O POTENCIAL DE CRESCIMENTO DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E SEU MERCADO DE ATUAÇÃO

15 de maio de 2017
O POTENCIAL DE CRESCIMENTO DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E SEU MERCADO DE ATUAÇÃO
Confira trecho de matéria da Revista da Instalação em que nosso diretor, Raphael Pintão, foi destaque. Nela ele discorre sobre o potencial de crescimento da geração Distribuída no país, sobre o mercado gigantesco para atuação, além da carência de profissionais qualificados.   O Brasil detém um dos maiores potenciais do mundo para produzir energia limpa e competitiva a partir de fontes renováveis. Com a oficialização do modelo de Geração Distribuída, há alguns anos, essa capacidade passou a estar ao alcance de cada consumidor, que pode instalar micro ou mini pontos de geração na própria residência, comércio, indústria, prédio público ou qualquer outro tipo de estabelecimento.   O advento dessa modalidade abriu um leque de oportunidades para a criação de novos negócios ligados às áreas de projeto, fabricação, venda, instalação e manutenção de sistemas destinados à geração de energia e também um vasto campo de trabalho.   No momento a atividade de Geração Distribuída apresenta grande crescimento e ótimas perspectivas no Brasil, mas existe o receio de que a falta de qualificação e especialização técnica nessa área possa acabar atravancando o processo em algum momento.   Apesar desse ainda ser um mercado novo, é possível traçar algumas perspectivas, considerando a situação de momento e alguns planejamentos já anunciados pelo governo federal.   Segundo dados divulgados em meados de março pela Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR), o Brasil possuía 8.931 sistemas de geração Distribuída conectados à rede, totalizando por volta de 100 megawatts (MW) instalados.   A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projeta que o país terá 1.200.000 ligações de geração Distribuída, até 2024. Considerando uma média de 55 kW de potência para cada instalação, chega-se a um total de 6 GW de potência instalada, movimentando por volta de R$27 bilhões em investimentos. "isso representaria a criação de noventa mil empregos de qualidade", destaca Carlos Evangelista, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).   Existe ainda uma estimativa feita com base em projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e que envolve um cenário ligeiramente mais distante. A previsão é de que até 2030 o Brasil possa atingir 25GW de potência instalada, o que corresponde a investimentos de R$125 bilhões. "Sendo a energia solar uma fonte que gera muitos empregos- cerca de 20 a 30 por MW instalado - estamos falando de algo entre 500 mil e 750 mil vagas", informa Raphael Pintão, sócio-diretor da NeoSolar Energia, empresa especializada em soluções e treinamento na área de energia solar fotovoltaica.   Vale lembrar que a Geração Distribuída envolve ainda outras fontes, como eólica, biomassa e biogás. Entretanto, neste momento a solar fotovoltaica domina as aplicações no Brasil, com 8.832 unidade (que produzem 67 MW), do total de 8.913 sistemas existentes (100 MW).   O setor de geração Distribuída envolve disciplinas como elétrica, eletrotécnica e eletrônica. Os sistemas de maior porte abrem espaço para a contratação de empresas de EPC (Do inglês Enginnering, Procurement e Construction Engenharia, Aquisição e Construção), que costumam trabalhar por empreitada, projeto a projeto. Já os sistemas de menor porte são uma oportunidade para integradores e instaladores. Segundo que atuam nesse mercado, por envolver trabalho especializado, a área normalmente proporciona remuneração acima da média do universo da construção civil e das instalações elétricas convencionais.   Os números do setor são animadores, mas, como sempre no Brasil, existe um porém: apesar de haver um grande contingente de desempregados no país, falta mão de obra adequada nas mais diversas áreas, incluindo a de energia.   "Sem dúvida ainda há uma grande carência de profissionais qualificados para atuar nesse setor", atesta Carlos Evangelista, destacando que a ABGD tem atuado fortemente no intuito de estimular a criação de cursos de formação na área fotovoltaica.   Para Raphael Pintão, não existe mão de obra suficiente no mercado brasileiro nem em quantidade nem em qualidade. "O que se vê no momento é uma parcela de empresas preocupadas com o tema e buscando qualificação, e uma parcela que infelizmente oferece serviços sem a qualificação necessária, prejudicando os clientes e o setor como um todo", constata. Entre outras funções, essa carência envolve, por exemplo, engenheiros e técnicos especializados. Falta gente com conhecimento para atuar como projetista, montador e instalador de sistemas.  
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