Starlink e a Produção de Energia baseada no Espaço

Starlink - Satélite sobrevoando a Terra

Se você acompanha o noticiário com certa atenção, provavelmente já ouviu falar da Starlink, internet via satélite operada pela SpaceX, aquela famosa companhia fundada pelo empresário Elon Musk.

Mas o que esse serviço tem a ver com a energia solar? Há várias relações: por exemplo, sistemas Off Grid de Energia Solar são uma forma de levar a energia a locais isolados, que não são atendidos pela rede elétrica, assim como a Starlink visa oferecer internet para esses lugares.

Mas, neste artigo vamos focar em outra tendência: a produção de energia baseada no espaço, uma possibilidade ainda em desenvolvimento – e que tem a Starlink como um avanço importante.

Quer entender como funciona?

Confira no texto a seguir!

Veja também: 

O que é Starlink?

Satélite sobrevoando a Terra simbolizando a starlink.

Primeiro, vamos explicar: Starlink é um serviço de internet via satélite operado pela SpaceX desde 2015, cuja principal vantagem oferecida é o fornecimento de internet banda larga de alta velocidade e baixa latência em locais remotos de todo o mundo. 

Hoje, segundo informações da própria empresa, já são mais de 4.700 satélites em órbita e serviços disponíveis nos sete continentes. A Starlink chegou ao Brasil em maio de 2022 e conta com mais de 60 mil usuários por aqui, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O consumidor adquire um kit Starlink – que inclui antena parabólica, roteador/fonte de alimentação WiFi, cabos e base –, e a instalação dos equipamentos é feita pelos próprios usuários. Em um vídeo, a empresa explica que, para otimizar a conexão, é preciso instalar a antena em um lugar com acesso ao céu, sem obstruções. Também é preciso baixar o aplicativo da companhia para encontrar a localização de um satélite.

E não é só isso: além de fornecer internet residencial, a Starlink também oferece conectividade a navios em cruzeiros e aviões.

Starlink e a produção de energia: Qual a relação?

Milhares de painéis solares em um campo.

Agora que você já sabe o que é e como funciona a Starlink, é hora de entender um pouco melhor a relação dessa tecnologia com a energia solar, o principal tema deste blog

Como já citamos, a Starlink é voltada a moradores de regiões isoladas, assim como os kits de Energia Solar Off Grid, que possibilitam a utilização de energia nessas regiões. Com público semelhante, a empresa de Elon Musk está expandindo seus serviços para também fornecer soluções de energia fora da rede.

O novo serviço, chamado de “Starlink Energy”, é projetado para fornecer energia limpa, acessível e confiável, por meio do uso de microrredes e sistemas movidos a energia solar. Essas microrredes são redes de energia de pequena escala, autocontidas e independentes da rede maior. 

Além de fornecer acesso à internet, a Starlink também pode ser usada para prover acesso a  energia solar gerada no espaço e transmitida para áreas remotas da Terra, que precisam de energia limpa e renovável.

Essa aplicação parece muito futurista, mas já é uma realidade. Vamos comentar um pouco a seguir. 

Transmitir energia solar do espaço: É possível?

Painéis solares absorvendo raios solares.

Em tempos de necessidade urgente de transição energética e de preocupação com a redução da emissão de gases poluentes, as agências espaciais de todo o mundo têm lançado estudos que analisam a viabilidade de construir centrais elétricas em órbita, apesar das dificuldades (principalmente financeiras) em concretizar tais projetos.

Construir usinas de energia solar no espaço certamente não é uma tarefa fácil, mas parece ter vantagens – pelo menos para alguns países. Os entusiastas da tecnologia afirmam que uma central de energia solar na órbita da Terra, produziria 13 vezes mais energia do que uma instalação equivalente localizada no Reino Unido, por exemplo. 

Operada por meio de satélites, a Starlink também poderia fazer parte dessa geração de energia solar pelo espaço. 

Produção de Energia no Espaço - Pontos Positivos

Satélite orbitando o planeta Terra, simbolizando o funcionamento da starlink

Uma das principais vantagens alegadas é que a energia solar baseada no espaço não sofre da principal desvantagem que assola tecnologias de geração de energia renovável, pois, no espaço, o sol sempre brilha e nenhuma nuvem jamais impediu que os raios alcançassem os painéis fotovoltaicos

Uma central de energia solar no espaço, ao contrário do seu equivalente na Terra ou de um parque eólico offshore, forneceria uma quantidade constante de energia, 24 horas por dia e 7 dias por semana, durante todo o ano. Essa energia alimentaria as redes elétricas baseadas no planeta a uma taxa constante, sem que os operadores se preocupassem com apagões incômodos ou com sobrecargas repentinas.

Outra vantagem, é que a energia solar baseada no espaço é mais segura contra conflitos internacionais.

Produção de Energia no Espaço - Contras

Satélite sobrevoando a Terra, assim como o starlink.

Além das questões financeiras, a usina de energia solar em órbita teria que ser enorme e não apenas coletar luz solar suficiente para valer a pena. O principal fator é a necessidade de concentrar as micro-ondas responsáveis por transportar a energia através da atmosfera da Terra em um feixe de tamanho razoável, que possa ser recebido no solo. 

A construção de uma central de energia solar baseada fora do planeta, exigiria centenas de lançamentos de foguetes (que poluem a atmosfera, dependendo do tipo a ser utilizado) e de sistemas robóticos avançados capazes de reunir todos os módulos constituintes no espaço. Será que o futuro chegou?

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Editado por Alexia Messa 

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Sistemas Híbridos – O Futuro da Energia Solar

Ilustração mostra várias fontes de energia juntas, como a energia solar e eólica, que podem produzir sistemas híbridos.

Não existe outro caminho: para proteger o planeta e reduzir cada vez mais as emissões de carbono, é preciso investir em sistemas híbridos de geração de energia que privilegiem matrizes mais limpas e seguras.

Mas, à medida que a geração limpa aumenta, os impactos também são sentidos nas redes, muito por conta das variadas quantidades de energia geradas ao longo do dia. Uma das soluções para isso é a combinação de energia solar e baterias, que permite que os operadores de usinas híbridas forneçam eletricidade durante as horas mais valiosas, quando a demanda é mais forte.

Uma das ideias para avançar na descarbonização é a de que os países estejam atentos à possibilidade de combinar as energias renováveis mais competitivas (eólica, fotovoltaica e hidráulica) em instalações híbridas, que podem ser complementadas ou não com sistemas de armazenamento. Isso estabeleceria uma ferramenta bem-sucedida para fornecer energia limpa e eficiente.

Estamos falando dos sistemas híbridos, considerados por muitos como o futuro da energia solar. 

Quer saber mais?

Confira no texto a seguir!

Veja também: 

Sistemas Híbridos - O que são e como funcionam?

Objetivamente, sistemas híbridos são os que geram eletricidade a partir de duas ou mais fontes de energia, que podem ser ou não renováveis, em um ponto de conexão.

Como exemplo, podemos citar as junções das energias hidráulica e eólica, solar e hidráulica, eólica e solar, termossolar e biomassa, sendo possível ainda existires sistemas híbridos com geradores a diesel.

Os consumidores podem criar um sistema de geração híbrida ou ainda transformar uma instalação já existente. Uma instalação de geração híbrida pode usar a energia fotovoltaica ou eólica e ainda utilizar diesel como combustível para geradores. Em algumas situações, esse tipo de sistema é considerado o mais adequado, mesmo com a utilização de fonte fóssil de energia.

Um dos casos mais comuns no Brasil ocorre na geração de energia em locais remotos, com a modalidade solar-eólica. Na usina híbrida, a geração de energia se divide em dois períodos: de dia, com a luz solar sendo responsável por alimentar as baterias, quando é captada pelos painéis fotovoltaicos; e à noite, quando o vento movimenta as pequenas turbinas elétricas e gera a energia híbrida.

Sistemas Híbridos - Vantagens

Um homem e uma mulher de costas conversando sobre sistemas híbridos de geração de energia.

Não é novidade que a geração de energia por meio de sistemas híbridos, tem atraído adeptos devido às diversas características vantajosas, por ser eficiente e renovável.

Os aspectos positivos incluem ainda o fato de que, em caso de inatividade de uma das fontes, ocorre a troca pela outra, o que melhora a estabilidade da energia elétrica fornecida.

Também cabe destacar a redução no consumo de energia das distribuidoras e dos impactos ambientais, a maior rapidez no “payback” dos sistemas e a mitigação de riscos comerciais.

Sistemas Híbridos - Legislação

Homem mexendo no computador e ao fundo temos sistemas híbridos de produção de energia.

A Índia foi um dos países pioneiros na criação de uma regulamentação específica sobre grandes sistemas híbridos. Na maioria dos países europeus, as usinas de geração fotovoltaica-eólica não costumam receber um tratamento diferente ao de outras tecnologias, mas, na Espanha, em Portugal e na Irlanda, algumas medidas já foram tomadas. 

Na Alemanha e nos Estados Unidos, estão sendo realizados leilões de energia mista, com as instalações híbridas como as principais beneficiadas.

No Brasil, em dezembro de 2021, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação para o funcionamento de Centrais Geradoras Híbridas (UGH) e centrais geradoras associadas.

A medida definiu as regras para a outorga desses tipos de empreendimentos e para a contratação do uso dos sistemas de transmissão, além da forma de tarifação dessas usinas e da aplicação dos descontos legais nas tarifas de uso do sistema de transmissão.

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Editado por Alexia Messa 

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