IRMÃO SOL: EM BUSCA DO CRESCIMENTO

Confira terceira e última parte de entrevista dada pelo nosso diretor, Raphael Pintão, a revista Rural.

 

Raphael Pintão, sócio-diretor da NeoSolar, declara que hoje em dia ainda é insignificante a produção de energia solar no Brasil, do ponto de vista global, fornecendo menos de 1% de toda matriz. Já o crescimento é muito forte. No ano passado cresceu 800% e este ano já dobrou a capacidade instalada no país.

 

Em relação as regiões que mais utilizam estes painéis fotovoltaicos em solo nacional, segundo ele, há uma dispersão muito grande. “Apesar de muita gente relacionar à radiação solar e temperatura, levando a crer que o Norte ou o Nordeste são os principais mercados, isso não é bem verdade. A falta de rede elétrica, e principalmente o custo das tarifas, são fatores muito importantes”, diz. Hoje, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso do Sul possuem muita procura e sistemas instalados, juntos com o Nordeste como um todo.

 

O Futuro das soluções fotovoltaicas

 

“Acredito que ainda é muito pouco utilizada a solução de bombeamento solar”, diz o diretor. Para ele, o potencial é enorme e o custo de instalação bem acessível se comparado aos benefícios. Além disso, com o aumento do custo da energia, também se tornou muito atrativo o sistema de geração distribuída, ou seja, de autoconsumo para quando o consumidor já possui energia da rede, mas pretende produzir sua própria energia.

 

TESLA COMPRA MAIOR FABRICANTE DE PAINÉIS SOLARES DO EUA E PODE INVESTIR EM CARROS MOVIDOS A ENERGIA SOLAR

A Tesla, fabricante de carros elétricos, anunciou na última quinta-feira (17), que a sua proposta de comprar a SolarCity, maior fabricante e instaladora de painéis solares do EUA, foi aprovada. O acordo foi fechado por meio de permutas de ações das empresas.

 

A fabricante de carros elétricos, que já possui produtos de energia solar para abastecer casas, conseguirá com a combinação das empresas, apontar para futuro projeto de desenvolver tecnologia de energia solar para seus carros elétricos.

 

Para Elon Musk, dono da Tesla, a união pode gerar até US$ 150 milhões em economia para as empresas no primeiro ano. E que além disso, a sinergia entre ambas deve facilitar o desenvolvimento de sistemas de abastecimento elétrico por energia solar para tudo, desde casas até carros.

 

“Não podemos fazer isso se a Tesla e a SolarCity forem empresas diferentes, e é por isso que precisamos uni-las e quebrar as barreiras inerentes ao fato de serem empresas diferentes. Que elas sejam diferentes, apesar da origem comum e de perseguir o mesmo objetivo de energia sustentável, é em grande parte um acidente da história”, concluiu.

 

IRMÃO SOL: O CUSTO DA ENERGIA

Confira a segunda parte da matéria da Revista Rural em que a NeoSolar foi destaque.

 

Atualmente, para o agricultor ter este sistema em sua propriedade, é necessária a disponibilidade de área sem sombreamento e demanda por energia. Havendo demanda por energia e sol disponível, sempre existirá uma solução de energia solar. “Por isso ela é utilizada até mesmo nos polos ou até mesmo no espaço”, declara Raphael Pintão, sócio diretor da NeoSolar Energia. Ele ressalta que é importante avaliar o retorno econômico, que dependerá basicamente da necessidade de energia ou do custo atual já disponível.

 

E quanto ao retorno econômico, numa análise fria, não é possível determinar um valor para aquisição, instalação e manutenção do sistema. Isso porque as aplicações podem ir de 2 a 3 mil reais para resolver uma questão de bombeamento de água, por exemplo, até milhares ou milhões de reais, tratando-se de propriedades maiores e soluções de substituição à rede já existente. “Para quem já tem energia elétrica, os sistemas instalados custarão a partir de R$20 mil e aumentam conforme consumo de energia “, declara. Segundo ele, já soluções aplicadas e pontuais, devem ficar entre 2 e 30 mil reais.

 

MICROGERAÇÃO CRESCEU 400% NO ÚLTIMO ANO

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a geração de energia por consumidores cresceu quase 400% em um ano. Em setembro deste ano eles eram 5.525. Em setembro do ano passado, eram 1.155. E no mesmo mês em 2014, eram só 293 geradores.

 

De acordo com a Agência o mercado continuará crescendo, e a estimativa é de que em 2024 o Brasil tenha 1,2 milhão de unidades geradoras de eletricidade.

 

O aumento da mini e microgeração de energia, gerou uma questão para as distribuidoras de energia, que estão reclamando por esses consumidores usarem suas redes sem pagar. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, o impacto hoje ainda é pequeno, mas se a mini e microgeração continuar crescendo neste ritmo, a receita das distribuidoras poderá ser prejudicada.

 

Ainda de acordo com Leite, as concessionárias esperam que a Aneel regulamente o decreto 8.828, que permite a cobrança da tarifa binômia para consumidores de baixa tensão. Trata-se de uma tarifa que permitirá a separação do custo da eletricidade do custo pelo uso da rede de distribuição. Mas a Aneel informou que não há previsão para regulamentação da tarifa. E também, que qualquer mudança só será feita em cinco anos. E caso a tarifa seja aprovada, não valerá para quem já tiver o sistema de microgeração instalado.

 

 

VEÍCULOS ELÉTRICOS: NÚMEROS CRESCEM EM TODO O MUNDO

Confira parte da matéria de capa da Revista Potência sobre veículos elétricos em que a NeoSolar também foi destaque.

 

Híbrido ou puro, o fato é que os veículos elétricos têm chamado a atenção dos usuários, empresas e de governantes. De acordo com levantamento efetuado pela ABVE, cerca de 7 milhões de veículos elétricos e híbridos (entre leves e pesados) circulavam no mundo em 2013. Particularmente em relação aos carros elétricos, no início de 2015, segundo dados do Centro de pesquisas sobre Energia Solar e Hidrogênio da Alemanha, mais de 740 mil unidades estavam na estrada, em todo o mundo.

 

“Mas estes números devem mudar no futuro porque a Europa está aderindo ao veículo elétrico. Em 2015, pela primeira vez, o continente europeu bateu os Estados Unidos em vendas de veículos elétricos e híbridos”, comenta Ricardo Guggisberg, lembrando que, hoje, os três maiores mercados são Estados Unidos, Japão e China.

 

E o ritmo de vendas desse tipo de veículo tende a acelerar ainda mais, principalmente em função da redução gradual de preços e aumento da autonomia das baterias. Alguns players estimam que, em 2020, a participação desses veículos nas vendas totais do mercado global seja da ordem de 10%. Em 2030, este montante poderá atingir 20%.

 

Esse avanço tem muito a ver com as vantagens oferecidas por estes veículos. Muitos especialistas afirmam que os veículos elétricos podem ser enquadrados entre as tecnologias típicas do século XXI, onde questões como consumo consciente, eficiência energética e sustentabilidade ganham cada vez mais força. Por isso sua evolução ocorre, simultaneamente, em diversos países.

 

“Veículos elétricos e híbridos fazem parte da agenda de ‘sustentabilidade’. Nossa sociedade precisa gerar energia mais limpa e usá-la com mais eficiência. Os carros e motores a combustão têm baixa eficiência (menor que 40% dependendo do ciclo) e emitem muitos poluentes, enquanto os veículos elétricos e híbridos possuem uma eficiência maior e menor emissão de poluentes. Portanto, este tipo de veículo ajuda a reduzir os males causados pela poluição do ar”, comenta Hélcio Makoto Morikossi, diretor de Vendas de Sistemas da WEG, lembrando que, hoje, nas grandes regiões metropolitanas do Brasil o uso de meios de transportes como trólebus e ônibus híbridos já tem contribuído para a redução da emissão de poluentes.

 

Aliás, nessa questão de emissão de poluentes as vantagens dos veículos elétricos são enormes. Em um veículo híbrido, por exemplo, o motor de combustão interna não funciona continuamente, como ocorre nos veículos convencionais, mas apenas quando ele é requerido. Com isso, ele consome, em média, 30% menos combustível. Na comparação com o diesel, ele emite 90% menos material particulado, 65% óxido de nitrogênio, 85% menos monóxido de carbono, 90% menos hidrocarbonetos e gera menor nível de ruído. Já o veículo elétrico puro é ainda mais ‘limpo’, pois não tem emissão local.

 

Outra grande vantagem dos veículos elétricos é que eles são econômicos. Estudo da CPFL Energia mostra que o valor do quilômetro rodado de um carro a combustão é, em média, de cerca de R$0,30. O elétrico é de R$0,10.