Starlink e a Produção de Energia baseada no Espaço

Starlink - Satélite sobrevoando a Terra

Se você acompanha o noticiário com certa atenção, provavelmente já ouviu falar da Starlink, internet via satélite operada pela SpaceX, aquela famosa companhia fundada pelo empresário Elon Musk.

Mas o que esse serviço tem a ver com a energia solar? Há várias relações: por exemplo, sistemas Off Grid de Energia Solar são uma forma de levar a energia a locais isolados, que não são atendidos pela rede elétrica, assim como a Starlink visa oferecer internet para esses lugares.

Mas, neste artigo vamos focar em outra tendência: a produção de energia baseada no espaço, uma possibilidade ainda em desenvolvimento – e que tem a Starlink como um avanço importante.

Quer entender como funciona?

Confira no texto a seguir!

Veja também: 

O que é Starlink?

Satélite sobrevoando a Terra simbolizando a starlink.

Primeiro, vamos explicar: Starlink é um serviço de internet via satélite operado pela SpaceX desde 2015, cuja principal vantagem oferecida é o fornecimento de internet banda larga de alta velocidade e baixa latência em locais remotos de todo o mundo. 

Hoje, segundo informações da própria empresa, já são mais de 4.700 satélites em órbita e serviços disponíveis nos sete continentes. A Starlink chegou ao Brasil em maio de 2022 e conta com mais de 60 mil usuários por aqui, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

O consumidor adquire um kit Starlink – que inclui antena parabólica, roteador/fonte de alimentação WiFi, cabos e base –, e a instalação dos equipamentos é feita pelos próprios usuários. Em um vídeo, a empresa explica que, para otimizar a conexão, é preciso instalar a antena em um lugar com acesso ao céu, sem obstruções. Também é preciso baixar o aplicativo da companhia para encontrar a localização de um satélite.

E não é só isso: além de fornecer internet residencial, a Starlink também oferece conectividade a navios em cruzeiros e aviões.

Starlink e a produção de energia: Qual a relação?

Milhares de painéis solares em um campo.

Agora que você já sabe o que é e como funciona a Starlink, é hora de entender um pouco melhor a relação dessa tecnologia com a energia solar, o principal tema deste blog

Como já citamos, a Starlink é voltada a moradores de regiões isoladas, assim como os kits de Energia Solar Off Grid, que possibilitam a utilização de energia nessas regiões. Com público semelhante, a empresa de Elon Musk está expandindo seus serviços para também fornecer soluções de energia fora da rede.

O novo serviço, chamado de “Starlink Energy”, é projetado para fornecer energia limpa, acessível e confiável, por meio do uso de microrredes e sistemas movidos a energia solar. Essas microrredes são redes de energia de pequena escala, autocontidas e independentes da rede maior. 

Além de fornecer acesso à internet, a Starlink também pode ser usada para prover acesso a  energia solar gerada no espaço e transmitida para áreas remotas da Terra, que precisam de energia limpa e renovável.

Essa aplicação parece muito futurista, mas já é uma realidade. Vamos comentar um pouco a seguir. 

Transmitir energia solar do espaço: É possível?

Painéis solares absorvendo raios solares.

Em tempos de necessidade urgente de transição energética e de preocupação com a redução da emissão de gases poluentes, as agências espaciais de todo o mundo têm lançado estudos que analisam a viabilidade de construir centrais elétricas em órbita, apesar das dificuldades (principalmente financeiras) em concretizar tais projetos.

Construir usinas de energia solar no espaço certamente não é uma tarefa fácil, mas parece ter vantagens – pelo menos para alguns países. Os entusiastas da tecnologia afirmam que uma central de energia solar na órbita da Terra, produziria 13 vezes mais energia do que uma instalação equivalente localizada no Reino Unido, por exemplo. 

Operada por meio de satélites, a Starlink também poderia fazer parte dessa geração de energia solar pelo espaço. 

Produção de Energia no Espaço - Pontos Positivos

Satélite orbitando o planeta Terra, simbolizando o funcionamento da starlink

Uma das principais vantagens alegadas é que a energia solar baseada no espaço não sofre da principal desvantagem que assola tecnologias de geração de energia renovável, pois, no espaço, o sol sempre brilha e nenhuma nuvem jamais impediu que os raios alcançassem os painéis fotovoltaicos

Uma central de energia solar no espaço, ao contrário do seu equivalente na Terra ou de um parque eólico offshore, forneceria uma quantidade constante de energia, 24 horas por dia e 7 dias por semana, durante todo o ano. Essa energia alimentaria as redes elétricas baseadas no planeta a uma taxa constante, sem que os operadores se preocupassem com apagões incômodos ou com sobrecargas repentinas.

Outra vantagem, é que a energia solar baseada no espaço é mais segura contra conflitos internacionais.

Produção de Energia no Espaço - Contras

Satélite sobrevoando a Terra, assim como o starlink.

Além das questões financeiras, a usina de energia solar em órbita teria que ser enorme e não apenas coletar luz solar suficiente para valer a pena. O principal fator é a necessidade de concentrar as micro-ondas responsáveis por transportar a energia através da atmosfera da Terra em um feixe de tamanho razoável, que possa ser recebido no solo. 

A construção de uma central de energia solar baseada fora do planeta, exigiria centenas de lançamentos de foguetes (que poluem a atmosfera, dependendo do tipo a ser utilizado) e de sistemas robóticos avançados capazes de reunir todos os módulos constituintes no espaço. Será que o futuro chegou?

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Editado por Alexia Messa 

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Sistemas Híbridos – O Futuro da Energia Solar

Ilustração mostra várias fontes de energia juntas, como a energia solar e eólica, que podem produzir sistemas híbridos.

Não existe outro caminho: para proteger o planeta e reduzir cada vez mais as emissões de carbono, é preciso investir em sistemas híbridos de geração de energia que privilegiem matrizes mais limpas e seguras.

Mas, à medida que a geração limpa aumenta, os impactos também são sentidos nas redes, muito por conta das variadas quantidades de energia geradas ao longo do dia. Uma das soluções para isso é a combinação de energia solar e baterias, que permite que os operadores de usinas híbridas forneçam eletricidade durante as horas mais valiosas, quando a demanda é mais forte.

Uma das ideias para avançar na descarbonização é a de que os países estejam atentos à possibilidade de combinar as energias renováveis mais competitivas (eólica, fotovoltaica e hidráulica) em instalações híbridas, que podem ser complementadas ou não com sistemas de armazenamento. Isso estabeleceria uma ferramenta bem-sucedida para fornecer energia limpa e eficiente.

Estamos falando dos sistemas híbridos, considerados por muitos como o futuro da energia solar. 

Quer saber mais?

Confira no texto a seguir!

Veja também: 

Sistemas Híbridos - O que são e como funcionam?

Objetivamente, sistemas híbridos são os que geram eletricidade a partir de duas ou mais fontes de energia, que podem ser ou não renováveis, em um ponto de conexão.

Como exemplo, podemos citar as junções das energias hidráulica e eólica, solar e hidráulica, eólica e solar, termossolar e biomassa, sendo possível ainda existires sistemas híbridos com geradores a diesel.

Os consumidores podem criar um sistema de geração híbrida ou ainda transformar uma instalação já existente. Uma instalação de geração híbrida pode usar a energia fotovoltaica ou eólica e ainda utilizar diesel como combustível para geradores. Em algumas situações, esse tipo de sistema é considerado o mais adequado, mesmo com a utilização de fonte fóssil de energia.

Um dos casos mais comuns no Brasil ocorre na geração de energia em locais remotos, com a modalidade solar-eólica. Na usina híbrida, a geração de energia se divide em dois períodos: de dia, com a luz solar sendo responsável por alimentar as baterias, quando é captada pelos painéis fotovoltaicos; e à noite, quando o vento movimenta as pequenas turbinas elétricas e gera a energia híbrida.

Sistemas Híbridos - Vantagens

Um homem e uma mulher de costas conversando sobre sistemas híbridos de geração de energia.

Não é novidade que a geração de energia por meio de sistemas híbridos, tem atraído adeptos devido às diversas características vantajosas, por ser eficiente e renovável.

Os aspectos positivos incluem ainda o fato de que, em caso de inatividade de uma das fontes, ocorre a troca pela outra, o que melhora a estabilidade da energia elétrica fornecida.

Também cabe destacar a redução no consumo de energia das distribuidoras e dos impactos ambientais, a maior rapidez no “payback” dos sistemas e a mitigação de riscos comerciais.

Sistemas Híbridos - Legislação

Homem mexendo no computador e ao fundo temos sistemas híbridos de produção de energia.

A Índia foi um dos países pioneiros na criação de uma regulamentação específica sobre grandes sistemas híbridos. Na maioria dos países europeus, as usinas de geração fotovoltaica-eólica não costumam receber um tratamento diferente ao de outras tecnologias, mas, na Espanha, em Portugal e na Irlanda, algumas medidas já foram tomadas. 

Na Alemanha e nos Estados Unidos, estão sendo realizados leilões de energia mista, com as instalações híbridas como as principais beneficiadas.

No Brasil, em dezembro de 2021, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou a regulamentação para o funcionamento de Centrais Geradoras Híbridas (UGH) e centrais geradoras associadas.

A medida definiu as regras para a outorga desses tipos de empreendimentos e para a contratação do uso dos sistemas de transmissão, além da forma de tarifação dessas usinas e da aplicação dos descontos legais nas tarifas de uso do sistema de transmissão.

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Editado por Alexia Messa 

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APESAR DOS EUA, EXPANSÃO DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS DEVE CONTINUAR

Na última terça-feira, dia 28, o presidente americano Donald Trump assinou uma ordem executiva que desfaz boa parte dos avanços dos últimos anos nas políticas energéticas de fontes limpas. Mas, independentemente dos rumos dos Estados Unidos, a expansão global das energias renováveis deve continuar.

 

De acordo com a Agência Internacional de Energia, as energias limpas serão as fontes com maior crescimento nos próximos cinco anos. A Agência prevê que a capacidade das renováveis terá um crescimento de 42% até 2021, acrescentando 825 gigawatts (GW), o que equivale a 75% da capacidade total de energia da União Europeia.

 

A quantidade de energia gerada a cada ano, até 2020, será maior que a demanda atual da China, índia e Brasil juntos. Os Estados Unidos podem até afetar a velocidade dessa expansão, mas com a dimensão desta tendência, é provável que os efeitos não sejam significativos.

 

A energia renovável já é a segunda maior fonte de eletricidade do mundo depois do carvão, e fornece quase um quarto do poder mundial. No ano de 2015, a capacidade de geração das renováveis aumentou 153 gigawatts (GW), o que equivale a mais ou menos um terço da média da demanda de eletricidade dos EUA. Juntas, as energias eólica e solar respondem por cerca de três quartos das novas adições. Só o total adicionado de energia eólica já seria suficiente para alimentar 51 milhões de casas dos EUA.

 

AS TENDÊNCIAS EM RENOVÁVEIS QUE MARCARAM 2016

Com a entrada em vigor do Acordo de Paris, documento que sela um compromisso global de combate às mudanças climáticas,  testemunharemos uma expansão de fontes de energias mais limpas e sustentáveis nas próximas décadas.

 

Segundo estudo do Instituto de Economia e Análise Financeira de Energia (IEEFA), a transição para as energias renováveis está acelerando, e a um ritmo mais rápido do que o previsto. Quem ficar para trás enfrentará riscos financeiros cada vez maiores.

 

As transformações ocorridas no setor ao longo de 2016 mostraram o que que se pode esperar. O estudo 2016: Year in Review – Three Trends Highlighting the Accelerating Global Energy Market Transformation, identifica essas tendências em energia que marcaram o ano.

 

O relatório assinala que “os enormes e subdesenvolvidos recursos solares do país” têm potencial para dar um grande impulso às energias renováveis por aqui, especialmente com a realização do 2º Leilão de Energia de Reserva.

 

Veja algumas das tendências em renováveis que marcaram 2016 de acordo com a pesquisa, listadas pelo site exame.com:

 

A transição global para as energias renováveis está se acelerando 

 

Em 2016, mais países tiveram períodos nos quais 100% do consumo de eletricidade foi atendido pelas energias renováveis. O Reino Unido, berço da Revolução Industrial a carvão, por exemplo, registrou uma maior geração de eletricidade por painéis solares do que por carvão nos seis meses entre abril e setembro deste ano.

 

A Escócia foi ainda mais longe. Em 7 de agosto, seus ventos produziram eletricidade suficiente para alimentar todo o país. Portugal, por sua vez, foi inteiramente suprido por energia solar, eólica e hidroelétrica durante quatro dias no mês de maio.

 

Poucos dias depois, um evento semelhante na Alemanha levou os preços da eletricidade a cifras negativas em 15 de maio, com a energia limpa suprindo toda a necessidade energética do país.

 

Além desses avanços, o relatório destacou o imenso potencial do continente africano na revolução energética. Segundo o estudo, a África tem tudo para se tornar o primeiro continente onde a energia renovável será o principal motor do desenvolvimento.

 

O ritmo da mudança é muito mais rápido do que o previsto

 

O relatório também aponta importantes mudanças em níveis institucionais que ajudam a gerar vantagens significativas para o desenvolvimento de novas fontes limpas.

 

O rápido crescimento do mercado dos chamados títulos verdes (ou green bonds) — títulos de dívida emitidos por empresas e instituições financeiras para viabilizar projetos com impacto ambiental positivo — é uma indicação de que o capital privado está saindo dos combustíveis fósseis para a energia renovável.

 

Ser um líder em energias limpas agora pode ser aplicado como um modelo de negócio sustentável que proporciona retornos superiores aos acionistas. Tesla, BYD, Nextera Energia, Softbank, ENEL, China Longyuan e Brookfield Renewable Partners todos demonstram isso.

 

Ainda segundo a pesquisa, o consumo de petróleo poderá atingir o pico em 2030, com o crescimento exponencial e continuado dos veículos elétricos, eficiência energética e energia renovável.

 

Quem fica para trás enfrenta crescentes riscos financeiros

 

Ao contribuir para reduzir as taxas de utilização, as energias renováveis continuarão a comprometer a viabilidade da produção a carvão.  De acordo com o estudo, o consumo mundial de carvão está em declínio, tendo atingido um pico em 2013 e declinado em 2016 pelo terceiro ano consecutivo. Um crescimento da demanda abaixo do esperado, em conjunto com o aumento da oferta de gás natural, deverá golpear ainda mais forte esse mercado.

 

CUSTOS DE RENOVÁVEIS CAIRÃO NOS PRÓXIMOS CINCO ANOS

A produção de energia por meio de fontes renováveis está despertando cada vez mais interesse em todo o mundo. Nos últimos dois anos, os números positivos deste mercado mostraram que a tendência das renováveis é só crescer, e em um ritmo mais acelerado do que se espera.

 

De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), em países como a China foram instalados diariamente no ano passado, cerca de 500 mil painéis solares, e erguidas a cada hora, duas turbinas eólicas.

 

Usinas convencionais de geração de eletricidade e grupos de energia têm se surpreendido com a velocidade em que as renováveis vem crescendo e também com a rápida queda nos custos dessas tecnologias.

 

 

A Agencia Internacional de Energia (AIE), estima que o custo médio de geração para fazendas eólicas tenha caído 30% entre 2010 e 2015. Já as fazendas solares tiveram queda ainda mais significativa nos custos, 66% nesse mesmo período. E a previsão é que os custos caiam ainda mais nos próximos cinco anos, 15% para geração de energia eólica e 25% para energia solar.

 

CONFIRA ALGUNS NÚMEROS DO BOOM DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS EM 2015

2015 foi um ano de recordes para as energias renováveis. Segundo dados divulgados pela Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), no ano passado as energias renováveis tiveram o maior crescimento anual já registrado.

 

Segundo o relatório “Estatísticas sobre a Capacidade das Renováveis”, a implantação de energias renováveis continua crescendo no mundo, mesmo com os baixos preços do petróleo e do gás. Isso se explica, em grande parte, pela diminuição dos custos das tecnologias. No caso da energia solar, por exemplo, o crescimento foi impulsionado pela queda de até 80% nos preços dos módulos solares.

 

Considerando os últimos cinco anos, a capacidade global de geração por meio de fontes limpas aumentou cerca de um terço, com a maior parte desse crescimento vindo de novas instalações de energia solar  e eólica. Mas nenhum ano foi tão bom para as renováveis quanto 2015.

 

A Neosolar Energia vem crescendo e investindo em toda cadeia produtiva da energia solar, nesse mesmo ritmo. E oferece atualmente: consultoria, comercialização, instalação de produtos e capacitação profissional.

 

Confira abaixo alguns números do boom das energias renováveis em 2015:

 

US$ 286 bilhões – Valor recorde investido em energias renováveis em 2015.

 

8,3% – Crescimento das energias renováveis em 2015 em comparação com o ano anterior.

 

152 gigawatts (GW) – Incremento da capacidade de geração das renováveis em 2015.

 

1 985 GW – Capacidade total de geração de eletricidade a partir de fontes renováveis registrada no final de 2015.

58%  – Mais da metade da nova capacidade instalada no ano passado se concentrou na Ásia.

 

14,5% – Taxa de crescimento das renováveis na América Central e no Caribe em 2015.

 

19 – Número de países que instalaram mais de 1 GW em fontes renováveis no ano passado.

 

63 GW (17%) – Incremento da capacidade de geração a partir de usinas eólicas em 2015.

 

47 GW (26%) – A solar foi a segunda fonte renovável que mais cresceu (em GW) no ano passado.

 

37 GW – Incremento da hidroeletricidade em todo o mundo em 2015.

 

SAQUE DO FGTS PARA GERAR ENERGIA EM CASA É APROVADO PELA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA

A Comissão de Serviços de Infraestrutura aprovou, na ultima quarta-feira (24/02), projeto que permite o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para compra e instalação de equipamentos voltados para a microgeração de energia elétrica em residências. A proposta beneficiará a energia gerada a partir de fontes hidráulica, solar, eólica ou de biomassa.

 

Para sacar o recurso, o interessado precisará comprovar pelo menos três anos de carteira assinada e a casa em que os equipamentos serão instalados tem de ser própria e estar no nome do beneficiado.

 

De acordo com o autor do projeto, o senador Ciro Nogueira, o objetivo é estimular a eficiência energética por meio de fontes renováveis. Nos últimos anos, segundo ele, o Brasil tem sofrido com o desequilíbrio entre oferta e a demanda de energia elétrica, por escassez de chuvas ou por deficiência no planejamento setorial.

 

Depois da aprovação na Comissão de Infraestrutura, o projeto segue para a análise na Comissão de Assuntos Sociais e se aprovada, irá diretamente para a Câmara dos Deputados.

 

ENERGIA SOLAR SE DESTACA NO 2º LEILÃO DE RESERVA 2015

A energia solar foi o grande destaque do 2º Leilão de Energia de Reserva 2015, realizado na última sexta-feira, 13 de novembro. Nele foram negociados 33 projetos de energia solar fotovoltaica, com movimentação de mais de R$ 4,3 bilhões. A energia eólica também teve projetos contratados. Somando as duas fontes, a potência total negociada foi de 89,03 milhões de megawatt-hora.

 

Além disso, outro ponto que merece ser destacado foi o deságio de 21,9% em relação aos preços de referência e investimentos, de R$ 4,4 bilhões – o maior deságio já registrado para fonte solar.

 

O resultado deste leilão, somado aos outros dois anteriores dessa fonte, deixa o Brasil com 3.206,9 megawatts-pico (MWp) de potência contratados em 94 empreendimentos da fonte solar fotovoltaica, somando R$ 129 bilhões em investimentos.

 

Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, o Brasil fica cada vez mais atraente para os fornecedores de equipamentos com o desempenho do leilão. “Acredito que, com essa sequência de leilões de energia solar bem sucedidos, haverá um estímulo para a entrada de empresas de equipamentos no Brasil, como ocorreu com a energia eólica”, ressalta.

 

A energia contratada no leilão irá compor a reserva de capacidade de geração, e o prazo dos contratos será de 20 anos, com início de suprimento a partir de 1º de novembro de 2018.

 

 

BOAS NOTÍCIAS

Confira abaixo matéria da Revista Potência em que a Neosolar Energia foi destaque.

 

 

Diante de tanta notícia ruim sobre o desempenho da economia brasileira, duas medidas governamentais anunciadas no mês de agosto trouxeram um certo alento às associações e empresas que atuam no segmento elétrico. Lançado pelo governo federal, o programa de investimento em Energia Elétrica (PIEE) prevê a aplicação de R$ 186 bilhões para a expansão da geração e transmissão no país, a serem contratados entre agosto de 2015 e dezembro de 2018. Já o governo de São paulo publicou decretos que incentivam a produção de eletricidade por parte de micro e minigeradores e a fabricação de peças para os setores solar e eólico. A expectativa é de que essas iniciativas ajudem a movimentar a cadeia de negócios nos setores envolvidos.

 

Dos R$ 186 bilhões anunciados, R$ 116 bilhões serão aplicados em obras de geração. a previsão é de que até 2018 sejam investidos R$ 42 bilhões, e após 2018, os outros R$ 74 bilhões, que irão agregar ao sistema elétrico entre 25.000 MW e 31.500 MW. Quanto à transmissão, até 2018 deverão ser leiloados 37.600 quilômetros de linhas, totalizando investi- mentos de R$ 70 bilhões – R$ 39 bilhões a serem executados até 2018 e R$ 31 bilhões após esse período.

 

Para o presidente da abinee (associação Brasileira da indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, o piEE surge em um bom momento e deverá gerar oportunidades para as indústrias do setor. “Esta sinalização do governo é positiva e os investi- mentos podem representar verdadeiras alavancas para que o país possa superar o atual momento de dificuldades”, avalia.
O executivo destaca que desde 2012, com a edição da Medida provisória 579, as empresas que fornecem para o setor de energia têm sofrido com o baixo nível de encomendas. No primeiro semestre de 2015, o faturamento da área de GtD (Geração,transmissão e Distribuição) da Abinee apresentou retração de 12%.
Além de ampliar a oferta de energia elétrica no país, o PIEE contribuirá para que as fontes limpas e renováveis continuem predominando na matriz elétrica brasileira. A expansão prevista das fontes renováveis (excluindo hidrelétrica e pequenas centrais hidrelétricas) corresponde a quase a metade da potência adicionada, ou entre 10.000 MW e 14.000 MW. Está prevista a contratação de 4 a 6 mil MW de energia eólica; 2 a 3 mil MW de fonte solar fotovoltaica e de 4 a 5 mil MW de energia térmica a biomassa.

 

A associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) comemorou o lançamento do PIEE.“Trata-se de uma importante iniciativa para a sustentabilidade da cadeia produtiva do setor eólico, que tem como meta a contratação de pelo menos 2 GW por ano. Com isso, mantemos os empregos criados e avançamos na capacitação para operação e manutenção dos parques eólicos que são instalados”, comenta Elbia Gannoum, presidente-executiva da entidade.

 

Para a porta-voz, é possível afirmar que toda a indústria que atende as empresas do setor elétrico certamente será envolvida positivamente na iniciativa do governo federal, assim como todos os núcleos que fazem parte desse universo, como geradores, transmissores, distribuidores e consumidores. “Os fabricantes de equipamentos e componentes terão suas fábricas abastecidas com os pedidos, fazendo com que toda a cadeia da indústria eólica seja contemplada também”, complementa.

 

Segundo Elbia, com essa previsão de investimentos, e a sinalização de contratação da fonte eólica, todas as empresas que atuam na cadeia produtiva do setor eólico se organizarão para atender às demandas que deverão surgir a partir do programa: “Todas as fábricas de aerogeradores e de componentes possuem capacidade produtiva para atender às demandas propostas. E, diante das metas apresentadas pelo governo, os investidores possuem a sinalização adequada para aprimorar as condições necessárias para atenderem ao que foi proposto pelo PIEE”.

 

No Brasil, a fonte eólica atingiu recentemente a potência instalada de 7,1 GW. Para Elbia, se o montante é expressivo, especialmente se considerar a recente trajetória dessa fonte, que participou pela primeira vez de um leilão competitivo há apenas seis anos. Cada MW de potência eólica instalada é capaz de gerar, em média, 15 postos de trabalho, distribuídos em toda a cadeia produtiva do setor, como fabricação de aerogeradores, peças e componentes; transporte; desenvolvimento de parques eólicos, etc.

 

A outra boa notícia vem de São Paulo e envolve a geração distribuída. O governo paulista, através do decreto estadual nº 61.439/2015, concedeu isenção de icMS sobre a energia elétrica fornecida para microgeradores e minigeradores, na quantidade correspondente à eletricidade injetada na rede de distribuição. A medida é válida para os créditos de energia ativa originados na própria unidade consumidora e também para outras unidades do mesmo titular. Já o decreto nº 61.440/2015 concede isenção de ICMS para a produção de equipamentos destinados à geração de energia eólica e solarimétrica. A medida isenta o icMS das partes e peças de aerogeradores, geradores fotovoltaicos e torres para suporte de energia eólica. Também estão contemplados pela medida os conversores de frequência de 1.600 kVa e 620 volts; fio retangular de cobre esmaltado de 10 por 3,55 milímetros e barra de cobre 9,4 por 3,5 milímetros.

 

O diretor da Neosolar Energia, Raphael Pintão, aprovou as iniciativas. “São medidas importantíssimas, que corrigem uma distorção na interpretação inicial sobre como deveriam ser cobrados os impostos. Antes desses decretos, o consumidor pagava impostos sobre a própria energia gerada, chegando ao ponto de pagar impostos mesmo quando não pagava pela energia. O benefício pode chegar a mais de 30% de melhora no retorno sobre o investimento. Neste sentido, as medidas foram muito importantes e certamente terão impacto positivo sobre a adoção da tecnologia no estado”, acredita.

 

De acordo com Raphael, o mercado de energia solar fotovoltaica no Brasil está bastante aquecido. “Embora os aumentos seguidos do dólar ainda tenham forte impacto negativo, os preços da energia estão tão altos, e o mercado tem tanto potencial, que o crescimento segue forte, mesmo havendo ainda muito o que ser feito para estimular e impulsionar o mercado”, pondera.

 

Segundo o executivo, o maior gargalo do setor segue sendo a questão do financiamento. Ele diz que as poucas linhas interessantes são direcionadas a grande projetos, e mesmo assim, são pouco acessadas devido a questões de índice de nacionalização. “O BNDES tomou algumas medidas, mas pouco se percebeu em termos práticos, até o momento. O pior cenário é para os microgeradores, onde talvez estejam as maiores oportunidades. As linhas de financiamento existentes são formatadas para produtos de varejo, com taxas altas de juros. É necessária a participação do governo, criando linhas compatíveis com este tipo de solução, ou seja, uma solução de infraestrutura que demanda taxas baixas e prazos longos”, defende.

 

Leilão marcará primeiro passo para grandes projetos solares no Brasil

A energia solar poderá dar o seu primeiro passo no mercado brasileiro com o leilão de energia de reserva, que será realizado em outubro. Espera-se que sejam leiloados entre 500 MW e 1 GW de energia solar, fato inédito no Brasil.

 

 

Em 2013 houve a presença de empreendimentos solares em dois outros leilões, mas em nenhum deles a energia foi vendida, por não ter preço competitivo. O leilão de outubro tem tudo para ser diferente, já que não haverá concorrência entre fontes. Diferente do ano passado, os projetos solares não disputarão com fontes mais competitivas.

 

 

Os executivos do setor aguardam do governo a confirmação do preço teto e a liberação de financiamento do BNDES em condições compatíveis com a realidade embrionária da energia solar no Brasil. A expectativa é que preço teto fique entre R$230/MWh e R$250/MWh. Isso deve fazer com que 2014 seja o ano dos grandes projetos solares no Brasil.

 

 

O presidente do conselho de administração da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Energia Elétrica (Apine), Luiz Fernando Leone Vianna, afirma que “essa é a hora da energia solar”.

 

 

O otimismo do presidente da Apine, compartilhado também por outros executivos do setor, está fundamentado em uma série de adequações negociadas com o governo federal – começando pelo preço teto cogitado de até R$250/MWh, bem  acima dos R$140/MWh propostos no leilão de dezembro passado.

 

 

Naquela ocasião, nenhum dos 95 projetos de energia solar saíram vencedores. Juntos, eles poderiam garantir mais de 2 GW/h de oferta de energia solar nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba e Piauí.

 

 

No mês de setembro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fará um leilão que irá contar com energia solar, mas sem a separação por fontes. Mais de 200 projetos solares foram cadastrados, com oferta superior a 6,3 GW.