Evento debate energias alternativas e sustentabilidade

Começa hoje (30), na academia brasileira de ciências, no Rio de Janeiro, evento que terá como tema: A natureza acadêmico científica.  O seminário Internacional Sociedade e Natureza reunirá acadêmicos e cientistas brasileiros e estrangeiros, ligados aos setores social e natural, para discutir a colaboração entre as disciplinas com o objetivo de obter novas soluções sustentáveis de crescimento econômico.

 

 

A conferência debaterá estratégias eficazes de energia, sustentabilidade e também assuntos como a violência urbana e a pobreza. O seminário conta com a participação de 23 profissionais da área social, de energia e com a presença de engenheiros e biólogos de todos os lugares do mundo.

 

 

Para a pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro), Débora Foguel, o tema é relevante e uma conferência com especialistas de todo o mundo poderá criar soluções sustentáveis na área sócio-ambiental.

 

 

O professor da Universidade Nacional de Buenos Aires e membro do Comitê de Energia Sustentável, Conselho Internacional para a Ciência, Gabriel Blanco, também destacou a importância do seminário. “Junto com a Academia de Ciência do Brasil e outras academias de ciências, estão sendo promovidas ações de busca de fontes de energia sustentável e, também, promovidas ações que vão a favor de combater as mudanças climáticas”. O evento tem a importância de começar a instalar o tema em vários países, em vários organismos responsáveis pela ciência e pela investigação.

 

 

O seminário prosseguirá até sábado, dia 01 de novembro.

Comunidades isoladas poderão usar energia solar e eólica para captar água

Uma ideia poderá acabar com a falta de água em comunidades distantes no Amapá. Pesquisadores desenvolveram um método sustentável a base de energia solar e eólica pode captar até 15 mil litros de água por dia. A pesquisa é desenvolvida há dois anos pelas universidades federais do Amapá (Unifap) e Pará (UFPA) junto com o Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa).

 

 

Além de usar energia eólica e solar, a nova forma de captação de água não emite agentes poluidores e a manutenção é considerada mais barata. O custo para captação de água também é menor porque os moradores deixarão de se deslocar até a cidade para conseguir o combustível.

 

 

Atualmente a captação de água utiliza bombas movidas a combustível, o que gera transtornos aos moradores pela dificuldade de acesso para adquirir diesel e gasolina.

 

 

Apesar de existir em outros estados, é a primeira vez que o sistema é testado em comunidades amapaenses. As primeiras a receberem os equipamentos são as do município de Itaubal, a 103 quilômetros de Macapá.

 

 

Outro benefício, segundo a pesquisa, é que devido ao uso da energia ser sustentável, a utilização do sistema não aparece na conta mensal do consumo de energia elétrica. A durabilidade dos equipamentos também é maior, de 20 a 25 anos. A intenção da pesquisa é apresentar o estudo a organizações governamentais.

Fonte: http://glo.bo/1sdQ9Rm

 

HORÁRIO DE VERÃO PODERIA TER RESULTADOS AMPLIADOS COM USO MAIOR DE MICROGERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR

O horário de verão, que está marcado para começar às 0h do dia 19 de outubro, terá quatro dias a mais do que sua última edição. Mesmo assim, o Ministério de Minas e Energia anunciou, no dia 14/10, que a economia estimada será 30% menor do que no ano passado. Tudo isso por conta do uso excessivo da energia elétrica vinda das termoelétricas, mais cara, devido à estiagem na região Sudeste, que baixou o nível das águas nas hidrelétricas.

 

Para Pedro Pintão, diretor da Neosolar Energia, empresa paulista responsável pela maior obra de microgeração de energia de São Paulo, o uso de energia solar fotovoltaica em residências e empresas em larga escala reduziria o consumo de energia elétrica vinda da rede, com a vantagem de reduzir o custo final ao consumidor.

 

“Hoje, a falta de conhecimento sobre como o sistema funciona e sobre o retorno deste investimento ainda são entraves para a ampliação deste serviço. No entanto, a baixa nos reservatórios pode despertar o consumidor para alternativas que permitirão manter seu consumo habitual de energia”, completa.

 

O Brasil é uma das regiões do planeta com a maior incidência de radiação solar, devido à sua localização geográfica, e pouco desta fonte é utilizado para a produção de energia limpa no país. Em um ano em que a escassez de água preocupa e o custo com a energia aumentou significativamente, “a energia solar fotovoltaica é uma alternativa viável, já que alguns incentivos fiscais reduziram o custo final para o consumidor dos equipamentos, e poderia ampliar os resultados do horário brasileiro de verão”, finalizou Pedro Pintão.

 

 

Estudo mostra que Brasil é atrasado em geração de energia alternativa

Estudo sobre sustentabilidade e economia verde, feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Febraban, aponta que o Brasil, que até pouco tempo estava à frente na defesa da produção de energia de fontes renováveis, está perto de sujar sua matriz energética. Segundo os estudos, os motivos da mudança de prioridade estão relacionados com a descoberta e exploração das reservas de petróleo no pré-sal, o excesso de acomodação com as usinas hidrelétricas  e  também aspectos tecnológicos e econômicos.

A análise compara os investimentos globais nas Novas Energias (NEs) agendados para 2014. Os investimentos somam US$ 214 bilhões em todo o mundo, e a participação brasileira é de US$ 3,1 bilhões, 1,4% do total. Na comparação com outros emergentes, como China (com US$ 56,3 bilhões – 26%) e Índia (com US$ 6,1 bilhões – 2,8%), o Brasil fica bem atrás.

Os autores do estudo apontam que, mesmo as fontes renováveis sendo predominantes na matriz energética, com 79,3% da eletricidade consumida (sendo 70,6% de origem hidráulica), esse percentual foi maior em anos como 2011 (88,9%) e em 2012(84,3%).

Segundo a pesquisa, “Num contexto mundial, em que uma prioridade estratégica visando ao desenvolvimento sustentável e ao longo prazo é priorizar o uso de energias renováveis, o Brasil caminha no sentido oposto, no que tange à composição de sua matriz”. Para Aron Belinky, um dos autores da pesquisa, o grande volume de hidrelétricas construídas no país, no passado, ajuda nessa acomodação. Ele cita perda de oportunidade em relação a etanol e biocombustíveis. O estudo diz ainda que “o segmento de energias renováveis é um dos que mais têm crescido no mundo em termos de investimentos, enquanto no Brasil praticamente nada tem ocorrido”.

O secretário do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, reconheceu que a participação do Brasil no total de investimentos mundiais é pequena. Mas destacou que existe um ambicioso plano decenal para o período 2013-2023. “Vamos acrescentar 77 mil megawatts aos 127 mil existentes”, ele afirmou, e disse ainda que a projeção de aumento da produção de etanol, até 2023, é de 5,5% ao ano, e o de biodiesel, de 6,4%.

Fonte: Jornal do Comércio

Empresa leva energia solar para famílias da África

Difícil conceber que em pleno século 21, quando muitos de nós não conseguimos mais imaginar nossas vidas longe de tablets, smartphones ou redes sociais, cerca de 1,2 bilhão de pessoas ainda não tem acesso à eletricidade no mundo.

 

A maior parte delas vive na África, mas sabemos que aqui mesmo no Brasil ainda há muita gente, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, sem energia.

 

Em muitos destes lugares, a única maneira de ter luz em casa é usando lampiões de querosene.

 

Todavia, além de ser caro e inflamável, ele é extremamente tóxico. Respirar o ar de uma noite iluminada com lampião de querosene é equivalente a fumar dois maços de cigarro.

 

 

E pensar que muitas crianças o usam diariamente para poder, por exemplo, fazer a lição de casa.

 

Para dar fim a esta situação e levar luz a quem precisa, o artista Olafur Eliasson e o engenheiro Frederik Ottesen criaram a linda flor amarela que você ve nas fotos: a Little Sun. A pequena lâmpada LED portátil, recarregável com energia solar, foi criada para ser uma fonte limpa, confiável e de baixo custo para comunidades pobres e sem acesso à eletricidade.

 

“A luz é para todos – ela determina o que fazemos e como o fazemos”, afirma Olafur. Mas este não é um projeto filantrópico. A Little Sun não é doada. E esta é justamente a parte mais bacana da iniciativa.Explico. Este é um negócio social. Ele visa a geração de renda através da criação de novos empregos e a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

 

Atualmente a lâmpada solar é comercializada em pontos de venda na Europa e Estados Unidos.Nestas regiões, onde há fácil acesso à eletricidade, a Little Sun é vendida por preços mais caros (custa 22 euros na Europa).Todavia, a empresa faz parceria com estes revendedores para que tenham uma margem de lucro mínima.O dinheiro restante é usado na abertura de pequenas lojas na África, onde comerciantes locais vendem a lâmpada por um custo bem mais acessível.

 

Com este investimento social, a Little Sun gera renda, ao mesmo tempo em que leva eletricidade para mais famílias. A cada 5 horas de recarga solar, a lâmpada fornece luz leve suficiente para 10 horas ou forte para durar por 4 horas.A Little Sun já é distribuída em oito países do continente africano: Etiópia, Uganda, Quênia, Burundi, Senegal, África do Sul, Nigéria e Zimbabue.

 

O impacto social é enorme. Confira o resultado os números até agosto de 2014:

– 85 mil lâmpadas vendidas nos países sem acesso à energia;
– 290 mil pessoas beneficiadas;
– 200 comerciantes aderiram ao projeto;
– 4.200 toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas;
– US$ 1.520 bilhão foi economizado com a redução de despesas com energia off-grid nestas famílias.

 

No começo deste ano, o projeto social recebeu um importante e valioso apoio.

 

A organização Bloomberg Philanthropies, do ex-prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, fez um investimento de US$ 5 milhões na iniciativa.

 

Little Sun é uma solução sustentável, que promove o desenvolvimento social. A linda flor amarela que Frederik Ottesen e Olafur Eliasson conceberam quer fazer muito mais do que simplesmente iluminar.

 

Ela quer erradicar a pobreza e garantir saúde, educação, equidade de gêneros e sustentabilidade para todos.

 

Fonte: http://abr.ai/1vlxoPF