Projetos de energia solar em larga escala sofrem com recuo do real

15 de maio de 2015
Projetos de energia solar em larga escala sofrem com recuo do real
Desde o leilão de energia de reserva de fontes alternativas, ocorrido em outubro de 2014, imaginou-se que haveria uma corrida para construção da primeira usina solar em larga escala, já que 31 projetos de energia solar ganharam contratos. Mas a taxa de câmbio atrasou esses planos. A queda do real desde o final daquele mês tornou mais cara a construção de usinas solares.   A desvalorização da moeda elevou os preços da importação de equipamentos e fez com que os desenvolvedores adiassem a assinatura de acordos para o fornecimento de painéis fotovoltaicos. Fabricantes que tinham a intenção de implantar fábricas de painéis solares no país estão repensando o projeto. Isto pode ameaçar o projeto da presidente Dilma Rousseff, de aumentar o uso de energia solar em mais de 100 vezes e criar uma indústria local para esse segmento.   O Brasil estabeleceu uma meta de ter 3,5 gigawatts de capacidade solar em operação até 2023, produzindo cerca de 1,8% da eletricidade do país, contra menos de 35 megawatts no ano passado. Os desenvolvedores instalaram 10 megawatts no país no ano passado, contra 6,3 gigawatts nos EUA e 13 gigawatts na China, principal mercado para a energia solar, de acordo com a Bloomberg New Energy Finance.   O país tem planejado para este ano mais dois leilões de energia solar, previstos para agosto e novembro. Maurício Tolmasquim, presidente da Agência de Pesquisa Energética - EPE, disse que o governo irá considerar múltiplos fatores quando estabelecer os preços máximos, incluindo as taxas de câmbio e disponibilidade de financiamento por meio do BNDES.  
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