são fabricadas a partir de insumos variados, como o telureto de cádmio (CdTe), o seleneto de cobre gálio índio (CIGS) e o silício amorfo (a-Si).
Veja as diferenças na figura abaixo:
Qual o tipo de placa solar mais vendido no Brasil?
As placas solares monocristalinas (mono-Si) são hoje as mais vendidas do Brasil, incluindo os modelos tradicionais (Módulos PoliStandard - Std) e as placas com tecnologia PERC (com camadas de passivação atrás da célula — um conceito melhor explicado abaixo).
Até 2019, porém, os modelos policristalinos eram predominantes no mercado solar fotovoltaico. Essa realidade mudou rapidamente com o crescimento das placas mono-Si, como mostra o gráfico abaixo, produzido pela Greener com dados da Receita Federal.
O gráfico também mostra que as placas de filme fino ainda representam uma parcela pequena do mercado.
Conheça algumas tecnologias aplicadas nas placas solares
Além do tipo de célula fotovoltaica (como monocristalina, policristalina e filme fino), há outras características das placas solares que devem ser conhecidas pelos consumidores, pois podem garantir maior eficiência ou custo-benefício para aplicações.
Confira o texto completo sobre tecnologias de placas solares e saiba o que são:
- Tecnologia PERC
- Tecnologia de Heterojunção (HJT ou HIT)
- Tecnologia de Multinjunção (Multijunction)
- Tecnologia Half Cell
- Tecnologia Multi-busbar (MBB)
- Diodo de Bypass e Diodo de Bloqueio
- Placa Solar Bifacial
- Qual a diferença entre célula solar n-Type e p-Type?
- O que é BIPV (Building Integrated PhotoVoltaics)
5. O futuro das placas solares: quais as novas tecnologias?
Com o desenvolvimento de novas tecnologias, temos hoje uma variedade maior de modelos de placas solares, indo além dos três tipos mais tradicionais (monocristalinas, policristalinas e filme fino).
As rápidas inovações da indústria permitem também novas aplicações para essas placas, que evoluem para se tornar cada vez mais flexíveis (podendo ser instaladas em praticamente qualquer lugar), portáteis (mais fáceis de transportar) e dobráveis.
Uma novidade recente na indústria é a célula fotovoltaica orgânica (ou OPV – Organic Photovoltaic), que permite o desenvolvimento de placas solares orgânicas, também conhecidas como placas solares de plástico (ou painéis solares de plástico), desenvolvidas com polímeros condutores. Hoje há diversas produtoras desse tipo de tecnologia, incluindo empresas brasileiras, como a Sunew.
Essas placas ainda são pouco comuns no mercado, mas estão sendo aprimoradas para oferecer alta eficiência e flexibilidade, com estruturas que podem ser dobráveis, adesiváveis e, em alguns casos, semitransparentes (semelhantes a pedaços de vidro, que podem ser instalados de forma cada vez mais discreta).
À medida em que a produção de células solares orgânicas se torna mais viável graças aos avanços tecnológicos, surgem também modelos híbridos (misturando tecnologias orgânicas e inorgânicas), como é o caso da célula solar sensibilizada corante (dye-sensitized solar cell, em inglês), que mistura anodo foto-sensibilizado, baseado em um material semicondutor, um eletrólito e um catodo foto-eletroquímico — uma tecnologia que gera células altamente resistentes, leves e que podem ser coloridas com o uso de diferentes corantes.
As inovações no campo das placas solares incluem, ainda, tecnologias emergentes como a célula solar de perovskita (perovskite solar cell), que mistura componentes orgânicos e inorgânicos para gerar placas capazes de gerar alta eficiência com baixo custo; além das células solares “tandem” (ou células “duplas” em uma tradução livre), que podem empilhar dois tipos de células solares em um só.
6. Quais são as vantagens e desvantagens de cada tipo de placa solar?
Cada um dos três tipos principais de placas solares possui vantagens e desvantagens, a depender do tipo de instalação que se pretende fazer:,/p>
- Placa Solar Monocristalina (ou mono-Si) – Costumam ser um pouco mais eficientes que as placas policristalinas e são muito mais as eficientes que as de filme fino. Por isso, são uma escolha interessante quando o espaço de instalação é reduzido (como o teto de um motorhome) ou em locais de baixa radiação (como nos países nórdicos).
Afinal, com placas monocristalinas podemos ter mais geração de energia em um mesmo espaço (utilizando um número menor de placas ou uma área menor). - Placa Solar Policristalina (ou multi-Si) – Embora geralmente sejam um pouco menos eficientes que as placas monocristalinas, também possuem custo ligeiramente menor que as placas monocristalinas, e, portanto, podem ter um melhor custo-benefício, dependendo as condições de cada projeto (e o número de placas a serem instaladas).
Na prática, a eficiência e custo das células mono e policristalinas são muito próximas e, portanto, o principal critério acaba sendo o custo por Wp e não a eficiência ou área disponíveis.,/p> - Placa Solar de Filme Fino (ou Thin-Film) –Em geral são as mais baratas entre os três modelos, pois o processo de fabricação é menos custoso que o das demais. Por outro lado, são menos eficientes. Uma vantagem é que permitem maior flexibilidade aos projetos, permitindo por exemplo ter células não planas, ou até flexíveis.
Outra característica interessante do filme fino é que essa célula não depende tanto da radiação direta, aproveitando também a radiação difusa. Além de reduzir a perda em dias nublados, isso permite que essas placas solares sejam utilizadas em orientações e inclinações desfavoráveis, como em fachadas de prédio ou aplicadas à superfície de um carro ou barco.
Em termos comerciais, o que se observa é o predomínio das células cristalinas, pois possuem um custo-benefício vantajoso e aplicações mais simples.
7. É possível montar uma placa solar caseira?
As placas solares são compostas de células fotovoltaicas, estruturas complexas produzidas a partir de processos industriais com base em materiais semicondutores, como o silício, filme fino e componentes orgânicos (OPV). Não é possível produzir células fotovoltaicas em casa e as indústrias seguem diversos protocolos e processos rígidos para garantir a durabilidade, qualidade, segurança e eficiência dessas células.
Na internet, porém, podem ser encontrados diversos guia para a construção de placas caseiras (também chamadas da painéis solares caseiros), orientando as pessoas a comprarem células solares avulsas e colá-las em uma placa de madeira, por exemplo, utilizando recursos como pasta e ferro de solda.
Embora seja possível montar uma placa solar dessa forma, a construção de um painel solar caseiro não é recomendada. Há grande risco de acidentes tanto na fabricação quanto na instalação da placa, além da baixa qualidade do produto que não alcançará o mesmo rendimento ou durabilidade de uma placa solar comprada de um fabricante reconhecido.
8. Qual a garantia e vida útil de uma Placa Solar Fotovoltaica?
Após sua instalação, as placas solares geralmente apresentam vida útil de 30 a 40 anos. Já a garantia da placa solar é dividida em 2 tipos:
- Garantia contra defeito de fabricação: geralmente entre 10 ou 12 anos;
- Garantia contra perda de eficiência: geralmente 25 anos e com uma perda linear ao longo desses anos, chegando em 80% da eficiência original.
Obs: a garantia de eficiência é mais focada em grandes usinas — pois, para comprovar essa perda, os fabricantes exigem uma medição profissional da radiação e geração, o que seria muito custoso para sistemas residenciais ou comerciais.
Uma placa solar resiste a chuvas de granizo e ventos fortes?
Sim. As placas solares de fabricantes reconhecidos são equipamentos muito resistentes e costumam ser testadas em laboratório para suportar chuvas de granizo com pedras de até 2,5 cm de diâmetro e ventos de até 80 km/h.
Como é a manutenção de uma placa solar fotovoltaica?
A manutenção de uma placa solar geralmente é muito simples e barata. Uma vez que não existem partes móveis, a manutenção se resume basicamente à limpeza das placas solares com água.
Pode-se utilizar uma esponja macia, mas com a preocupação de não causar riscos e diminuir a eficiência do equipamento. Em casos específicos pode-se utilizar sabão neutro, porém sempre com muito cuidado na escolha do sabão, para evitar reações químicas indesejadas.
A frequência de limpeza depende do nível de sujidade e frequência de chuvas. Geralmente recomenda-se que seja feita a cada 3 ou 4 meses, mas isso pode variar. Como a chuva ajuda na autolimpeza dos painéis, a necessidade é menor quando há chuvas frequentes. Já em meses secos e locais com muita poeira ou poluição, a frequência deve ser maior. Outro fator que influencia bastante é a inclinação das placas solares. Quanto mais inclinadas, menos se sujam e mais facilmente são limpas pelas chuvas.
Além disso, de tempos em tempos é importante verificar as conexões elétricas, aperto de parafusos, proteções elétricas, como em qualquer instalação eletromecânica, a fim de antecipar e mitigar problemas.
Sistemas de Monitoramento de Placas Solares
Para acompanhar o funcionamento das placas solares, os arranjos fotovoltaicos podem contar com sistemas de monitoramento que fornecem informações e servem para acompanhar a produção de energia alertando para possíveis anomalias, ineficiências ou falhas que venham a ocorrer no sistema de energia como um todo, incluindo a própria placa. Essa funcionalidade é imprescindível para acompanhar o retorno financeiro do projeto ao longo dos anos.
Para que contar com esses monitoramentos remotos (feitos via internet), o inversor utilizado no sistema deve ter esta funcionalidade já integrada ou deve-se instalar um componente adicional para enviar as informações do inversor para a internet. Além disso, é necessário contar com acesso à internet a um roteador.
Geralmente o monitoramento é feito por inversor string, mas os microinversores oferecem uma grande vantagem nesse quesito, permitindo o monitoramento individual de cada placa solar. Isso permite por exemplo, comparar a produção de cada placa e perceber eventuais problemas, além de detectar alguma sujidade específica (como uma folha grande de árvore ou fezes de pássaros).
9. Qual o tamanho e o peso de uma Placa Solar?
As medidas e o peso das placas solares fotovoltaicas variam muito entre diferentes fabricantes e modelos. Geralmente, são escolhidas placas menores ou maiores conforme a aplicação.
Para pequenas aplicações Off Grid, por exemplo, podemos utilizar placas de 5W ou 10W. Já para aplicações maiores de Off Grid geralmente são escolhidas placas solares de até 150W ou 200W, pela facilidade de transporte e instalação em áreas difícil acesso. Porém, há diversas opções no mercado também de placas maiores (algumas chegando a 680W, por exemplo).
Na imagem abaixo temos uma noção do tamanho médio das placas solares. Modelos entre 300W e 380W costumam medir 1,70m x 1m. Já modelos maiores, entre 560W e 680W, chegam a 2,40m x 1,30m.
Em residências e empresas, quanto maior a placa solar, em tese, menor o custo de instalação, pois equipamentos de maior porte exigem menos fixações no todo do sistema. Porém, placas fotovoltaicas grandes limitam a flexibilidade e podem não “encaixar” no telhado, além da preocupação com o manuseio para subir e posicionar os módulos.
Por isso, usualmente o tamanho de uma placa solar residencial varia entre 300 e 500W. Já em usinas solares, para otimizar o custo, geralmente quanto maior o painel, melhor — assim, temos nesses locais placas que vão de 500W a 700W.
O tamanho do painel é determinado pelo tipo e quantidade de células. Recentemente, para diminuir os custos de fabricação e ganhar eficiência, os fabricantes mudaram o tamanho do wafer de célula quadrada padrão de 156 mm para produzir células fotovoltaicas de tamanhos de wafer maiores.
Embora haja uma variedade de tamanhos de células em desenvolvimento, alguns tamanhos de células fotovoltaicas são o novo padrão da indústria: com células de 166 mm, 182 mm e 210 mm.
Cada placa solar tem uma quantidade de células, que varia muito (hoje temos no mercado diversas placas solares de 72 células, 144 células ou 156 células, para citar alguns exemplos). Vale lembrar, porém, que não há tamanhos mínimos ou máximos pré-estabelecidos e podemos encontrar, por exemplo, modelos de mini placa solar com poucas células e potência próxima a 1W.
O peso da placa solar varia conforme o tamanho e o material, principalmente. É comum que placas solares de silício tenham entre 15 kg ou 30 kg, mas há uma diversidade de casos. Já as placas de filme fino, em geral, são mais leves.
10. Qual a potência de uma placa solar fotovoltaica?
A potência de uma placa solar é medida em Wp (Watt-pico), que indica a potência em Watts entregue pelo equipamento em condições controladas de laboratório (que, no entanto, não representa a potência real da placa solar, que varia a todo momento considerando as mudanças na geração de energia conforme a radiação de cada instante, se alterando de acordo com a hora, o local e as condições meteorológicas etc.)
É possível fazer também a medição de capacidade da placa solar por Watt-hora (Wh) [a potência gerada ou consumida por hora].>
Temos a potência nominal da placa solar (em Wp) sempre informadas pelos fabricantes no momento da compra. Esse valor nominal é o ponto de partida para o dimensionamento da geração de energia em um sistema fotovoltaico.
A capacidade da placa solar geralmente é um fator decisivo no momento de escolher qual será o modelo de cada aplicação. Para pequenas aplicações Off Grid, por exemplo, podemos utilizar placas de 5W ou 10W. Já para aplicações maiores de Off Grid geralmente são escolhidas placas solares de até 150W ou 200W, pela facilidade de transporte e instalação em áreas difícil acesso. Porém, há diversas opções no mercado também de placas maiores (algumas chegando a 680W, por exemplo).
A potência da placa solar dura por quanto tempo?
De forma geral, os fabricantes garantem que a placa solar manterá ao menos 80% de sua potência original por até 25 anos. Porém, vale lembrar que o valor informado para cada modelo corresponde ao desempenho em testes de laboratório com Condições Padrão de Teste (STC – Standard Test Conditions, em inglês).
Essas condições climáticas não necessariamente serão reproduzidas no seu arranjo fotovoltaico e calcular perdas na vida real é um dos pontos mais importantes do dimensionamento realizado para estipular qual o melhor modelo e quantidade de placas solares para cada instalação.
11. Qual a eficiência de uma Placa Solar Fotovoltaica?
Para chegar ao rendimento de uma placa solar, calculamos a porcentagem de energia da luz do sol que a placa recebe e qual a porcentagem que ela é capaz de converter em energia elétrica. Se a placa converte 20% da energia recebida, dizemos que sua eficiência é de 20%.
Ou seja, calculamos quanto de energia a placa consegue gerar por espaço que ocupa, considerando o rendimento sob condições de testes realizados em laboratórios, nas condições ideais conhecidas como STC (Standard Testing Conditions).
Vale ressaltar que a eficiência das células solares será sempre maior que a da placa solar, por dois motivos: 1) as células perdem um pouco de eficiência quando são inseridas na placa, devido ao vidro e à proteção de EVA que cobrem a célula; 2) as células fotovoltaicas não ocupam todo o espaço da placa solar, pois existe uma pequena borda, além da área do quadro de alumínio ou até mesmo o canto perdido de cada célula (quando não se encaixam perfeitamente).
De acordo com o INMETRO, uma placa solar de silício cristalino com mais de 13,5% de eficiência já é considerada tipo A (com máxima eficiência), porém esse valor está bastante desatualizado. Além disso, a eficiência é maior nas placas grandes, pois a área das bordas é relativamente menor.
Confira, abaixo, a tabela de eficiência do Inmetro para placas solares de silício cristalino e filme fino:
As placas solares mais eficientes comercializadas atualmente, giram em torno de 21 a 22% de eficiência (considerando placas de potência entre 500 e 700Wp).
Embora seja importante, a eficiência não deve ser considerada o principal diferencial na escolha de uma placa solar (a não ser nos casos em que há pouco espaço para a instalação das placas, como sobre motorhomes ou em satélites).
Saiba mais aqui sobre os pontos de atenção no momento de comprar uma placa solar.
12. Como escolher a Placa Solar Fotovoltaica correta?
As placas solares são os itens mais importantes de um kit de energia solar fotovoltaica, tanto pela função de converter a energia solar em elétrica como também pelo custo, uma vez que, em conjunto, são os equipamentos mais caros, podendo chegar a cerca de 50% do custo total de um sistema fotovoltaico.
Entre tantos modelos e diferentes fabricantes, alguns pontos devem ser levados em conta para escolher qual placa solar comprar. Preparamos um texto com os principais pontos de atenção na hora da compra de uma placa.
Veja aqui como escolher uma placa solar fotovoltaica, com dicas como:
- A escola do tipo de placa solar, tipo de célula e aplicações
- Escolha a placa com menor custo por Watt-Pico
- A eficiência da placa solar é importante?
- Cuidado com o “fetiche” da potência alta
- O que analisar na dimensão e no peso da placa solar
- Compatibilidade elétrica entre os equipamentos
- Atenção ao fabricante da placa solar fotovoltaica
- Escolher uma placa solar “Tier 1” é importante?
- Atenção ao distribuidor da placa solar fotovoltaica
13. Qual o preço de uma Placa Solar Fotovoltaica?
O preço de uma placa solar varia bastante, especialmente de acordo com a potência, o modelo (o tipo de célula fotovoltaica), as tecnologias de cada produto e o fabricante. Outros fatores como a cotação do dólar e tributos podem influenciar no custo, já que o equipamento costuma ser importado.
Veja aqui tudo sobre o preço de uma placa solar fotovoltaica, em um texto completo que responde questões como:
- Quanto custa uma Placa Solar Fotovoltaica?
- Quais referências posso acompanhar para saber o preço médio das Placas Solares?
- A queda do preço da Placa Solar
- Vale a pena esperar o preço da Placa Solar cair mais?
14. Como instalar uma Placa Solar Fotovoltaica?
As placas solares são os itens mais importantes dos arranjos solares fotovoltaicos e possuem instalação relativamente simples, mas é fundamental que uma equipe especializada participe do processo para garantir o melhor rendimento, evitar acidentes, danos e desgastes comprometedores ao produto.
Se você quer colocar uma placa solar em sua residência ou empresa, confira o nosso texto com resposta para algumas das principais dúvidas.
Leia aqui como instalar uma placa solar fotovoltaica e esclareça dúvidas como:
- Além da placa, quais outros itens compõem o kit de energia solar?
- É necessário preparar a casa para ter energia solar?
- É necessário um profissional para instalar uma placa solar?
- Como são instaladas as placas solares?
- Em quais lugares posso instalar uma placa solar fotovoltaica?
15. Qual curso fazer para conhecer mais sobre Placas Solares Fotovoltaicas?
O rápido crescimento do setor faz com que, a cada ano, diversos profissionais se interessem pela especialização em energia solar.
Para interessados em iniciar uma carreira na área ou profissionais que já atuam no mercado e buscam ampliar seus conhecimentos, há uma série de cursos disponíveis sobre energia solar, a maioria deles com foco na instalação de sistemas fotovoltaicos e que explica os detalhes e cuidados necessários na instalação de uma placa solar.