Energia Solar em Casa: As Vantagens do Micro Inversor com Painel no Sistema Residencial

Instalar um sistema de energia solar em casa é algo cada vez mais comum no Brasil, com crescente interesse nas vantagens econômicas e nos impactos ambientais positivos que uma fonte de energia renovável proporciona.

Agora, a novidade é que os kits solares começam a contar com micro inversores para trabalhar em conjunto com as placas solares. Conheça neste artigo um pouco mais sobre o uso do micro inversor em projetos residenciais.

Até o final de 2022, a procura pela instalação de sistemas de geração de energia solar deve se manter aquecida, com a publicação recente do Marco Legal da Geração Distribuída.

A legislação garante que o consumidor que instalar sistemas fotovoltaicos em casa até janeiro de 2023 continuará tendo isenção da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd) nos próximos 23 anos. Com isso, muitos brasileiros têm estudado as diferentes possibilidades de instalação em suas residências.

Para Raphael Pintão, sócio-fundador da NeoSolar, é preciso considerar várias questões na hora de decidir pela melhor opção, como o tamanho do projeto ou quantidade de painéis, por exemplo. Porém, na opinião do executivo, a instalação de micro inversores para otimização do sistema é ideal em projetos residenciais conectados à rede elétrica, uma vez que traz segurança e melhor payback no longo prazo.

Saiba Mais:

“Não há dúvidas de que este é o momento ideal para a instalação de painéis solares em telhados, terrenos, fachadas e em tantos outros lugares que podem ser abastecidos pela fonte de energia que, a cada dia, ganha mais espaço na vida dos brasileiros. Mas é importante fazer a escolha certa de todos os componentes do sistema, a fim de garantir mais eficiência, segurança e durabilidade”, ressalta.

Micro Inversores

A principal função dos inversores é converter a energia produzida pelas placas solares fotovoltaicas de Corrente Contínua (CC) para Corrente Alternada (CA), usada em casa. Assim, o sistema pode injetar energia elétrica apropriada na rede local e trabalhar de forma integrada, fornecendo condições para utilização dos equipamentos elétricos.

Micro Inversor Solar
Micro Inversor no Sistema de Energia Solar

Os sistemas solares de Geração Distribuída (GD) – que geram energia solar para complementar a energia da rede elétrica e possibilitam economia na conta de luz a seus usuários – tradicionalmente contavam com os chamados inversores string, desenvolvidos para gerenciar blocos de painéis ligados em séries (ou “strings”). Nos últimos anos, no entanto, tem se tornado comum a instalação de micro inversores, que cumprem função semelhante à dos inversores string, porém possuem tamanho reduzido e gerenciam as placas individualmente.

Confira a diferença entre Microinversor e Inversor String:

“Podemos dizer que o micro inversor faz um tratamento individualizado de energia enquanto o inversor mais convencional faz um tratamento em série ou conjuntos. O problema de operar com grandes conjuntos de painéis é que se houver perda de geração de energia em um deles – por qualquer fator, como sombreamento ou alguma fissura –, todo o sistema será afetado e entregará menos energia. O micro inversor minimiza isso, já que se apenas um painel apresentar problema ele não afetará os outros, uma vez que cada painel é gerenciado individualmente e entrega toda a sua energia para ser utilizada”, explica Raphael Pintão.

Manuseio mais fácil e maior vida útil

Maiores e mais pesados, os inversores strings normalmente possuem potências superiores às dos micro inversores, mas isso também os torna mais difíceis de serem manuseados por uma só pessoa. Outros diferenciais que têm feito os micro inversores ganharem espaço no mercado de energia solar são a durabilidade e a garantia: esses aparelhos costumam ter de 10 a 15 anos de garantia e de 25 a 30 anos de vida útil (similar à do painel solar). Já o inversor tradicional string geralmente possui de 5 a 7 anos de garantia, dependendo do fabricante, e sua vida útil fica entre 10 e 15 anos.

“Não faz sentido nenhum ter uma placa com vida útil de 30 anos, como são os painéis atuais, ligada a um inversor com vida útil de 10 anos. Ou seja, o retorno compensa sua escolha”, pontua Raphael. “A instalação de micro inversores em um sistema solar pode reduzir o custo de manutenção no longo prazo e garantir melhor aproveitamento de energia por décadas”, acrescenta o sócio-fundador da NeoSolar.

Segurança em Sistemas de Energia Solar

Raphael Pintão explica que os micro inversores também são mais seguros, já que operam em baixas tensões de corrente contínua (até 60 V) enquanto os inversores string utilizam tensões mais altas (de até 1.500 V). Essa característica dos string, além de trazer riscos para o instalador que monta o sistema, também aumenta o risco de choques elétricos e/ou incêndios durante o funcionamento do equipamento.

Pelo fato de operar com tensões elevadas em sua entrada, os inversores string também necessitam de uma caixa de proteção externa obrigatória para segurança, chamada string-box. Esse item não é necessário no caso dos micro inversores, pois operam com tesões extremamente baixas e possuem essa proteção embutida no equipamento, que converte a energia contínua em energia alternada diretamente sobre o telhado.

“Com o micro inversor, a energia já sai como Corrente Alternada próxima da própria placa solar, com níveis de tensão baixos e seguros. Além disso, ele dispensa o uso da string-box e necessita de menos proteções que os inversores tradicionais, que são aparelhos mais complexos e trabalham com tensões mais altas”, compara.

MPPTs no Micro Inversor

A maneira como os MPPTs são utilizados é o diferencial que garante a vantagem competitiva do micro inversor sobre o inversor string. A sigla significa Maximum Power Point Tracking (Rastreamento do Ponto de Máxima Potência, em tradução livre) e representa os algoritmos dos inversores que identificam o ponto de máxima potência para o funcionamento dos painéis solares.

Essa tecnologia encontra as melhores condições na relação entre corrente e tensão para que o sistema gere energia de forma mais eficiente. Em um sistema com micro inversores, o gerenciamento de MPPTs se dá de forma individualizada, enquanto os inversores string observam o conjunto das placas.

A melhor distribuição de MPPTs faz com que o micro inversor gere mais energia que a string, especialmente em instalações com sombreamento, mau funcionamento ou perda de rendimento dos painéis”, afirma Raphael.

Diferença de funcionamento entre o inversor String e o Micro Inversor.
Diferenças de um inversor String para o Micro Inversor

Otimização de sistemas de energia solar

O gerenciamento diferenciado realizado por micro inversores garante que o desempenho ruim de um único painel não afete os demais, mesmo em casos de sombreamento do sistema provocado por folhas, galhos ou outros fatores que podem prejudicar o aproveitamento da radiação solar.

“Cada módulo receberá um tratamento diferenciado para otimizar sua energia, e o sombreamento de um deles terá um impacto restrito e muito menor no sistema como um todo. O tratamento individualizado de cada módulo solar, uma das principais características dos micro inversores, facilita bastante o monitoramento e a manutenção dos sistemas. Isso acaba beneficiando a produção total de forma significativa”, salienta o sócio-fundador da NeoSolar.

Para o executivo, outra questão que torna os micro inversores ideais para projetos residenciais é o fato de que podem ser instalados em painéis em diferentes níveis, com inclinações e orientações variadas, o que não é possível com inversores strings.

“Quando trabalhamos com os inversores string, precisamos que as diferentes placas conectadas estejam direcionadas na mesma orientação para produzir a tensão idêntica ou similar. Não podemos, por exemplo, utilizar o mesmo inversor para painéis que estejam voltados a lados opostos ou em inclinação distinta — uma condição que limita muito as possibilidades na hora da instalação”, complementa.

Os micro inversores também permitem que o desempenho dos painéis seja monitorado de forma remota, inclusive por Wi-fi, com mais facilidade e menor custo de instalação. Além disso, é possível ampliar o projeto apenas com a inclusão de mais placas e do número proporcional de novos micro inversores ao sistema.

Bomba Solar: uma Solução Fundamental para Agropecuária durante a Estiagem

Bombas solares garantem o abastecimento de água no ano inteiro, mas nos meses mais frios e secos elas ganham uma importância ainda maior.

Com a proximidade da estiagem durante o inverno, produtores rurais e pecuaristas procuram soluções para manter a irrigação das plantações e do pasto, bem como manter os rebanhos saudáveis para garantir a produtividade durante o ano todo.

Uma das soluções para suprir as necessidades do período é o bombeamento solar – isto é, o uso de bombas que se alimentam de energia solar fotovoltaica para retirar água dos lençóis freáticos. Assim, é possível ter água para irrigação ou para bebedouros do rebanho sempre que necessário, independentemente da estação.

Saiba Mais:

No Brasil, 72% da água potável disponível é usada na agricultura e pecuária. Conforme dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), somente em 2021 o agronegócio foi responsável por 27% do PIB nacional. A importância do setor aponta para a vocação agrícola e pecuarista que vem sendo estimulada desde a década de 1960.

É necessário haver disponibilidade de água para que essas atividades econômicas sejam realizadas de maneira contínua. E essa água precisa frequentemente de fontes de energia para ser direcionada. E, como nem sempre a rede elétrica está disponível, o bombeamento solar entra em cena para contribuir com a agricultura e pecuária mesmo em áreas remotas.

Bombeamento solar: econômico e confiável

A tecnologia de bombeamento solar, utilizada para a captação de água utilizada na irrigação e no abastecimento de bebedouros em pastos, é uma solução confiável no longo prazo. Com ela, é possível garantir que, mesmo em épocas de seca, seja possível manter as atividades agropecuárias ativas, evitando escassez de alimentos, por exemplo.

Além disso, a instalação e a operação de bombas solares trazem economia significativa e ótimo custo-benefício, incluindo como ponto positivo gerar energia limpa, renovável, silenciosa e inesgotável.

Nas cidades, também é possível encontrar finalidades para as bombas solares, como a reutilização da água da chuva para limpeza, o que evita o desperdício de água potável; o abastecimento de caixas d’água; e o bombeamento de água em jardins e açude de chácaras, sítios e fazendas.

Funcionamento das bombas solares

A bomba solar é alimentada por um painel fotovoltaico, sendo autossuficiente, diferente de uma bomba convencional, que utiliza normalmente energia elétrica ou gerador. Após a conversão da energia solar em elétrica, o painel fotovoltaico alimenta a bomba de água com energia elétrica em corrente contínua.

Outra vantagem é que, além de dispensar a energia elétrica em seu funcionamento, a bomba solar também não necessita de bateria estacionária, realizando a captação de água de poços, reservatórios, cisternas e até mesmo de aquíferos.

Saiba Mais:

Tipos de bombas solares

Após a avaliação de um técnico qualificado, é possível definir o melhor kit de bombas para utilização e o tipo de sistema que será instalado no projeto. Existem atualmente três tipos de bombas solares, conforme sua instalação: submersa, de superfície e como gerador para bombas de corrente alternada.

As bombas submersas, como o próprio nome indica, são instaladas dentro de poços, reservatórios ou água corrente. Seu formato é longo e cilíndrico, com boa durabilidade e sem a necessidade de manutenção frequente. São as mais utilizadas em bombeamento solar.

Bomba Solar Submersa em Funcionamento
Bomba Solar Submersa

Já as bombas de superfície, por outro lado, se encontram próximas ao exterior da água, em ambientes de baixa vazão ou com menor profundidade, bombeando para uso direto ou para reservatório. Disponíveis em pequeno e médio porte, são de baixa manutenção, o que faz com que sejam consideradas econômicas.

Bomba Solar de Superfície em Funcionamento
Bomba Solar de Superfície

Entretanto, quando é necessária grande potência de bombeamento, o equipamento ideal é a bomba de corrente alternada (CA), que é ligada a um gerador fotovoltaico utilizado nesse tipo de sistema.

Bombas solares de corrente contínua ou alternada

As bombas solares de Corrente Contínua são as mais comuns e utilizadas, conforme o porte e a necessidade do projeto. Esses equipamentos são fáceis de instalar, exigem pouquíssima manutenção e mantêm sinal elétrico estável mesmo quando instalados a longas distâncias ou submersos em grandes profundidades.

Entre as bombas solares CC, existem aquelas com motor de ímã permanente sem escovas (PM-BLDC) e controlador integrado, indicadas para sistemas de até 5HP ou 10HP de potência. Para distâncias menores, de até 70m ou 80m, também existem bombas PM-BLDC com controlador externo, sem grandes prejuízos na estabilidade do sinal elétrico.

Em relação às bombas Corrente Alternada (CA), sua indicação é para sistemas já existentes em que se deseja apenas trocar a alimentação a diesel por solar, sem substituir a bomba. Nos sistemas acima de 5HP ou 10HP, as bombas CA também se tornam as melhores opções, porque passam a ter custo menor que as bombas PM-BLDC, justificando sua escolha.

Um capítulo à parte são as bombas solares híbridas, que atuam com corrente contínua e alternada, equipamentos de tecnologia avançada que podem ser alimentados por rede ou gerador, bem como pela própria energia solar. Elas utilizam a alimentação CA como backup quando não há luz do sol disponível, por exemplo, quando é necessário bombear água à noite.

Escolhendo a melhor opção de bomba solar submersa

Seguem algumas dicas para escolher a melhor opção de bomba solar para o seu projeto, garantindo eficiência, vida útil e menor necessidade de investimento e manutenção:

1 – Bombas com rolamento axial: Evite bombas solares de baixo custo com rolamentos de esferas, o principal ponto de quebra mecânica;

2 – Lubrificação a água: Bombas de baixo custo normalmente utilizam lubrificação a óleo nos rolamentos, com vedação mecânica. Se houver falha na vedação, os poços podem ser contaminados, causando prejuízo e desperdício de água. Os rolamentos também podem ser prejudicados no processo. Prefira bombas lubrificadas com filme fino de água, mais eficientes, sem quebras e contaminações indesejadas;

3 – Bombas de aço inox: As bombas de aço inox apresentam melhor qualidade e durabilidade em relação às de bombeadores de plástico, recomendados apenas para líquidos corrosivos. É preciso também ter atenção à espessura mínima do aço utilizado na bomba, para evitar vibrações e ter maior durabilidade em contato com a água;

4 – Motor PM BLDC: Não utilize bombas com escovas, que possuem baixa durabilidade e eficiência. A melhor escolha é o motor CC com ímã permanente, que exige menos manutenção.

Webinar gratuito no YouTube explica como funciona o Bombeamento de Água por Energia Solar

Equipamento capaz de garantir o abastecimento de água em locais isolados — como algumas propriedades rurais — ou sem acesso à rede elétrica, as bombas de água movidas por energia solar têm gerado interesse cada vez maior no mercado brasileiro. Para explicar o funcionamento dessa tecnologia, a NeoSolar, líder no setor solar, promoveu um Webinar 100% gratuito Bombeamento de Água por Energia Solar.

O evento está disponível no YouTube. Clique aqui para conferir a aula sobre bombeamento.

Curso NeoSolar Bombeamento Solar
Para explicar o funcionamento das Bombas Solares, a NeoSolar promove Webinar 100% gratuito Bombeamento de Água por Energia Solar (Crédito da Imagem: NeoSolar)

A apresentação foi realizada por Paulo Frugis, engenheiro com mais de 30 anos no setor elétrico nacional que também é o professor do Curso Online de Bombeamento da NeoSolar, um programa completo sobre o assunto que será lançado durante o webinar.

“Preparei uma apresentação de cerca de quarenta minutos, na qual começarei trazendo conceitos básicos sobre bombeamento solar a quem ainda não é familiarizado com o assunto. Na sequência, darei algumas dicas para quem já trabalha com bombeamento e quer entender melhor os equipamentos – explicarei tudo sobre aplicações e a instalação, que geralmente é simples. E, por fim, ficarei disponível para tirar todas as dúvidas de quem participar do webinar pelo chat”, comenta Paulo Frugis.

Saiba Mais:

Ao final da aula aberta, Frugis explicou melhor o programa do Curso Online de Bombeamento Solar, que será disponibilizado 100% online e com desconto para quem assistir ao webinar.

A ideia é que o webinar já dê um bom embasamento sobre o assunto. Para quem quiser se especializar mais, recomendarei o curso, que tem uma grade de aproximadamente12 horas, com 07 módulos e conta com diversos materiais extras, além do conteúdo ficar disponível por 45 dias para estudo a qualquer hora, e de disponibilizarmos diversos canais para que os alunos tirem dúvidas comigo e com a equipe”, acrescenta o professor. 

Bombeamento Solar

As maneiras de se utilizar energia solar são extremamente amplas — e nem sempre se comenta sobre uma de suas aplicações mais importantes: o bombeamento de água. É graças aos sistemas movidos à energia do sol que propriedades rurais de todos os cantos do Brasil possuem abastecimento de água ao longo de todo o ano (não apenas para cultivo agrícola e alimentação de gado, mas inclusive para consumo humano de água limpa). E é com bombas solares também, que comunidades isoladas, distante dos centros urbanos do país podem contar com água potável.

Os sistemas de bombeamento solar podem estar conectados à rede elétrica (como em sistemas híbridos que permitem o uso de energia para backup), mas é muito comum que essas aplicações sejam Off Grid (autossuficientes, que geram energia solar de forma independente, mesmo distante das redes de distribuição das concessionárias). Afinal, nesses lugares é muito mais barato instalar um sistema de bombeamento solar do que fazer com que uma rede da concessionária de energia chegue até ali.

Bomba Solar Submersa Funcionamento
Bombeamento de Água no Sistema Off Grid (Crédito da Imagem: NeoSolar)

Uma grande vantagem dos sistemas de bombeamento de água é que eles podem ser instalados de modo simples, com painéis solares ligados diretamente na bomba, utilizando qualquer fonte de água, como uma represa, açude ou nascente. Após a instalação, propriedades rurais podem contar com água limpa e constante mesmo em períodos de seca ou estiagem. Em comunidades isoladas, longe dos centros urbanos, mesmo ribeirinhas, podem utilizar o bombeamento solar para tratamento, e assim, terem acesso à água limpa e impedir a proliferação de diversas doenças.

5 motivos para usar Microinversor no seu projeto de Energia Solar

É cada vez mais vantajosa a instalação de sistemas residenciais de energia solar — e um equipamento específico começa a ser cada vez mais procurado, por possibilitar grandes ganhos de eficiência energética: o Microinversor.

Listaremos aqui 5 grandes vantagens do Microinversor em projetos de Energia Solar:

  • Durabilidade e Garantia
  • Segurança em Sistemas Fotovoltaicos
  • Uso Otimizado dos MPPTs
  • Otimização de Sistemas de Energia Solar
  • Instalação em Painéis de Diferentes Níveis

Até o final deste ano, a procura por instalação de sistemas de geração de energia solar deve se manter aquecida, com a publicação recente do Marco Legal da Geração Distribuída. A legislação garante que o consumidor que instalar sistemas fotovoltaicos em casa até janeiro de 2023 continuará tendo isenção da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd) nos próximos 23 anos. Com isso, muitos brasileiros estão estudando as diferentes possibilidades de instalação em suas residências.

É preciso considerar várias questões na hora de decidir pela melhor opção de sistema fotovoltaico, como o tamanho do projeto e a quantidade de painéis e baterias necessária para suprir a necessidade. Porém, a instalação de microinversores para otimização do sistema é ideal em projetos residenciais, uma vez que traz melhor retorno de investimento no longo prazo. Nesse sentido, também entra em pauta a diferença que possuem em relação aos inversores string.

Microinversor x Inversor String

A principal função dos inversores é converter a energia produzida pelas placas solares fotovoltaicas de Corrente Contínua (CC) para Corrente Alternada (CA) — em outras palavras: transformar a energia solar de modo que ela possa ser utilizada em uma casa.

Assim, o sistema pode injetar energia elétrica apropriada na rede local e trabalhar de forma integrada, fornecendo condições para utilização dos equipamentos elétricos.

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O microinversor gerencia placas solares de maneira individualizada, atendendo a conjuntos menores de até quatro placas, diferentemente dos inversores convencionais, que gerenciam blocos ligados em série, as strings.

A instalação de um microinversor é realizada atrás do próprio painel solar, enquanto o inversor string é colocado distante do sistema fotovoltaico. Maiores e mais pesadas, as strings normalmente contam com potências superiores às dos microinversores, o que as torna inclusive mais difíceis de serem manuseadas por uma só pessoa.

Confira a diferença entre Microinversor e Inversor String:

Por isso, o microinversor vem se mostrando mais adequado para projetos residenciais, por exemplo. Conheça cinco motivos para utilizar microinversores em um sistema fotovoltaico:

1 – Durabilidade e Garantia do Microinversor

A durabilidade e a garantia são diferenciais que têm feito os microinversores ganharem espaço no mercado de energia solar: esses aparelhos têm de 10 a 15 anos de garantia e de 25 a 30 anos de vida útil (similar à do painel solar). Já o inversor tradicional string possui de 5 a 7 anos de garantia, dependendo do fabricante, e sua vida útil fica entre 10 e 15 anos.

Dessa forma, a ausência da necessidade de troca do inversor na metade do tempo de uso do painel compensa o investimento no microinversor. Isso pode reduzir o custo de manutenção no longo prazo e garantir melhor aproveitamento de energia por décadas.

Microinversor Deye para Energia Solar
Exemplo de Microinversor Solar da marca Deye (Crédito da Imagem: Deye/ NeoSolar)

2 – Segurança em Sistemas Fotovoltaicos

Os microinversores também tendem a ser mais seguros, porque gerenciam as placas de forma individualizada. Por isso, em caso de curto ou outro problema, é possível desligar o painel danificado do sistema. No caso dos inversores string, é necessária ainda a instalação da string-box, uma caixa de proteção obrigatória para a segurança, já que o sistema necessita de cabos que transportam a corrente em tensão elevada (até 1500V).

Com o microinversor, a energia já sai como Corrente Alternada próxima da própria placa solar, com níveis de tensão baixos e seguros. Além disso, ele dispensa o uso da string-box e necessita de menos proteções que os inversores tradicionais, que são aparelhos mais complexos e trabalham com tensões mais altas.

Exemplo de ligação com Microinversor em projeto de Energia Solar (crédito da imagem: NeoSolar)

3 – Uso otimizado dos MPPTs com o Microinversor Solar

A maneira como os MMPTs são utilizados é o diferencial que garante a vantagem competitiva do microinversor sobre a string. A sigla significa Maximum Power Point Tracking (Rastreamento do Ponto de Máxima Potência, em tradução livre) e representa os algoritmos dos inversores que identificam o ponto de máxima potência para o funcionamento dos painéis solares.

Essa tecnologia encontra as melhores condições na relação entre corrente e tensão, para que seja gerada energia de forma mais eficiente. Em um sistema com microinversores, o gerenciamento de MPPTs se dá de forma individualizada, enquanto os inversores string observam o conjunto das placas.

A melhor distribuição de MPPTs faz com que o microinversor gere mais energia que a string, especialmente em instalações com sombreamento, mau funcionamento ou perda de rendimento dos painéis.

Esquema mostra menor perda de energia em projeto fotovoltaico que utilizou microinversores (Crédito da Imagem: NeoSolar)

4 – Otimização de Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica

O gerenciamento diferenciado realizado por microinversores garante que o desempenho ruim de um único painel não afete os demais, mesmo em casos de sombreamento do sistema provocado por folhas, galhos ou outros fatores que podem prejudicar o aproveitamento da radiação solar.

Esse tratamento individualizado de cada módulo solar, uma das principais características dos microinversores, facilita bastante o monitoramento e a manutenção dos sistemas. Isso beneficia a produção total do sistema.

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5 – Instalação em Painéis de diferentes níveis

Outra questão que torna os microinversores ideais para projetos residenciais é o fato de que podem ser instalados em painéis em diferentes níveis, com inclinações e orientações variadas, o que não é possível com inversores strings.

Com as strings, as diferentes placas conectadas devem ficar direcionadas na mesma orientação para produzir a tensão idêntica ou similar. Não é possível, por exemplo, utilizar o mesmo inversor para painéis que estejam voltados a lados opostos ou em inclinação distinta — uma condição que limita muito as possibilidades na hora da instalação.

Os microinversores permitem que o desempenho dos painéis seja monitorado de forma remota, inclusive por Wi-fi, com mais facilidade e menor custo de instalação. Além disso, é possível ampliar o projeto apenas com a inclusão de mais placas e do número proporcional de novos microinversores ao sistema.