Starlink e a Produção de Energia baseada no Espaço

Starlink - Satélite sobrevoando a Terra

Se você acompanha o noticiário com certa atenção, provavelmente já ouviu falar da Starlink, internet via satélite operada pela SpaceX, aquela famosa companhia fundada pelo empresário Elon Musk.

Mas o que esse serviço tem a ver com a energia solar? Há várias relações: por exemplo, sistemas Off Grid de Energia Solar são uma forma de levar a energia a locais isolados, que não são atendidos pela rede elétrica, assim como a Starlink visa oferecer internet para esses lugares.

Mas, neste artigo vamos focar em outra tendência: a produção de energia baseada no espaço, uma possibilidade ainda em desenvolvimento – e que tem a Starlink como um avanço importante.

Quer entender como funciona?

Confira no texto a seguir!

Veja também: 

O que é Starlink?

Satélite sobrevoando a Terra simbolizando a starlink.

Primeiro, vamos explicar: Starlink é um serviço de internet via satélite operado pela SpaceX desde 2015, cuja principal vantagem oferecida é o fornecimento de internet banda larga de alta velocidade e baixa latência em locais remotos de todo o mundo. 

Hoje, segundo informações da própria empresa, já são mais de 4.700 satélites em órbita e serviços disponíveis nos sete continentes. A Starlink chegou ao Brasil em maio de 2022 e conta com mais de 60 mil usuários por aqui, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O consumidor adquire um kit Starlink – que inclui antena parabólica, roteador/fonte de alimentação WiFi, cabos e base –, e a instalação dos equipamentos é feita pelos próprios usuários. Em um vídeo, a empresa explica que, para otimizar a conexão, é preciso instalar a antena em um lugar com acesso ao céu, sem obstruções. Também é preciso baixar o aplicativo da companhia para encontrar a localização de um satélite.

E não é só isso: além de fornecer internet residencial, a Starlink também oferece conectividade a navios em cruzeiros e aviões.

Starlink e a produção de energia: Qual a relação?

Milhares de painéis solares em um campo.

Agora que você já sabe o que é e como funciona a Starlink, é hora de entender um pouco melhor a relação dessa tecnologia com a energia solar, o principal tema deste blog

Como já citamos, a Starlink é voltada a moradores de regiões isoladas, assim como os kits de Energia Solar Off Grid, que possibilitam a utilização de energia nessas regiões. Com público semelhante, a empresa de Elon Musk está expandindo seus serviços para também fornecer soluções de energia fora da rede.

O novo serviço, chamado de “Starlink Energy”, é projetado para fornecer energia limpa, acessível e confiável, por meio do uso de microrredes e sistemas movidos a energia solar. Essas microrredes são redes de energia de pequena escala, autocontidas e independentes da rede maior. 

Além de fornecer acesso à internet, a Starlink também pode ser usada para prover acesso a  energia solar gerada no espaço e transmitida para áreas remotas da Terra, que precisam de energia limpa e renovável.

Essa aplicação parece muito futurista, mas já é uma realidade. Vamos comentar um pouco a seguir. 

Transmitir energia solar do espaço: É possível?

Painéis solares absorvendo raios solares.

Em tempos de necessidade urgente de transição energética e de preocupação com a redução da emissão de gases poluentes, as agências espaciais de todo o mundo têm lançado estudos que analisam a viabilidade de construir centrais elétricas em órbita, apesar das dificuldades (principalmente financeiras) em concretizar tais projetos.

Construir usinas de energia solar no espaço certamente não é uma tarefa fácil, mas parece ter vantagens – pelo menos para alguns países. Os entusiastas da tecnologia afirmam que uma central de energia solar na órbita da Terra, produziria 13 vezes mais energia do que uma instalação equivalente localizada no Reino Unido, por exemplo. 

Operada por meio de satélites, a Starlink também poderia fazer parte dessa geração de energia solar pelo espaço. 

Produção de Energia no Espaço - Pontos Positivos

Satélite orbitando o planeta Terra, simbolizando o funcionamento da starlink

Uma das principais vantagens alegadas é que a energia solar baseada no espaço não sofre da principal desvantagem que assola tecnologias de geração de energia renovável, pois, no espaço, o sol sempre brilha e nenhuma nuvem jamais impediu que os raios alcançassem os painéis fotovoltaicos

Uma central de energia solar no espaço, ao contrário do seu equivalente na Terra ou de um parque eólico offshore, forneceria uma quantidade constante de energia, 24 horas por dia e 7 dias por semana, durante todo o ano. Essa energia alimentaria as redes elétricas baseadas no planeta a uma taxa constante, sem que os operadores se preocupassem com apagões incômodos ou com sobrecargas repentinas.

Outra vantagem, é que a energia solar baseada no espaço é mais segura contra conflitos internacionais.

Produção de Energia no Espaço - Contras

Satélite sobrevoando a Terra, assim como o starlink.

Além das questões financeiras, a usina de energia solar em órbita teria que ser enorme e não apenas coletar luz solar suficiente para valer a pena. O principal fator é a necessidade de concentrar as micro-ondas responsáveis por transportar a energia através da atmosfera da Terra em um feixe de tamanho razoável, que possa ser recebido no solo. 

A construção de uma central de energia solar baseada fora do planeta, exigiria centenas de lançamentos de foguetes (que poluem a atmosfera, dependendo do tipo a ser utilizado) e de sistemas robóticos avançados capazes de reunir todos os módulos constituintes no espaço. Será que o futuro chegou?

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Editado por Alexia Messa 

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Sistemas Híbridos – O Futuro da Energia Solar

Ilustração mostra várias fontes de energia juntas, como a energia solar e eólica, que podem produzir sistemas híbridos.

Não existe outro caminho: para proteger o planeta e reduzir cada vez mais as emissões de carbono, é preciso investir em sistemas híbridos de geração de energia que privilegiem matrizes mais limpas e seguras.

Mas, à medida que a geração limpa aumenta, os impactos também são sentidos nas redes, muito por conta das variadas quantidades de energia geradas ao longo do dia. Uma das soluções para isso é a combinação de energia solar e baterias, que permite que os operadores de usinas híbridas forneçam eletricidade durante as horas mais valiosas, quando a demanda é mais forte.

Uma das ideias para avançar na descarbonização é a de que os países estejam atentos à possibilidade de combinar as energias renováveis mais competitivas (eólica, fotovoltaica e hidráulica) em instalações híbridas, que podem ser complementadas ou não com sistemas de armazenamento. Isso estabeleceria uma ferramenta bem-sucedida para fornecer energia limpa e eficiente.

Estamos falando dos sistemas híbridos, considerados por muitos como o futuro da energia solar. 

Quer saber mais?

Confira no texto a seguir!

Veja também: 

Sistemas Híbridos - O que são e como funcionam?

Objetivamente, sistemas híbridos são os que geram eletricidade a partir de duas ou mais fontes de energia, que podem ser ou não renováveis, em um ponto de conexão.

Como exemplo, podemos citar as junções das energias hidráulica e eólica, solar e hidráulica, eólica e solar, termossolar e biomassa, sendo possível ainda existires sistemas híbridos com geradores a diesel.

Os consumidores podem criar um sistema de geração híbrida ou ainda transformar uma instalação já existente. Uma instalação de geração híbrida pode usar a energia fotovoltaica ou eólica e ainda utilizar diesel como combustível para geradores. Em algumas situações, esse tipo de sistema é considerado o mais adequado, mesmo com a utilização de fonte fóssil de energia.

Um dos casos mais comuns no Brasil ocorre na geração de energia em locais remotos, com a modalidade solar-eólica. Na usina híbrida, a geração de energia se divide em dois períodos: de dia, com a luz solar sendo responsável por alimentar as baterias, quando é captada pelos painéis fotovoltaicos; e à noite, quando o vento movimenta as pequenas turbinas elétricas e gera a energia híbrida.

Sistemas Híbridos - Vantagens

Um homem e uma mulher de costas conversando sobre sistemas híbridos de geração de energia.

Não é novidade que a geração de energia por meio de sistemas híbridos, tem atraído adeptos devido às diversas características vantajosas, por ser eficiente e renovável.

Os aspectos positivos incluem ainda o fato de que, em caso de inatividade de uma das fontes, ocorre a troca pela outra, o que melhora a estabilidade da energia elétrica fornecida.

Também cabe destacar a redução no consumo de energia das distribuidoras e dos impactos ambientais, a maior rapidez no “payback” dos sistemas e a mitigação de riscos comerciais.

Sistemas Híbridos - Legislação

Homem mexendo no computador e ao fundo temos sistemas híbridos de produção de energia.

A Índia foi um dos países pioneiros na criação de uma regulamentação específica sobre grandes sistemas híbridos. Na maioria dos países europeus, as usinas de geração fotovoltaica-eólica não costumam receber um tratamento diferente ao de outras tecnologias, mas, na Espanha, em Portugal e na Irlanda, algumas medidas já foram tomadas. 

Na Alemanha e nos Estados Unidos, estão sendo realizados leilões de energia mista, com as instalações híbridas como as principais beneficiadas.

No Brasil, em dezembro de 2021, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação para o funcionamento de Centrais Geradoras Híbridas (UGH) e centrais geradoras associadas.

A medida definiu as regras para a outorga desses tipos de empreendimentos e para a contratação do uso dos sistemas de transmissão, além da forma de tarifação dessas usinas e da aplicação dos descontos legais nas tarifas de uso do sistema de transmissão.

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Editado por Alexia Messa 

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Bateria de Lítio para Energia Solar: Saiba Tudo Sobre

Painel solar com um capacete de proteção em cima.

A energia solar não para de crescer e, no último mês de agosto, superou os 33GW de capacidade operacional no Brasil, com mais de 2 milhões de sistemas instalados. Para chegar a números tão expressivos, o setor precisa, obviamente, contar com uma constante evolução das tecnologias empregadas. Afinal, para montar um bom sistema fotovoltaico, é necessário utilizar módulos solares, materiais elétricos, estruturas, inversores, controladores de carga e baterias, como a bateria de lítio.

Nas próximas linhas o assunto abordado será as baterias, que têm a nobre missão de armazenar a eletricidade gerada e, assim, de resolver eventuais intermitências. 

Segundo a provedora de pesquisas de mercado BloombergNEF, o investimento global em projetos de baterias de armazenamento de energia ultrapassou US$ 13 bilhões em 2020 e tem a expectativa de chegar a US$ 1,3 trilhão em 2030, impulsionado pela necessidade de soluções capazes de armazenar energia renovável. Ou seja, há muita demanda por essa tecnologia.

Veja também:

Qual é a melhor bateria para energia solar?

Kits híbridos com bateria de lítio

Kits híbridos com bateria de lítio NeoSolar

Para começar, vamos ao básico. As baterias estacionárias (incluindo chumbo-ácido e lítio) são as mais indicadas para sistemas de energia solar fotovoltaica, considerando o custo-benefício de fornecer a energia necessária por um custo mais baixo e com vida útil satisfatória. 

Há outros dois tipos bastante conhecidos, mas que não são indicados por razões diferentes: as baterias automotivas são desenvolvidas para VEs e perdem tanto em desempenho quanto em vida útil, se forem usadas em sistemas fotovoltaicos; e as baterias tracionárias, apesar de oferecerem alta capacidade cíclica e elevada profundidade de descarga, são mais caras, o que geralmente inviabiliza o uso na energia solar.

A bateria de lítio Powerwall da Tesla

Casa com paineis solares que armazenam energia e alimentam as baterias de lítio.

Consideradas a tecnologia de armazenamento solar mais eficiente, as baterias de lítio têm ganhado cada vez mais espaço no mercado, devido, principalmente, ao fato de ter durabilidade bem superior ao das baterias de chumbo-ácido. Estima-se que a bateria de chumbo-ácido permita 1.500 ciclos de vida, enquanto a bateria de lítio pode durar até três vezes mais.

Nem todos se lembram, mas a implementação das baterias de lítio na energia solar tem como um dos grandes responsáveis o polêmico bilionário Elon Musk. Em 2015, a Tesla, uma das empresas de Musk, lançou a primeira versão do Powerwall, um sistema de baterias de lítio para armazenamento de energia solar em residências e comércios.

O Powerwall trouxe ao mercado uma forma relativamente simples de funcionamento: o armazenamento do excesso de energia capturada pelos painéis fotovoltaicos nas baterias. Isso permite que o usuário use essa energia extra em horários de pico, por exemplo, o que reduziria o preço da conta de luz. 

Tesla acaba de anunciar o Powerwall 3

Placas solares absorvendo raios de sol.

De lá para cá, a empresa de Musk lançou o Powerwall 2, em 2016, e acabou de anunciar, neste mês de setembro, o lançamento do Powerwall 3 para 2024. Segundo a Tesla, a terceira geração do seu sistema de armazenamento de energia solar será totalmente integrado e projetado para instalações domésticas. 

O Powerwall 3 terá a mesma capacidade de energia do Powerwall 2 (13,5 kWh), mas sua potência contínua saltará para 11,5kW. Outro diferencial é que a nova geração do sistema poderá fornecer mais energia com uma única unidade, além de ter sido projetado para chegar a até 40,5 kWh de expansão.

Editado por Alexia Messa 

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Instalação de Sistema de Energia Solar: Dicas e Cuidados

A energia solar ultrapassou 32GW operacionais no Brasil e, conforme a Associação Brasileira do setor, a instalação de mais de 2 milhões de sistemas comprova o crescimento dessa tecnologia no país.

Com o crescimento e a busca cada vez maior por esse tipo de energia limpa, renovável e econômica, é preciso também alertar sobre como os novos consumidores devem proceder para garantir durabilidade e segurança às instalações.

Primeiro, é preciso saber que qualquer instalação fotovoltaica é elétrica e, portanto, requer profissionais capacitados.

Homem usando um capacete branco e colete amarelo, subindo em uma escada para verificar a instalação de um sistema de energia solar.

Nos últimos 10 anos, com o crescimento do setor, as pessoas passaram a se interessar por trabalhos com energia solar, visando um maior ganho financeiro. Muitas vezes, porém, elas não possuem a capacitação necessária.

É importante ressaltar que a instalação de sistemas de energia solar é um trabalho que envolve energia e riscos nas instalações – tanto para o profissional quanto para o cliente -, por conta da possibilidade de incêndios, choques e acidentes, como quedas de alturas consideráveis.

Aqui, definimos como profissional habilitado para a função aquele que possui formação em elétrica ou técnico em eletricidade, sempre com habilitação nas normas de segurança.

Normas de Segurança na Instalação de Sistemas de Energia Solar

Homem de costas usando um capacete branco e analisando um quadro de luz.

  • NR10

Essa Norma Regulamentadora estabelece os requisitos e as condições mínimas, com o objetivo de efetivar medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interagem em instalações elétricas e serviços com eletricidade.

A NR10 se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades – sempre observando as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.

  • NR35

A NR 35 estabelece as medidas de prevenção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução. O objetivo é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com a atividade. É aplicada em toda atividade com diferença superior a 2 metros entre os níveis, onde haja risco de queda.

Responsabilidade do Consumidor

Homem usando capacete e colete laranja, em uma mão segura um tablet e com a outra aponta o dedo indicador para uma instalação de placa solar.

Ao pensar em instalar sistemas fotovoltaicos, o consumidor deve ter em mente que o melhor caminho é sempre contratar uma empresa especializada em energia solar, verificando o portfólio e os responsáveis técnicos.

A emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) é uma exigência para o engenheiro ou técnico responsável pela execução do serviço. Outro fator relevante a ser observado é o tipo de mão de obra utilizada pelas empresas, se é própria ou terceirizada.

Os consumidores devem estar cientes das responsabilidades ao contratar um profissional por conta própria, pois, em caso de acidente, ele será o responsável pelas consequências.

Equipamentos

Instalação de placas solares.

Ao adquirir equipamentos, é fundamental observar se são certificados pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Outro ponto importante, e muitas vezes negligenciado, é a atenção às instalações dos equipamentos de proteção (fusíveis, disjuntores, cabos etc.), que, em caso de serviços mal executados, podem até iniciar incêndios.

Na instalação dos sistemas string, é obrigatória a presença da string-box, que nada mais é que uma caixa de proteção responsável por conectar os cabos vindos dos módulos aos inversores, enquanto fornece proteção contra sobretensão e sobrecorrente e permite o secionamento do circuito. 

Já os sistemas que utilizam microinversores tendem a ser mais seguros, pois gerenciam as placas de forma individualizada. Por isso, em caso de curto ou outro problema, é possível desligar o painel danificado do sistema. Com os microinversores, a energia já sai como corrente alternada (AC) próxima da própria placa solar, com níveis de tensão baixos e seguros. 

Editado por Alexia Messa e com informações de Paulo Frugis, engenheiro e professor da NeoSolar

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Incentivos à energia solar: como o Brasil tem feito isso

É cada vez mais urgente e necessária a implantação de incentivos à energia solar e uso de fontes de energia limpas, renováveis e mais acessíveis à população.

Diversos agentes devem atuar em conjunto para promover um mundo mais sustentável, e é fundamental que políticas públicas contemplem medidas de desenvolvimento, apoio e incentivo às fontes renováveis – em especial à energia solar, se recortarmos o cenário para a realidade brasileira e focarmos no tema central deste blog.

Para isso, é preciso reduzir a burocracia e buscar legislações adequadas, que ajudem o Brasil a aproveitar o seu potencial e decolar no setor, ainda atrasado em relação aos países desenvolvidos.

Energia solar - Usina de geração solar

Mesmo assim, o cenário é promissor: desde 2012, a energia solar já gerou mais de R$ 150 bilhões em novos investimentos e 918 mil empregos, indicadores que interessam ao poder público, assim como a redução na emissão de 39 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. 

É a prova de que a energia solar brasileira é capaz de promover benefícios em diversas áreas e merece uma atenção dos governantes e um plano consistente dedicado ao setor.

No texto abaixo, vamos falar um pouco sobre as iniciativas implantadas pelo poder público visando a ampliação do setor de energia solar no país.

Confira!

Leia também:

Governo federalEngenheiro examinando alguns painéis solares.

Uma das ações mais importantes do setor solar no Brasil aconteceu em 2012, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) lançou a Resolução Normativa 482, que permitiu ao consumidor gerar a sua própria energia. Com a REN 482, o uso dos créditos de energia solar também foi regulamentado no país. 

Em 2018, a legislação brasileira instituiu a Política Nacional de Energia Solar Fotovoltaica (Pronasolar), com o objetivo de ampliar a utilização de fontes de energia renovável com foco na energia solar fotovoltaica, por meio de linhas de crédito.

Mais recentemente, em março de 2023, um decreto presidencial incluiu o segmento de painéis fotovoltaicos, voltados para a produção de energia solar, no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis).

Com isso, esses painéis passaram a contar com alíquota zero de Imposto de Importação, Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), até dezembro de 2026. A medida vale para todos os painéis solares fabricados por empresas habilitadas ao Padis.

Incentivos à energia solar nos estados brasileirosHomem com as mãos apoiadas em uma placa de energia solar.

Agora vamos detalhar um pouco de como alguns estados brasileiros têm incentivado o mercado de energia solar.

Antes, é importante citar que, em abril de 2015, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) celebrou o seu convênio ICMS/16, e, assim, cada estado brasileiro pôde iniciar as concessões de isenção de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre a energia elétrica fornecida pela distribuidora à unidade consumidora.

Hoje, todos os estados e o Distrito Federal já oferecem esses benefícios fiscais para quem gera energia fotovoltaica. Além disso, oferecem também descontos no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) – lembrando que cada município possui a sua própria lei e define as condições, o percentual e as regras do desconto.

Em Manaus (AM), a Câmara Municipal aprovou em maio deste ano um Projeto de Lei que institui uma campanha de incentivo à utilização de energia solar na capital amazonense, criando mecanismos para informar à população sobre os benefícios da tecnologia para o meio ambiente e a redução no valor da conta de luz. 

Além disso, o projeto solicita a implementação dos sistemas de energia solar em escolas, faculdades, hospitais, clínicas médicas, laboratórios, estabelecimentos de saúde, comércios e indústrias. 

No Piauí, desde 2021, os servidores estaduais podem adquirir um sistema de energia solar por meio de financiamento com parcelas descontadas em folha. De acordo com a lei, o sistema de energia fotovoltaica de cada residência ou propriedade será interligado à rede de energia elétrica, seguindo os protocolos técnicos e a resolução do sistema elétrico nacional.

No Rio de Janeiro, foi sancionada em 2022 a Lei 9.594, que também garante facilidade para servidores públicos ativos, inativos, militares e pensionistas do estado financiarem a compra de sistemas de energia solar. A legislação prevê que o incentivo será concedido por meio de um desconto sobre o preço de mercado, com pagamento de parcelas mensais através de consignação em folha, respeitando a margem de até 40%. 

No Espírito Santo, existe desde 2021 a lei que institui o Programa de Geração de Energias Renováveis do Espírito Santo (Gerar), com o objetivo de diversificar a matriz energética e fomentar o desenvolvimento econômico, com incentivos fiscais e tributários às empresas que se dedicam à fabricação de equipamentos geradores de energia renovável, em especial, solar, eólica e biomassa.

Em São Paulo, no final de 2022, o governador Rodrigo Garcia assinou um acordo de cooperação com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), para a criação do programa estadual de desenvolvimento da fonte solar e tecnologias sinérgicas, como armazenamento e hidrogênio verde, no território paulista. Na oportunidade, foi anunciada ainda a ampliação de incentivos fiscais para o setor, com regras mais favoráveis aos projetos de geração própria de energia solar.

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Dicas para o uso de bombas solares (especialmente nos meses de estiagem)

E esfriou…. Está chegando a estiagem, uma época de preocupação para agriculturores e pecuaristas, mas que pode ser bastante atenuada com o uso de bombas solares.

Em 21 de junho, começou oficialmente o inverno e, com ele, chegam os três meses mais frios e secos do ano. Essa época pode desencadear a temida estiagem, com chuvas abaixo da média, o que pode prejudicar especialmente rebanhos e plantações.

Confira cases com Bombeamento Solar:

Para produtores rurais e pecuaristas, a preocupação é fazer com que a água de rios, represas, lagos ou poços possa chegar para a irrigação, alimentação de animais e diversas atividades que requerem a utilização de energia.

No texto a seguir, vamos abordar uma tecnologia criada para auxiliar na captação de água e que ganha atenção especial durante a estiagem: as bombas de água com energia solar – ou, simplesmente, bombas solares -, opção mais econômica, confiável e que utiliza fonte limpa, renovável, silenciosa e inesgotável.

Confira!

Leia também:

O que são e como funcionam as bombas solares

O bombeamento solar se diferencia do convencional, pois, em vez de utilizar energia da rede elétrica, é alimentado pela energia fotovoltaica. Desta forma, promove a retirada de água dos lençóis freáticos, o que possibilita a irrigação de plantas e o abastecimento dos bebedouros dos animais, por exemplo. Por conta disso, as bombas solares podem ser usadas em lugares de difícil acesso e/ou remotos, onde a energia elétrica não é convencional, e também em centros urbanos, na reutilização da água da chuva, abastecimento de caixas d’água e bombeamento de água em jardins.

Elas funcionam assim: ao receber a energia proveniente do sol, as células fotovoltaicas das placas transformam a radiação diretamente em energia elétrica, no processo chamado de “efeito fotovoltaico”. Após a conversão da energia solar em elétrica, o painel energiza a bomba e leva a água até um reservatório, dispensando desta forma o uso de baterias.

As bombas solares podem ser submersas, quando instaladas dentro da água, com formato longo e cilíndrico para facilitar a instalação; ou de superfície, que ficam localizadas próximo à superfície, puxando a água da fonte e deslocando para o uso ou reservatório.

Existe ainda uma alternativa para grandes potências de bombeamento: as bombas de Corrente Alternada (CA) convencionais podem ser acopladas a um gerador de energia solar especialmente desenvolvido para isso. Da mesma forma que as bombas solares, o sistema não precisa de baterias ou geradores, funcionando normalmente na presença do sol.

Dicas importantes para uso de bombas solares

Na hora de comprar uma bomba solar, é preciso entender suas características para garantir uma operação eficiente, maior vida útil e baixa necessidade de manutenção.

1 – Prefira bombas com rolamento axial

Muitas bombas solares de baixo custo utilizam rolamentos de esferas, que são o principal ponto de quebra mecânica. A bomba precisa suportar a rotação, mas também faz um grande esforço axial para deslocar a água com pressões que chegam a dezenas ou centenas de MCA (Metros de Coluna d´Água).

2 – Utilize bombas com lubrificação à água

O ideal é utilizar bombas lubrificadas com filme fino de água, que, além de mais eficientes, evitam quebras e contaminações indesejadas.

3 – Tenha atenção com o material das bombas

Tanto o corpo da bomba quanto o bombeador devem ser de aço inox de boa qualidade, considerando também o tipo de líquido ou as características da água. O corpo da bomba deve ter uma espessura mínima para evitar vibrações e qualidade para durar muitos anos embaixo da água.

4 – Utilize motores PM BLDC

Evite utilizar bombas com escovas, que duram menos e são pouco eficientes. Prefira motores CC com imã permanente e sem escovas, o que aumenta a durabilidade e a eficiência, além de reduzir a necessidade de reparos.

Onde comprar bombas solares?

Agora que você já leu sobre a importância das bombas solares e suas aplicações, é hora de saber onde comprar.

Para isso, pode contar com a NeoSolar, líder no segmento Off Grid e que acaba de completar 13 anos de história no setor de energia solar brasileiro. A empresa oferece diversos modelos de bombas solares, kits e acessórios para a instalação do sistema, com soluções seguras, eficientes e o melhor valor do mercado.

Em 2023, a NeoSolar disponibilizou ao mercado brasileiro as bombas solares da marca ZTROON, disponíveis em quatro tipos (centrífugas, helicoidais, híbridas e de superfície), com 12 diferentes modelos. Além das bombas, são comercializadas peças de reposição compatíveis com os equipamentos, e é oferecido suporte técnico nacional para qualquer cliente. 

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Bomba Solar: a solução ideal para a agropecuária em estiagem

Com edição de Marien Ramos

Saiba como funciona o sistema de bombeamento de água com bomba solar, importante para garantir a produção nos meses sem chuva

Com a chegada do inverno e de seus meses frios e secos, uma das preocupações de produtores rurais e pecuaristas é com a estiagem, período de chuvas abaixo da média e que pode comprometer rebanhos e plantações.

Para garantir a produtividade na agropecuária, uma das soluções ideais são as bombas
solares
, equipamentos capazes de promover o abastecimento de água no ano inteiro,
mas com ainda mais importância nessa época.

O bombeamento solar se diferencia do convencional, pois, em vez de utilizar energia
da rede elétrica, é alimentado por meio de energia solar fotovoltaica. Desta forma,
promove a retirada de água dos lençóis freáticos, o que possibilita a irrigação de
plantas e o abastecimento dos bebedouros dos animais, por exemplo.

Raphael Pintão, sócio-fundador da NeoSolar, maior distribuidora de produtos para energia solar Off Grid do Brasil, explica:

“Este tipo de sistema é muito usado em lugares remotos e de difícil acesso, onde a energia elétrica não é convencional. Nestes casos, a energia solar é a opção mais econômica e confiável para bombeamento de água, gerando economia significativa na instalação e na operação”

“É importante destacar que, além de ser uma fonte limpa, renovável e silenciosa, as
bombas abastecidas por energia solar surgem como alternativas viáveis e mais
econômicas. No fim das contas, beneficiam toda uma cadeia, com impacto direto na
qualidade da produção, já que a água influencia diretamente no que é produzido pelo
setor agrícola”, finaliza.

Como funciona uma bomba solar

Ao receber a energia proveniente do sol, as células fotovoltaicas das placas
transformam a radiação diretamente em energia elétrica, no processo chamado de
“efeito fotovoltaico”. Após a conversão da energia solar em elétrica, o painel energiza a bomba leva a água até um reservatório, dispensando o uso de bateria.

Bomba Solar em bombeamento de água, feito tanto pelas de superfície quanto as submersas
Para bombeamento de água com energia solar, podem ser utilizadas as bombas de superfície ou as bombas submersas

Mercado brasileiro

Em 2023, o mercado brasileiro de energia solar recebeu mais uma novidade da marca
ZTROON: as bombas solares. Estão disponíveis em quatro tipos (centrífugas, helicoidais, híbridas e de superfície), com 12 diferentes modelos. A exemplo dos inversores ZTROON, as novas bombas solares da marca também são distribuídas pela NeoSolar.

Além de todos os modelos de bombas, são comercializadas também peças de reposição compatíveis com os equipamentos, e é oferecido suporte técnico nacional para qualquer cliente. 

Linhas de bombas solares ZTROON

Conheça um pouco mais sobre as quatro linhas de bombas disponíveis:

  • Bombas Solares Centrífugas ZTROON: podem entregar altas vazões, sempre com longa durabilidade e alto rendimento. A baixa manutenção também é um diferencial, por terem menor desgaste que outros modelos e contarem com um moderno sensor de poço seco. Isso faz o equipamento parar de funcionar se o nível de água estiver muito baixo, evitando o risco de danificá-lo;
  • Bombas Solares Helicoidais ZTROON: aliando alta capacidade manométrica e eficiência energética, oferecem alto rendimento mesmo com a instalação de menos placas solares. Isso faz com que o preço de todo o sistema se torne mais barato, sem perder o alto rendimento e a excelente vazão de água;
  • Bombas Solares Híbridas ZTROON: ideais para quem precisa bombear água também durante a noite ou busca um backup (fonte reserva) para dias de baixa geração solar. Por trabalhar em Corrente Contínua e Corrente Alternada, o equipamento permite a troca de fonte sempre que desejável;
  • Bombas Solares de Superfície ZTROON: fáceis de instalar e ideais para múltiplas aplicações, conectam-se com todos os tipos de placas solares para garantir um bombeamento contínuo e confiável. As bombas de superfície não são instaladas dentro da água, diferentemente dos modelos submersos,. Assim, elas abrem uma gama grande de aplicações e facilitam o acesso e a inspeção visual.

Sobre a NeoSolar

A NeoSolar é a maior distribuidora de produtos para energia solar Off Grid do Brasil, focada em fazer da energia solar fotovoltaica uma solução viável e utilizada em todo o país. No mercado desde 2010 e uma das fundadoras da ABSOLAR, a NeoSolar oferece soluções para viabilizar a Transição Energética no país, com unidades de negócio especializadas em Energia Solar, Armazenamento de Energia e Infraestrutura de Recarga para Veículos Elétricos, com a marca NeoCharge. 

Lei 14.300: Ainda vale a pena instalar energia solar após o Marco Legal de GD?

Com edição de Marien Ramos

Você já leu aqui sobre as vantagens de instalar energia solar e as mudanças propostas pela Lei 14.300/2022 – ou o  Marco Legal da Geração Distribuída. A nova legilsação é considerado uma conquista do setor e um instrumento importante para garantir segurança jurídica no mercado fotovoltaico brasileiro. 

De lá para cá, algumas alterações foram registradas e muitas dúvidas permanecem. A principal delas é: ainda vale a pena investir em energia solar?

No texto a seguir, vamos tentar esclarecer alguns pontos importantes sobre o assunto. Confira!

Setor Energia Solar ainda é atrativo após Lei 14.300
Crédito: Freepik

Em fevereiro de 2023, após pouco mais de um ano de debates e discussões entre agentes do setor de energia solar, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) regulamentou a Lei 14.300/2022.

Com a definição, alguns pontos foram alterados e regulamentos em relação à legislação sancionada em janeiro de 2022. Neste texto, vamos explicar se ainda vale a pena investir em energia solar após a entrada em vigor do novo marco.

O Marco GD, como ficou conhecida a Lei 14.300/2022, criou a obrigação de apresentação de garantia de fiel cumprimento (GFC), por parte dos interessados na conexão de centrais de minigeração a partir de 500 kW de potência instalada (2,5% do valor do investimento de 500 a 1.000 KW e 5% acima de 1.000 kW).

Assim, ficou definido pela Aneel que o consumidor pode optar, exclusivamente, por uma das seguintes modalidades:

  • Caução em dinheiro;
  • Títulos da dívida pública emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil;
  • Fiança bancária emitida por banco ou instituição financeira devidamente autorizada a operar no país pelo Banco Central do Brasil.

Além disso, outro ponto estabelecido é que as unidades consumidoras com geração local, cuja potência nominal total dos transformadores seja igual ou inferior a uma vez e meia o limite permitido para ligação de consumidores do Grupo B, podem optar por faturamento idêntico às unidades conectadas em baixa tensão, conforme regulação da Aneel.

Ou seja, para que a opção pelo faturamento em Grupo B seja efetivada, a soma da potência dos transformadores não pode ultrapassar 112,5 KVA; a geração deve ser instalada na unidade consumidora; e, além disso, não é permitido enviar ou receber excedentes para unidades consumidoras distintas.

Saiba Mais:

Mudanças Tarifárias – Fio B

É verdade que o prazo para que sistemas de energia solar garantissem até 2045 a manutenção de incentivos tarifários terminou em 6 de janeiro deste ano. Mas o que mudou de fato?

Mesmo antes do fim do prazo, já existia a taxa de disponibilidade, ou taxa mínima, para uso da rede. Como funciona agora? Neste caso, os consumidores continuam pagando a taxa de disponibilidade, porém ela não pode ser descontada dos créditos.

O que mudou é que, após o prazo, teve início a cobrança do Fio B, componente da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd) e relacionado aos custos com o uso do sistema de distribuição.

O cálculo funciona assim para dois casos:

  • Soma do consumo da rede com parcela do Fio B na compensação menor que a disponibilidade: paga-se o custo de disponibilidade.
  • Soma maior: paga-se o Fio B e o consumo da rede, sem custo de disponibilidade.

O valor do Fio B varia de concessionária para concessionária e é definido pela Aneel por meio de revisões tarifárias, com base em premissas e manuais.

Economia com a nova atualização da Lei 14.300

É importante esclarecer que, após a Lei 14.300/2022, graças ao chamado “fator de simultaneidade”, o consumidor continuará injetando a energia excedente na rede, mas só irá pagar quando consumir essa energia – o que torna o consumo instantâneo mais atraente e econômico.

Dito isso, em alguns cenários, será mais vantajoso instalar energia solar pós prazo do Marco Legal do que anteriormente, com economia que continua ultrapassando os 90% na conta de energia.

Vantagens de instalar energia solar

A primeira das vantagens trata-se sobre as perspectivas favoráveis ao setor, que registra investimentos cada vez maiores. Com isso movimento, o barateamento do valor da energia produzida/distribuída, além das novas possibilidades de financiamento, tornam a energia solar mais acessível à população.

Outros benefícios são o tempo de duração dos equipamentos solares (com inversores que possuem vida útil média de 10 anos e painéis que podem chegar aos 25 anos). Sem cotar com a rapidez no retorno dos projetos, com economia da conta de energia registrada desde o primeiro mês de uso do sistema.

A seguir, podemos citar que os imóveis com energia solar estão cada vez mais valorizados, e a utilização da modalidade pode ser considerada um diferencial na hora da venda, inclusive com valores superiores a outros similares. Isso foi atestado em pesquisa da Brain Inteligência Estratégica, que mostra que 66% dos compradores aceitariam pagar mais caro por um imóvel com energia solar.

Por último e não menos importante, é preciso enaltecer as vantagens da energia solar para o planeta, já que o uso deste tipo de matriz contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, passo importante para a efetivação da transição energética.

Instalações de Energia Solar sob a nova Legislação

De acordo com a Aneel, desde a publicação da Lei 14.300/2022, já foram efetivadas pelas distribuidoras mais de 780 mil de conexões de micro e minigeração distribuída, número que representa aumento de 60% em relação ao verificado nos 13 meses anteriores à publicação da legislação.

Hoje, a energia solar é a segunda matriz mais utilizada no Brasil, com 28,9 GW operacionais, com quase 2 milhões de sistemas instalados.

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Mudanças climáticas alarmantes demandam transição energética

Com edição de Marien Ramos

No mês de maio, levantamento da Organização Meteorológica Mundial, agência especializada da ONU, alertou autoridades e ambientalistas ao anunciar que o planeta deve registrar um período de mudanças climáticas, com altas temperaturas inéditas nos próximos cinco anos.

Diversas regiões do mundo serão impactadas pela mudança do clima e, no Brasil, pode haver repercussão direta na agricultura devido à queda no regime de chuvas na Amazônia.

Alerta da ONU para Mudanças Climáticas demanda Transição Energética
Fontes de energia renováveis, como a energia solar, podem evitar as alarmantes mudanças climáticas

Se estão se perguntando o motivo, mais uma vez, precisaremos citar o aquecimento global. No texto a seguir veremos como as energias limpas, a exemplo da energia solar, têm um papel fundamental na redução das emissões de gases do efeito estufa. Confira!

Alerta de Mudança Climática – Acordo de Paris

Já em 2015, os signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Paris concordaram em unir esforços para manter o aumento das temperaturas globais abaixo de 2°C e limitá-lo a 1,5°C até 2050. A meta foi estabelecida no chamado Acordo de Paris.

“As mudanças climáticas representam uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades humanas e para o planeta e, portanto, requerem a mais ampla cooperação possível de todos os países e sua participação numa resposta internacional eficaz e apropriada, com vista a acelerar a redução das emissões globais de gases de efeito estufa”.

Acordo de paris

Contudo, as informações mais recentes apontam uma chance de 98% para que pelo menos um dos próximos cinco anos supere o recorde de temperatura estabelecido em 2016, quando houve um El Niño – fenômeno de aquecimento anormal das águas – forte.

Outro dado alarmante é a grande possibilidade de a média prevista para 2023/2027 ser maior do que a dos últimos cinco anos.

Transição Energética – Driblando a Mudança de Clima

Existem diversas frentes para combater de forma contundente a emissão de gases de efeito estufa. A luta contra o desmatamento é uma delas, porém, outra alternativa tão importante quanto, é a transição energética. Essa ideia propõe mudança nas matrizes de geração de energia no mundo, com a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis, como a energia solar.

Dados apontam que existe um engajamento em torno da temática no mundo, com aumento de investimentos e divulgação, fato que tem potencializado o uso de renováveis – mesmo que ainda insuficientes.

De acordo com a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), ao final de 2022, a capacidade total global de geração renovável era de 3.372 GW, com um aumento de 295 GW.

Embora a energia hidrelétrica represente a maior parcela da capacidade total de geração renovável global, a solar e a eólica, juntas, foram responsáveis por 90% de todo o incremento feito em 2022 à capacidade de fontes renováveis.

A China foi o país que mais impulsionou o desempenho, adicionando 141 GW à nova capacidade da Ásia.

O Brasil, por sua vez, está em uma situação privilegiada, com 82% de sua matriz elétrica baseada nas fontes renováveis – 180.917MW de um total de 220.643MW (incluindo as importações).

O país passou por um boom de energia eólica, com crescimento de 1 GW para 24 GW em 11 anos. Já a energia solar atingiu a marca histórica de segunda maior fonte da matriz energética nacional, com quase 29 GW de capacidade operacional registrada em 2023.

Mobilidade Elétrica diminui Mudanças Climáticas

Ainda falando na transição energética para diminuir as mudanças climáticas, ações com foco em eletrificação e mobilidade elétrica também são relevantes. O desafio é mudar o cenário no setor de transportes, substituindo os carros dominados pelo petróleo por carros elétricos.

No Brasil, só em 2021, as emissões associadas à matriz energética atingiram o equivalente a 445,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono – prejudicial ao meio ambiente, sendo a maior parte (197,8 Mt) gerada no setor de transportes.

Neste cenário, aparece a mobilidade elétrica, que engloba os veículos movidos por fontes elétricas (carros, motos, ônibus, caminhões, bicicletas e até patinetes) – além, é claro, da infraestrutura de recarga que deve ser implementada para abastecê-los.

Carros eletrificados e o sistema de recarga que os acompanha se inserem no cenário de mobilidade elétrica. Crédito: Freepik

O uso do carro a combustão contribui fortemente com o aquecimento global devido aos gases liberados. Um veículo abastecido por gasolina, por exemplo, libera em média 120 gramas de gás carbônico (CO2) por km rodado.

Já os veículos elétricos, por si só, não emitem gases de efeito estufa. E, mesmo que a fonte geradora de energia utilizada para fabricação e carregamento do veículo produza estes gases, como é o caso da termoelétrica, o ciclo de vida de um VE terá menos emissões de gases e poluentes do que um carro a gasolina.

Cada vez mais, empresas e consumidores se voltam para a eletrificação no transporte, pensando nos benefícios à atmosfera e evitando as mudanças climáticas. Assim, tornando a transição para veículos elétricos uma das áreas com maior potencial de crescimento.

No mundo, foram vendidas 10 milhões de unidades em 2022, um aumento de 55% em relação aos 6,5 milhões de 2021, segundo dados da EV-Volumes. De acordo com a NeoCharge, o número total de veículos eletrificados no Brasil ultrapassou as 137 mil unidades em abril de 2023.

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Como o setor público aproveita (ou deveria) a energia solar no Brasil

Com edição de Marien Ramos

Neste blog, optamos por destacar o crescimento e as vantagens da energia solar no Brasil e no mundo. Mas, precisamos informar também sobre os setores que ainda engatinham na modalidade, como o caso da utilização e do aproveitamento pelo poder público.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), poder público e serviço público representam apenas 0,2% e 0,01%, respectivamente, dos sistemas de geração distribuída instalados no Brasil. Em relação à potência instalada, as participações – segundo os dados atualizados em maio de 2023 – são de 1% e 0,1%, respectivamente.

O cenário poderia ser melhor, já que um levantamento feito pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) aponta um caminho ou, ao menos, o início do que pode ser uma virada da energia solar no setor público brasileiro: investimento.

A estimativa é de que projetos de energia solar em 11 estados e 5 capitais brasileiras possam envolver pelo menos R$ 1 bilhão em investimentos nos próximos anos. A ação se dá em grande parte por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs).

No texto a seguir, destacamos iniciativas que já apresentam resultados positivos, além de projetos para fomentam a utilização de energia solar no setor público. Confira!

Energia Solar Crescimento do Setor

Setor Público de Energia Solar

São Paulo

Além de liderar na geração distribuída do país, o estado de São Paulo é destaque também pela utilização de energia solar nas rodovias, que são responsabilidade do governo e administradas pelo setor privado por meio de concessões.

Inclusive, uma notícia excelente é que duas cidades do estado já aderiram ao sistema de iluminação pública com energia solar: Pereira Barreto e Campinas.

Atualmente, São Paulo registra mais de 1,3 mil pontos de energia solar distribuídos por 11 mil quilômetros de rodovias, capazes de abastecer praças de pedágio, cabines de telefones de emergência e redes de Wi-Fi. Além de alimentar os postos de Serviços de Atendimento ao Usuário (SAU), lombadas eletrônicas e câmeras de monitoramento.

A energia solar é utilizada também em São José dos Campos, na Rodovia Carvalho Pinto (SP-070), com usina solar instalada pela Ecopistas. Ela pode gerar mais de 11 mil kWh/mês e assim a concessionária deixa de emitir 40 toneladas de carbono na atmosfera.

Outras rodovias que também são beneficiadas pela energia solar em São Paulo são: SP-255 (entre Araraquara e Riversul), sob gestão da Arteris ViaPaulista; corredor D. Pedro I (SP-065) e a Rodovia Magalhães Teixeira (SP-083), operadas pela Rota das Bandeiras; a Rodovia Washington Luís (SP-310), de São Carlos a Mirassol; e a Rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), de Matão a Bebedouro, administradas pela EcoNoroeste.

Rio de Janeiro

Na cidade do Rio de Janeiro, a prefeitura aposta em uma PPP (Parceria Público Privada) para reduzir a fatura de energia. A ideia é que o bairro de Santa Cruz receba uma usina de energia solar, que abastecerá os imóveis públicos da prefeitura (45 escolas da rede ou 15 Unidades de Pronto Atendimento), gerando economia anual de pelo menos R$ 2 milhões aos cofres do município.

A Usina Solar Fotovoltaica (USF) funcionará no modelo de minigeração distribuída de energia limpa e terá potência de 5 megawatts (MW), sendo capaz de evitar que ao menos 40 mil toneladas de carbono sejam lançadas por ano.

Saiba Mais:

Tocantins

No início de maio, o governo do Tocantins lançou um edital de licitação para a contratação de uma PPP destinada à implantação de usinas fotovoltaicas, destinadas a diminuir o custo de energia elétrica em todas as edificações da administração pública estadual.

A estimativa do poder público é de economizar R$ 600 milhões em 25 anos (tempo de vigência do contrato de concessão). Por meio da iniciativa, a redução na emissão de carbono será de mais de 2 mil toneladas ao ano.

Bahia

A Bahia possui o Programa de Eficiência Energética (PEE), uma iniciativa da Gerência Geral de Patrimônio, Arquitetura e Engenharia (GGPAE), ligada à Secretaria de Administração do estado. Em 2021, o governo realizou a instalação de sistemas de energia solar em quatro prédios mantidos pelo poder executivo e a troca de lâmpadas fluorescentes por LED – juntas, as ações garantiram economia anual de cerca de R$ 745 mil na conta de luz.

Legislações

No campo da lei, os legisladores brasileiros têm criado dezenas de projetos que buscam incentivar o uso de energia solar no setor público. Acompanhe:

  • Projeto de Lei 1.499 de 2022: Dispõe sobre a utilização de energia solar nos prédios públicos de propriedade do estado.
  • PL 4536/2012: Trata da instituição de incentivo fiscal à implantação de coletores ou painéis solares para aquecimento de água em edificações públicas e privadas e sua obrigatoriedade em edificações pertencentes à Administração Pública.
  • PL 3803/2015: Dispõe sobre a obrigatoriedade de instalação de painéis solares fotovoltaicos para geração de energia elétrica em prédios públicos federais.
  • L 5181/2016: Se refere à utilização de energia solar em sedes de órgãos públicos.

Percebeu como investir em energia solar pode ser uma grande vantagem para setor público? Também pode ser para seu bolso!

Confira a entrevista realizada pelo nosso CEO, Raphael Pintão na TV Alesp e aprenda mais sobre geração de energia limpa, suas vantagens na economia e transição energética.

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