Governo do Estado de São Paulo estimula a geração de energia a partir de fontes limpas

Dentre as medidas anunciadas neste semana estão a desoneração de impostos para equipamentos  voltados à produção de energia renovável .

Os bens e equipamentos destinados à produção de energia por meio de fonte renováveis, tais como energia elétrica ou térmica a partir de gás, biogás ou biometano (de origem do lixo), solar fotovoltaica (energia solar), resíduos sólidos urbanos, biomassa resultante da industrialização e de resíduos da cana-de-açúcar, deixarão de pagar ICMS no Estado de São Paulo.

Os decretos foram assinados nesta quinta, 27, pelo governador Geraldo Alckmin. A medida visa a intensificar o desenvolvimento do setor energético e ampliar a participação de energia limpa e renovável. O Plano Paulista de Energia pretende saltar dos atuais 55,5% para 69% de participação das fontes renováveis em 2020.

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.php?id=236364

Energia solar poderia ser ofertada a menos de RS200/MWh em leilões

Investidores em energia solar sinalizam que seria possível oferecer energia em leilões públicos a menos de 200 reais por megawatt-hora (MWh), segundo diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone.

 

Ele disse ainda que os empreendedores indicam que seria possível entregar os projetos em cerca de 12 meses para início da geração de energia para o sistema elétrico, viabilizando entrada de cerca de 1.000 megawatts por ano.

 

“Do ponto de vista regulatório, já temos condições de absorver uma demanda dessa de energia solar” , disse Pepitone a jornalistas após palestra na Conferência Redes Inteligentes, organizado pelo Consulado Britânico em São Paulo.

 

Segundo Pepitone, o preço sinalizado indica patamares competitivos para A fonte em leilões.

 

Pepitone disse ainda que a Aneel deve regulamentar ainda no primeiro semestre deste ano a possibilidade de haver pre-pagamento de energia elétrica pelos consumidores. Em seguida seriam estabelecidas regras operacionais para a medida, que incluem a necessidade de instalação de um medidor de energia diferenciado.

 

A regra traz vantagens como melhor planejamento do consumidor, que pode adotar práticas de eficiência energética, e redução da inadimplência, segundo Pepitone.

 

Fonte: http://br.reuters.com/article/businessNews/idBRSPEA2J03720140320

Pernambuco quer virar polo de energia solar no país

 

Em dezembro de 2013, foi promovido em Pernambuco o primeiro leilão de energia solar no Brasil, tendo sido contratados seis projetos, de empresas da Alemanha, Itália, China, Espanha e Brasil, para instalar painéis no interior do Estado.

 

Os projetos somam 122 MW de energia, ao todo. Pernambuco gerará seis vezes mais do que é produzido atualmente no Brasil. A ideia do governo é transformar o interior do Estado em um polo de energia solar brasileiro. Serão investidos neste setor cerca de R$ 600 milhões.

 

Com a iniciativa pernambucana, o setor já começa a ter uma ideia do preço da energia solar. Com o aumento da produção e o ganho de escala, os painéis fotovoltaicos devem ficar mais baratos.

Brasil possui apenas 83 microgeradores de energia solar

As alternativas para a produção de energia no Brasil são o tema de uma série de reportagens que o Jornal Nacional apresenta nesta semana. E, na primeira delas, André Trigueiro mostra como o nosso país desperdiça uma fonte que a natureza oferece com a maior generosidade.

 

 

A pedido do Jornal Nacional, o centro de previsão de tempo e estudos climáticos do Inpe verificou quais foram as cidades mais quentes do planeta nos dez primeiros dias de fevereiro.

 

 

Joinville e Criciúma, em Santa Catarina, aparecem com mais frequência no topo do ranking. Joinville foi a mais quente do mundo no dia dez com sensação térmica superior a 50°C.

 

 

No dia 7 de fevereiro, seis cidades brasileiras, todas do Sul do país, apareceram entre as mais quentes.

 

 

“A causa dessa estiagem foi um sistema de alta pressão no Oceano Atlântico e na costa do Brasil entrando pelo continente, que não permitiu as frentes frias chegarem em parte do Sul e no Sudeste”, declara Carlos Nobre, secretário do ministério de Ciência e Tecnologia.

 

 

Pouca gente se beneficiou tanto da combinação de dias ensolarados com pouca chuva nesse verão quanto o dono de uma casa no bairro de Santa Tereza, no Centro do Rio. Ele transformou o próprio telhado em uma pequena usina solar. É oficialmente um microgerador de energia. Uma novidade importante no sistema elétrico brasileiro”

 

 

“Neste momento, estou gerando 1.660 watts. Isso dá para dois ar condicionados, dois computadores e uma geladeira”, diz Hans Rauschmayer, engenheiro de ciência da computação.

 

 

O dono da casa pagou R$ 14 mil para gerar a própria energia. E calcula que levará dez anos recuperar o investimento. “A economia são de 60%, então eu pago apenas 40% do que eu pagaria sem energia solar”, explica Hans Rauschmayer.

 

 

Toda vez que gera mais energia do que recebe da rede, Hans não paga conta de luz. Como se percebe pelo sotaque, ele é alemão.

 

 

No país do Hans, com muito menos sol que o Brasil, já existem aproximadamente 1,5 milhão de instalações como essa. Por aqui, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, são apenas 83.

 

 

São equipamentos que geram energia a partir do sol. Diferente dos coletores solares, que aquecem a água do banho e são comuns no Brasil. Além do custo dos equipamentos e da falta de incentivos, o maior problema no Brasil ainda são os impostos. E olha que a Agência Nacional de Energia Elétrica recomenda que não haja taxação.

 

 

“Na nossa compreensão não é correto cobrar esse imposto sobre essa geração. Agora, têm estados que estão cobrando, tem estado que já isentou”, declara Romeu Rufino, diretor-geral da Aneel.

 

 

Apenas Minas Gerais não recolhe impostos de equipamentos solares. Para o especialista Roberto Schaeffer, o setor elétrico precisa investir em inovação e abrir espaço para outras fontes de energia.

 

 

“É um momento importante, mas a gente tem que pensar que o sistema elétrico do futuro será muito diferente daquele que a gente tem no Brasil hoje”, afirma Roberto Schaeffer, professor do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ.

 

 

A reportagem desta sexta-feira (7) vai mostrar a fonte de energia que mais cresce no Brasil.

 

Fonte: Jornal Nacional –  http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/03/brasil-possui-apenas-83-microgeradores-de-energia-solar.html