O futebol é o assunto do momento durante a Copa do Catar. Mas, enquanto aguardamos para descobrir quem será o campeão dentro de campo, que tal conhecemos também os líderes da energia solar no mundo?
Se tivéssemos uma Copa do Mundo da Energia Solar Fotovoltaica, quem levaria a melhor? Será que o pódio tem alguma relação com as potências do futebol?
Energia solar hoje no mundo
Primeiramente, é importante saber que em 2022 a energia solar ultrapassou a marca de 1 TW de capacidade instalada no mundo, sendo a segunda fonte de energia mais utilizada, atrás apenas da hidrelétrica.
Saiba Mais:
Para ter uma noção sobre a evolução do setor, 20 anos atrás, em 2002 (isso mesmo, quando o Brasil conquistou o penta), o volume acumulado conectado à rede havia atingido 2 GW. Depois de 16 anos, em 2018, atingiu o patamar de 500 GW e, agora, em 2022, o valor dobrou para 1.000 GW (ou 1 TW).
Quando o recorte envolve os principais mercados de energia solar comparando os anos de 2020 e 2021, algumas posições se alteram e o Brasil aparece em 7º lugar, com China, Estados Unidos, Índia, Japão e Austrália como 5 primeiros.
Segundo o “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026” - relatório de referência para os avanços do mercado de energia solar no mundo divulgado neste ano -, mais de 200 GW devem ser instalados até o final de 2022 e, até 2025, chegaremos a 2 TW.
Em relação à capacidade instalada, o ranking de 2021 tinha a China na liderança, seguida de Estados Unidos, Japão, Alemanha e Índia nas 5 primeiras posições. O Brasil apareceu na 13ª posição.
China imbatível no Solar
Se no futebol a China não tem uma seleção muito competitiva, está fora da Copa do Mundo do Catar e acumula apenas uma participação em mundiais, o mesmo não se pode dizer em relação à energia solar. O país lidera com folga o ranking de capacidade instalada.
Para que o leitor tenha noção do quão alto é o volume chinês, só de capacidade instalada o país atingiu 360 GW em setembro, enquanto toda a matriz energética do Brasil chega a 180 GW.
Graças a investimentos bilionários ao longo dos anos, a construção de dezenas de usinas e esforços para ser um país menos poluidor, a China, segundo pesquisa da revista Nature Energy, conseguiu o feito de tornar a energia solar gerada em casa mais barata do que a gerada pela rede nacional.
Energia Solar nos Estados Unidos
No futebol (nada de soccer por aqui), a seleção norte-americana tenta, se esforça, mas desde o terceiro lugar na distante Copa de 1930 nunca mais apresentou um resultado expressivo. Só que no torneio da energia solar o país é medalha de prata com louvor, tanto em capacidade instalada, quanto por se estabelecer como segundo principal mercado de energia solar do mundo.
Em 2021, o país repetiu o bom desempenho observado em 2020, quando o mercado cresceu 43%, parte disso graças ao Texas, que desbancou a Califórnia como o estado com maior instalação anual pela primeira vez. O setor residencial registrou recorde para o país, com mais de meio milhão de sistemas instalados em um único ano.
Disputa pelos terceiros lugares
O Japão é o terceiro lugar consolidado quando se fala em capacidade instalada, com o registro em 2021 de 77 GW. Já no ranking de principais mercados, com o comparativo entre 2020 e 2021, manteve a 4ª posição, apesar de queda nas instalações de 8,2 GW para 6,4 GW, uma diminuição de 21%.
E a Índia, que teve um desempenho ruim em 2020, correu atrás do prejuízo e instalou 14,2 GW para recuperar a terceira posição que ocupou em 2019 entre os principais mercados de energia solar do mundo. Em relação ao ranking de capacidade instalada total, ocupa a 5ª posição (60.1 GW) e tem uma meta ambiciosa: alcançar 500 GW de capacidade de eletricidade de combustível não fóssil até 2030.
Alemanha: potência fotovoltaica!
A tetracampeã de futebol não pode ser esquecida. Até porque a Alemanha ocupa o 4º lugar em capacidade instalada (60,5 GW e uma diferença pequena da Índia) e 6º principal mercado de energia solar na comparação de 2020 com 2021, o maior da Europa. Para o governo do país, a energia solar é um grande pilar para o objetivo de fazer com que as renováveis consigam atingir 80% da geração total de energia até 2030, e 100% até 2035.
E o Brasil na Energia Solar?
O maior do mundo e único pentacampeão no futebol, o Brasil ocupa a 14ª posição no ranking de capacidade instalada, mas apresenta um excelente desempenho em relação ao crescimento e à importância como mercado de energia solar.
Com a entrada no top 10 em 2020, o Brasil ganhou posições e garantiu o 7º lugar em 2021, sendo o único país latino-americano na lista e considerado um mercado promissor. O crescimento de 74% em relação a 2020 (5,5 GW instalados em 2021) seria ainda maior se não fossem os efeitos da pandemia.
Em 2022, a energia solar conquistou a incrível marca de terceira maior fonte na matriz energética do Brasil e, no mês de novembro, atingiu a marca de 22 GW de capacidade operacional, somando os segmentos de geração distribuída (14,986 GW) e centralizada (7,017 GW).
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o Brasil deve fechar o ano com 25 GW de capacidade operacional.
Países com maior capacidade de Energia Solar no Mundo (2022)
- China - 306,973 MW
- Estados Unidos - 95,209 MW
- Japão - 74,191 MW
- Alemanha - 58,461 MW
- Índia - 49,684 MW
- Itália - 22,698 MW
- Austrália - 19,076 MW
- Coreia do Sul - 18,161 MW
- Vietnã - 16,660 MW
- Espanha - 15,952 MW
- França - 14,718 MW
- Holanda - 14,249 MW
- Reino Unido - 13,689 MW
- Brasil - 13,055 MW
- Ucrânia - 8,062 MW
Agência Internacional de Energia (IEA)