Brasil está entre os 10 países mais atraentes para a energia renovável

 

O Brasil ficou em 10º lugar no ranking de atratividade de investimento em energia limpa feito pela consultoria EY. O ranking trimestral analisa o mercado de fontes renováveis em 40 países. Graças aos leilões que acontecerão este ano, o Brasil subiu duas posições, e está ente os 10 colocados pela primeira vez.

 

Segundo a análise, a expectativa é que a energia eólica lidere mais uma vez os investimentos, mas o interesse por energia solar vem crescendo, devido às novas previsões de capacidade de geração.

 

 

O Brasil ocupa no ranking a 7ª colocação na atração de investimentos para parques eólicos construídos em terra, está em 10º lugar em aportes em usinas termossolares e em 15º em usinas solares fotovoltaicas.

 

Veja abaixo a lista dos 15 primeiros colocados do “Renewable Energy Country Attractiveness Index”:

1. Estados Unidos
2. China
3. Alemanha
4. Japão
5. Canadá
6. Reino Unido
7. Índia
8. França
9. Austrália
10. Brasil
11. Coreia do Sul
12. Itália
13. Chile
14. Bélgica
15. Holanda

 

Leilão marcará primeiro passo para grandes projetos solares no Brasil

A energia solar poderá dar o seu primeiro passo no mercado brasileiro com o leilão de energia de reserva, que será realizado em outubro. Espera-se que sejam leiloados entre 500 MW e 1 GW de energia solar, fato inédito no Brasil.

 

 

Em 2013 houve a presença de empreendimentos solares em dois outros leilões, mas em nenhum deles a energia foi vendida, por não ter preço competitivo. O leilão de outubro tem tudo para ser diferente, já que não haverá concorrência entre fontes. Diferente do ano passado, os projetos solares não disputarão com fontes mais competitivas.

 

 

Os executivos do setor aguardam do governo a confirmação do preço teto e a liberação de financiamento do BNDES em condições compatíveis com a realidade embrionária da energia solar no Brasil. A expectativa é que preço teto fique entre R$230/MWh e R$250/MWh. Isso deve fazer com que 2014 seja o ano dos grandes projetos solares no Brasil.

 

 

O presidente do conselho de administração da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Leone Vianna, afirma que “essa é a hora da energia solar”.

 

 

O otimismo do presidente da Apine, compartilhado também por outros executivos do setor, está fundamentado em uma série de adequações negociadas com o governo federal – começando pelo preço teto cogitado de até R$250/MWh, bem  acima dos R$140/MWh propostos no leilão de dezembro passado.

 

 

Naquela ocasião, nenhum dos 95 projetos de energia solar saíram vencedores. Juntos, eles poderiam garantir mais de 2 GW/h de oferta de energia solar nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí.

 

 

No mês de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fará um leilão que irá contar com energia solar, mas sem a separação por fontes. Mais de 200 projetos solares foram cadastrados, com oferta superior a 6,3 GW.

Conheça os 10 países que mais usam energia limpa

O grupo ambientalista WWF e a consultoria Cleantech avaliaram 40 países a partir de indicadores relacionados ao desenvolvimento de empresas voltadas às soluções ambientais, a políticas públicas e regulações, estímulos acadêmicos, investimentos privados no setor, número de patentes ambientais registradas, entre outros.

 

No levantamento foram considerados fatores como: fontes renováveis (eólica, solar e biomassa), soluções de eficiência energética, tratamento de lixo e sistemas de reuso de água.

 

Veja os países que segundo o The Global CleantechInnovation Index 2014 lideram a revolução verde. Brasil é o 25º na colocação.

 

1. Israel

Israel é o país que mais recursos investe no tratamento e reciclagem de água e também é o criador em irrigação por gotejamento, técnica que transforma desertos em terras cultiváveis.

 
Desde o início dos anos 50, Israel assumiu o compromisso de desenvolver tecnologias ambientalmente corretas para lidar com seus escassos recursos energéticos e com a disponibilidade limitada de água. Atualmente, pelo menos 90% das residências israelenses usam energia solar para aquecer a água.

 
Dois fatores contribuem para o sucesso do setor no país: esforços de pesquisa e de desenvolvimento e a capacidade de atrair investimento externo. Soma-se a isso, o espírito empreendedor incorporado ao sistema educacional que predispõe suas startups a inovar como um mecanismo de sobrevivência.

 
2. Finlândia

O clima severo do interior, a falta de recursos ligados a combustíveis fósseis e a recente contração da indústria de TI (como a Nokia que enfrenta forte concorrência de produtos da Apple) são fatores que impulsionaram a Finlândia à criação de novas perspectivas de emprego em atividades de tecnologia limpa.

 
Atualmente, empresas da área empregam cerca de 50.000 pessoas, e 40.000 novos postos de trabalho deverão ser criados até 2020 (uma quantidade significativa dada a sua população de apenas 5 milhões de pessoas).

 
Empresas como a MetGen estão inovando em torno da indústria de celulose e papel bem conhecida do país, e muitas outras (mais de 50 por cento) estão focadas em soluções de eficiência energética.

 
3. Estados Unidos

O país combina ambiente propício à inovação com uma cultura empresarial sólida e tem uma infraestrutura atraente para energias renováveis, além de acesso excepcional ao financiamento privado.

 
A terceira colocação no ranking ficou com os Estados Unidos, que somam os maiores investimentos no setor, um montante vultoso de US$ 5 bilhões em 2013.

 
Políticas públicas de apoio às tecnologias limpas, contudo, não são o forte do país, que encabeça a lista para investimento de capital de risco, ao lado de Israel.

 

O estudo destaca ainda que os EUA não têm forte consumo de energia renovável e que a perspectiva de mudança nessa seara pode ser adiada devido à revolução do gás de xisto, que puxa pra baixo os preços da energia.

 

 

4. Suécia

A tradição no desenvolvimento de soluções ambientais está presente em vários setores – da construção verde à reciclagem mecânica e energética do lixo.

 
Segundo o relatório, o governo da Suécia oferece financiamentos relevantes para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas. Para enfrentar os desafios ambientais, o país possui centros de excelência e know-how que mantém parcerias estratégicas com indústrias de ponta.

 
O ponto fraco, segundo o relatório, é lacuna entre as “evidências de inovação em tecnologia limpa” e a “evidência de comercialização da inovação”.

 

5. Dinamarca

A Dinamarca se destaca pela capacidade em apoiar novas empresas que desenvolvem tecnologias limpas até que esse conhecimento se torne lucrativo e beneficie tanto a economia quanto o meio ambiente. Não à toa, a produção do setor de tecnologia limpa representa 3% do PIB do país.

 
No país europeu, o setor de energia eólica é um dos mais avançados e, segundo o plano ambicioso do governo de reduzir suas emissões em 40% até 2020, os ventos deverão contribuir com mais da metade do consumo energético dinamarquês na próxima década.

 
O país também tem a maior quantidade de empresas de capital aberto em tecnologia limpa, considerando o tamanho de sua economia. Exemplos importantes incluem a Novozymes, Vestas e Rockwool.

 
6. Reino Unido

Facilidade de crédito, pesquisa e educação colocam o Reino Unido na lista de potências em tecnologias verdes. Bom acesso ao financiamento privado e uma infraestrutura atraente para todas as energias renováveis aumentam as chances de inovação no país.

 
Entre as diversas fontes, o país se sai melhor na energia eólica, com uma capacidade total de 8,4 mil MW (cerca de 3% de participação mundial).

 
O empresariado entusiasmado com as novas tecnologias ajuda. Segundo pesquisa feita pela consultoria CarbonTrust, 99% dos líderes empresariais britânicos enxergam oportunidades de crescimento no desenvolvimento e uso de tecnologias verdes.

 

 

7. Canadá

Apesar de ter uma indústria de petróleo sólida e impôr obstáculos a acordos globais de mitigação do aquecimento global, o Canadá vem se esforçando em desenvolver tecnologia verde de ponta nos últimos anos.

 
O país possui uma série de estímulos e investimentos em tecnologia limpa, como práticas de captura e armazenamento de carbono. No tocante à energia eólica, o Canadá possui a nona maior capacidade total instalada no mundo.

 

8. Suíça

Em plena expansão, o setor de tecnologias verdes já responde por 3,5% do produto interno bruto da Suíça e emprega 4,5% da população ativa.
Educação de alto padrão, foco em pesquisa e desenvolvimento e veia saliente para inovação contribuem para a presença do país na lista.

 

9. Alemanha

Não dá para falar de inovações sustentáveis, principalmente no que diz respeito ao setor de energia renovável, sem mencionar a Alemanha, que aparece na nona posição do ranking.

 
O país é a segunda nação mais solar do planeta (atrás apenas da China), respondendo por 35% de toda energia produzida a partir dessa fonte no mundo.
E não decepciona nos ventos. Segundo um levantamento do Global Wind Energy Council, a Alemanha é o terceiro do mundo que mais investe na energia eólica, com 11% da capacidade instalada mundial.

 

10. Irlanda

O mercado de energia limpa da Irlanda promete decolar até o fim da década, uma vez que o país está ávido por cumprir seus objetivos obrigatórios de eficiência energética e energia renovável.

 

 

Para dar conta da meta, serão necessários investimentos vultosos, uma oportunidade estimada de 2,5 bilhões de euros por ano até 2020, segundo estudo da Autoridade de Energia Sustentável da Irlanda (Seai).

 

 

Atualmente, 1,5 bilhão de euros é gasto por ano em soluções energéticas sustentáveis, que garantem até 18.000 postos de trabalho.

 

 

 

Veja o ranking completo

http://awsassets.wwfdk.panda.org/downloads/coming_clean_2014_final.pdf
Fonte: EcoD

http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2014/os-10-gigantes-mundiais-em-tecnologia-limpa-brasil

 

 

 

 

Produção de energia solar pode ser mais barata e menos tóxica

Cientistas da Universidade de Liverpool desenvolveram um novo método para produzir células solares, que são usadas nos painéis solares para transformar luz em energia elétrica: trocaram uma substância tóxica por uma inofensiva e mais barata.

 
A substância empregada antes era o cloreto de cádmio, usado para banhar o filme de células de telureto e aumentar a eficiência da célula solar na absorção da luz do sol. O problema é que o cloreto de cádmio é tóxico em baixa escala  tanto para quem o manipula, quanto para o meio ambiente.

 
Diante dessa dificuldade, a equipe do pesquisador John Major, da Universidade de Liverpool, decidiu buscar um produto que substituísse o cloreto de cádmio, já que algumas pesquisas recentes haviam mostrado que o responsável por aumentar a eficiência da célula solar era o cloro, e não o cádmio.
Primeiro tentaram substitui-lo pelo sódio, mas não atingiram a eficiência que precisavam. Tentaram alguns outros cloretos também, mas sem sucesso. Os pesquisadores experimentaram então o cloreto de magnésio, que atingiu resultado parecido com a substância tóxica (cloreto de cádmio) utilizada antes.

 
As vantagens são muitas: o cloreto de magnésio não é tóxico, já que é utilizado até na produção de tofu e outros suplementos alimentares; além disso, custa apenas 1% do custo do cloreto de cádmio.

 
Para o pesquisador John Major, “substituir o cloreto de cádmio por uma substância natural pode fazer com que a indústria economize grande quantia de dinheiro e reduza o custo geral para produzir energia solar”.