Importância dos veículos elétricos para a economia

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro confirmou que, em março, pretende ir aos Estados Unidos para, entre outras coisas, discutir a possibilidade de instalação de uma fábrica da montadora norte-americana de veículos elétricos Tesla, informação que havia sido adiantada pelo seu filho Eduardo, deputado federal, no dia anterior.

 

A ofensiva do governo brasileiro no setor ocorre meses depois de a indústria automobilística nacional sofrer um significativo trauma, provocado pelo fechamento de unidades da também americana Ford em São Bernardo do Campo, São Paulo. Nesse contexto, a iniciativa do Planalto levanta questionamentos sobre a viabilidade de tal projeto. Afinal, o cenário econômico brasileiro é favorável à instalação de uma montadora de carros elétricos da Tesla no país?

 

De acordo com o engenheiro especialista em Eletrônica e Telecomunicações Antônio Jorge Martins, coordenador do curso de MBA em Gestão Estratégica de Empresas da Cadeia Automotiva da Fundação Getúlio Vargas, é possível observar, hoje, um interesse muito grande do Brasil em atrair empresas de alta tecnologia.

Energia solar “bomba” no Brasil atrai grandes empresas chinesas e startups

A paisagem dominada principalmente por campos verdes e plantações de cana-de-açúcar à beira de uma rodovia em Porto Feliz, a cerca de 150 quilômetros do centro de São Paulo, é interrompida repentinamente em certo ponto por um aglomerado de placas azuis de silício voltadas para o sol.

 

Funciona ali uma pequena usina de energia solar cuja produção é dividida por cerca de 40 clientes, que vão desde residências até estabelecimentos comerciais como padarias e academias –um modelo de negócios conhecido como geração distribuída, que atrai cada vez mais empreendedores de todos os portes no Brasil e já movimenta bilhões de reais por ano.

 

A instalação desses sistemas de energia renovável, em terrenos ou telhados de casas e edifícios, deve atrair investimentos de 16 bilhões de reais neste ano, quase três vezes mais que em 2019, movimentando um mercado fortemente aquecido que envolve desde importações de equipamentos da China e fábricas locais até grandes elétricas e fundos, além de um amplo universo de empresas menores.

 

Somente neste ano, as novas instalações da tecnologia, conhecida pela sigla “GD”, devem agregar cerca de 3,4 gigawatts em capacidade no Brasil, somando ao fim de 2020 cerca de 5,4 GW, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), o que fará dela a fonte com maior crescimento no país no ano, à frente das tradicionais hidrelétricas e dos parques eólicos.

 

Consumidores, de outro lado, são atraídos não somente pelo retorno oferecido, mas pelo conceito da energia renovável, que tem crescido a taxas muito mais altas no exterior. Com um gasto de 12 mil a 20 mil reais, é possível ter um sistema residencial de geração distribuída que pode durar um quarto de século, enquanto o investimento se paga em aproximadamente quatro anos.

 

O potencial do Brasil, um país de dimensões continentais e clima amplamente favorável à geração solar, atrai assim a atenção de gigantes globais.

 

 

Fonte: https://glo.bo/2vGHjLF