7 de dezembro de 2010
A tecnologia atual de energia solar foi projetada para transformar a luz em energia elétrica utilizável. A energia fotovoltaica captura fótons e coletores solares térmicos capturam calor, mas não são projetados para armazenar energia. Qualquer luz solar extra não utilizada é perdida como calor.
Hoje temos painéis comerciais que capturam cerca de 25% da energia disponível. Alguns artigos de ciência mostram modelos recém-inventados que transformam entre 40% e 80% da luz solar em energia utilizável. Embora estes sejam passos importantes, eles não abordam os problemas de armazenamento de energia.
Uma equipe de pesquisa do MIT fez alguns estudos iniciais com uma nova abordagem, que poderiam levar a um método totalmente novo para captura e armazenamento de luz solar. Ele tem o potencial para fazer esta energia renovável indefinidamente armazenável e transportável.
A pesquisa é baseada em uma molécula chamada fulvalene diruthenium. Quando uma dessas moléculas absorve a luz solar, ele muda para uma nova formação semi-estável e perfeitamente segura. A molécula pode permanecer no novo estado indefinidamente, sem degradação. Quando combinada com um catalisador, a molécula de diruthenium fulvalene volta em sua forma original, liberando calor. Quando a energia é liberada, pode ser utilizada para aquecer uma casa ou para aparelhos elétricos.
A equipe de pesquisadores acredita que o diruthenium fulvalene poderia funcionar de diversas maneiras. Uma idéia é a de um combustível líquido reutilizável. O líquido poderia ser colocado ao sol e agitado, expondo o máximo possível do líquido ao calor solar. Uma vez carregado pode ser bombeado até o ponto de uso. Como não se deteriora a energia no fluido, o ponto de uso poderia ser próximo ou distante. Depois de usado, o líquido pode ser recarregado pelo sol indefinidamente sem degradação ou perda de eficiência.
A desvantagem é que diruthenium fulvalene é derivado de Rutênio, que é um elemento raro, com reservas mundiais estimadas em 5000 toneladas. Atualmente, apenas cerca de doze toneladas de Rutênio são extraídas por ano.
No entanto, o Rutênio também é um subproduto da fissão nuclear. Existem processos industriais que podem remover Rutênio de resíduos de urânio e disponibilizá-lo em segurança para uso não-nuclear. O processo ainda é caro, mas assim como outras novas tecnologias, pode se tornar mais barato.
Fonte: Artigo do portal Enviromental Graffiti Energia solar líquida bombeada até sua casa
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