UFV Megawatt Solar recebe aval para operação comercial

O projeto da usina solar da Eletrosul, Megawatt Solar, recebeu autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para iniciar a operação comercial a partir desta quinta-feira (25). A planta integrada ao edifício da estatal em Florianópolis, Santa Catarina, tem potência instalada de 1 MWp, sendo capaz de produzir energia suficiente para o consumo de mais de 1,8 mil pessoas, ou o equivalente ao abastecimento de 540 residências.

O desenvolvimento da usina contou com o apoio técnico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas na América Latina (Ideal). São 4,2 mil módulos solares que convertem a radiação solar em energia elétrica, instalados na cobertura do edifício-sede e nos estacionamentos, em uma área de 10 mil metros quadrados.

Eólica
O parque eólico Ribeirão também foi liberado para iniciar a operação comercial das unidades geradoras 1 a 8, totalizando 21,6MW. Localizada em Amontada, Ceará, a planta integra o complexo de mesmo nome da cidade, juntamente com as usinas Palmas e Ilha Grande.

Fonte: Jornal da Energia

BRASIL AVANÇA EM ENERGIA SOLAR E EÓLICA

País de dimensões continentais banhado por sol e com vasto litoral onde sopram ventos constantes, o Brasil começa a despertar para a importância das energias limpas, como a eólica ou solar: até 2018, segundo previsões da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a participação da energia eólica na matriz energética brasileira vai saltar dos atuais 3% para 8%, alcançando, em mais alguns anos, o equivalente ao produzido pela hidrelétrica de Itaipu.

 

No horizonte dos próximos dez anos, técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, preveem que o Brasil terá a mesma capacidade de renováveis em comparação com as fontes atuais, mesmo com a diminuição das fontes hidráulicas. O custo da energia eólica também contribui para esse avanço: seu preço já é hoje inferior ao da energia das pequenas centrais hidrelétricas, por exemplo.

 

A energia solar avança em passos mais lentos, porém também promissores. Em meados da próxima década, estimativas da EPE indicam que a geração de energia solar ganhará mais impulso graças à tecnologia. Além dos painéis fotovoltaicos já utilizados, a potência solar concentrada (CSP, na sigla em inglês) permitirá a construção de usinas heliotérmicas que usam espelhos para concentrar a luz em pequenas áreas, gerando vapor que movimenta turbinas. Embora seu custo ainda seja proibitivo e superior ao da eólica, o sistema de energia solar permite que seu gerador “doe” energia para a rede em horários ociosos, recebendo depois compensações financeiras. Essa vantagem competitiva é um incentivo à sua instalação.

 

A ABEEólica prevê que em seis anos a capacidade instalada de energia éolica no país vai aumentar quase 300%. Considerando os parques em construção e a energia já contratada, isso significa um salto de produção dos atuais 3.455,3 MW para 13.487,3 MW, uma quantidade de energia suficiente para abastecer mais de 20 milhões de residências. O Rio Grande do Norte lidera a geração de energia eólica, com 46 parques instalados e produção de 1.339,2 MW. O Ceará vem em segundo lugar, com 22 parques e 661,0 MW. Em seguida, pela ordem de produção, temos Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro, Pernambuco, Piauí e Paraná.

 

Além de ser a que mais cresce no Brasil, a energia eólica deve ter sua produção mundial dobrada até 2020, segundo previsão da consultoria GlobalData. A capacidade instalada cumulativa saltará dos 319,6 GW produzidos em 2013 para 678,5 GW em 2020, sobretudo por causa da China, hoje responsável por 45% de toda a capacidade mundial, graças a uma política de concessões e disponibilidade de financiamentos a baixo custo pelos bancos. Os Estados Unidos continuam sendo o segundo maior mercado global, com capacidade de aumentar os atuais 68,9 GW para 104,1 GW em 2020, graças a políticas de incentivo a energias renováveis adotadas por vários Estados.

 

Conteúdo extraído do Portal da Revista Època Negócios. http://glo.bo/1wMtUtq

Governo e setor elétrico conversam sobre ampliação da cogeração de energia

Em reunião no último dia 11 de setembro com representantes do setor elétrico, o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, ouviu pedidos de implantação mais significativa de sistemas de geração distribuída no país.Segundo o representante da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte, a reunião definiu a realização de estudos para decidir em que regiões do país seria bem-vinda a cogeração. Duarte disse que o governo é “simpático à cogeração, desde que ela seja bem utilizada”.

 

 

No sistema de geração distribuída, a produção de energia é em menor escala, feita a partir do próprio consumidor e perto dele, seja uma indústria ou um prédio comercial, por meio de fontes de energia primária (gás natural, biomassa ou energia solar). O sistema aproveita, inclusive, o calor produzido na queima de tais fontes de energia, o que é chamado de cogeração.”Entendemos que o fomento da cogeração é extremamente positivo para o país, [possibilitando] um setor elétrico mais robusto, menos custoso e mais estável. Quando eu ponho a geração perto da carga, evito linhas de transmissão, gerações distantes, com perdas maiores, e minimizo os custos de subtransmissão e distribuição”, ressaltou Duarte.

 

 

Ele destacou que as tratativas com o governo ainda estão no início – “aos 3 minutos do primeiro tempo” – mas se mostrou otimista com o aumento das contratações de geração distribuída no país, que anda aquém do possível. “A lei prevê que as distribuidoras de energia podem contratar 10% da sua carga em geração distribuída. Em 2012, havia um ambiente de contratação regular de 44 mil megawatts (MW) de energia. Assim, poderiam ser contratados 4,4 mil megawatts como geração distribuída e só 98 MW foram contratados, em cerca de uma dezena de projetos”.

 

Fonte: Jornal do Brasil ( http://bit.ly/1oPbnop )

 

O que os principais candidatos à presidência dizem sobre energia solar

Entrando em clima de eleições, o Blog da Neosolar traz aqui as propostas dos principais candidatos da campanha presidencial de 2014 sobre o tema energias renováveis.

 

A candidata do PSB, Marina Silva, promete ampliar a participação solar na matriz energética brasileira e prevê que, até o ano de 2018, o Brasil tenha 3 milhões de casas com sistema de aquecimento solar da água. O projeto da candidata propõe construir 1 milhão de casas com sistemas de autogeração de energia com painéis solares. Além disso, haverá também a criação do Programa Nacional de Economia Energética em conjuntos habitacionais, oferecendo alternativas de iluminação de baixo impacto energético e ambiental.

 

Dilma Rousseff, candidatada do PT à reeleição, defende o potencial hidrelétrico e minimiza o de energia solar e eólica. A candidata classifica essas fontes como complementares; para ela, não é possível supor que se consegue “segurar um país” apenas com fontes de energia solar e eólica. A presidenciável propõe a ampliação do parque gerador e transmissor, para garantir suprimento e tarifas acessíveis. Dilma propõe também a expansão do programa Luz Para Todos em localidades isoladas, e a implantação de 137 mil ligações até 2018.

 

Já o candidato Aécio Neves, do PSDB, pretende ampliar a participação das energias solar e eólica na matriz energética brasileira e aumentar o incentivo à microgeração distribuída, permitindo ao cidadão gerar parte de seu consumo próprio com uso da energia solar e eólica. Aécio defende também o estímulo à produção e consumo de gás natural como “combustível de transição para um consumo energético mais limpo”.