STARLINK - ENERGIA SOLAR OFF GRID

Se você acompanha o noticiário com certa atenção, provavelmente já ouviu falar da Starlink, internet via satélite operada pela SpaceX - aquela famosa companhia fundada pelo empresário Elon Musk.

Em 2024, a empresa doou terminais para auxiliar as equipes que trabalham no resgate aos afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Além disso, a Qatar Airways, uma das mais importantes companhias aéreas do mundo, anunciou o plano de levar acesso gratuito à internet de alta velocidade para toda sua frota de aviões por meio de uma parceria com a Starlink.

Quer entender como funciona?

Confira no texto a seguir!

De acordo com o site oficial, a Starlink é uma constelação em constante crescimento de satélites artificiais em órbita baixa da Terra (LEO), com o objetivo de fornecer acesso à internet de banda larga de alta velocidade para qualquer lugar do planeta.

Na prática, a Starlink é um serviço de internet via satélite operado desde 2015 pela SpaceX, a empresa de Elon Musk.

Ao contrário de outras, não precisa de infraestrutura tradicional, como cabos coaxiais ou fibra ótica. Isso permite que a internet de alta velocidade chegue até áreas remotas, facilitando o acesso para quem mora longe dos grandes centros urbanos em todo o mundo. 

Os usuários da Starlink precisam de um terminal receptor especial, similar a uma antena parabólica, para receber o sinal dos satélites e se conectar à internet.

O consumidor adquire um kit Starlink - que inclui antena parabólica, roteador/fonte de alimentação WiFi, cabos e base –, e a instalação dos equipamentos é feita pelos próprios usuários.

Em um vídeo, a empresa explica que, para otimizar a conexão, é preciso instalar a antena em um lugar com acesso ao céu, sem obstruções. Também é preciso baixar o aplicativo da companhia para encontrar a localização de um satélite.

A empresa oferece três modalidades de planos no Brasil: residencial, para viagens e embarcações

Para contratar o serviço, basta acessar o site oficial da empresa e realizar de forma online o procedimento. O investimento inicial pelo equipamento é de R$ 2 mil, com uma taxa de assinatura mensal de R$ 184 para o plano básico residencial.

Hoje, segundo informações da própria empresa, já são mais de 4.700 satélites em órbita e serviços disponíveis nos sete continentes.

A Starlink chegou ao Brasil em maio de 2022 e conta com mais de 60 mil usuários por aqui, de acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Muitas vezes, para instalar uma antena de Starlink e ter acesso à internet em um local remoto, a melhor solução será instalar um kit de energia solar Off Grid.

Com placa solar, inversor, controlador, bateria solar, cabos e conectores, um típico sistema fotovoltaico poderá proporcionar o funcionamento da Starlink em uma área sem acesso à energia elétrica - possibilitando assim a conexão à internet. 

Isso é especialmente crucial em regiões rurais, onde a conectividade confiável pode abrir portas para educação, telemedicina, comércio eletrônico e oportunidades de desenvolvimento econômico.

Além disso, a combinação de antenas Starlink e energia solar promove a sustentabilidade ambiental, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis para a geração de eletricidade e comunicação. Essa abordagem alinha-se com os esforços globais para mitigar as mudanças climáticas e promover um futuro mais limpo e resiliente.

Confira os componentes de um sistema de energia solar Off Grid (Kit Solar Off Grid):

• Placas Solares (ou Painéis Solares);
• Controlador de Carga (ou Inversor Controlador – Inversor Híbrido 3 em 1)
• Inversores (Onda Senoidal Pura ou Onda Senoidal Modificada)
• Baterias solares
• Proteções (String Box)
• Estrutura de suporte
• Cabeamento
• Monitoramento (opcional)
• Conector MC4

Agora que você já sabe o que é e como funciona a Starlink, é hora de saber que a empresa está expandindo seus serviços para fornecer soluções de energia fora da rede.

O novo serviço, chamado de “Starlink Energy”, é projetado para fornecer energia limpa, acessível e confiável, por meio do uso de microrredes e sistemas movidos a energia solar. Essas microrredes são redes de energia de pequena escala, autocontidas e independentes da rede maior. 

Além de fornecer acesso à internet, a Starlink também poderia ser usada para fornecer acesso a uma energia solar gerada no espaço e transmitida para áreas da Terra que precisam de energia limpa e renovável.

Em tempos de necessidade urgente de transição energética e de preocupação com a redução da emissão de gases poluentes, as agências espaciais de todo o mundo têm lançado estudos que analisam a viabilidade de construir centrais elétricas em órbita, apesar das dificuldades (principalmente financeiras) em concretizar tais projetos.

Construir usinas de energia solar no espaço certamente não é uma tarefa fácil, mas parece ter vantagens – pelo menos, para alguns países. Os entusiastas da tecnologia afirmam que uma central de energia solar na órbita da Terra produziria 13 vezes mais energia do que uma instalação equivalente localizada no Reino Unido, por exemplo. 

Uma das principais vantagens alegadas é que a energia solar baseada no espaço não sofre da principal desvantagem que assola tecnologias de geração de energia renovável, pois, no espaço, o sol sempre brilha e nenhuma nuvem jamais impediu que os raios alcançassem os painéis fotovoltaicos. 

Uma central de energia solar no espaço, ao contrário do seu equivalente na Terra ou de um parque eólico offshore, forneceria uma quantidade constante de energia, 24 horas por dia e 7 dias por semana durante todo o ano. Essa energia alimentaria as redes elétricas baseadas no planeta a uma taxa constante, sem que os operadores se preocupassem com apagões incômodos ou com sobrecargas repentinas.

Outra vantagem, de acordo com os defensores da ideia, é que a energia solar baseada no espaço é mais segura contra conflitos internacionais.

Além das questões financeiras, a usina de energia solar em órbita teria que ser enorme e não apenas coletar luz solar suficiente para valer a pena. O principal fator é a necessidade de concentrar as micro-ondas responsáveis por transportar a energia através da atmosfera da Terra em um feixe de tamanho razoável, que possa ser recebido no solo. 

A construção de uma central de energia solar baseada fora do planeta exigiria centenas de lançamentos de foguetes (que poluiriam a atmosfera, dependendo do tipo a ser utilizado) e de sistemas robóticos avançados capazes de reunir todos os módulos constituintes no espaço. 

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Editado por Alexia Dias