Bombas solares garantem o abastecimento de água no ano inteiro, mas nos meses mais frios e secos elas ganham uma importância ainda maior.
Com a proximidade da estiagem durante o inverno, produtores rurais e pecuaristas procuram soluções para manter a irrigação das plantações e do pasto, bem como manter os rebanhos saudáveis para garantir a produtividade durante o ano todo.
Uma das soluções para suprir as necessidades do período é o bombeamento solar - isto é, o uso de bombas que se alimentam de energia solar fotovoltaica para retirar água dos lençóis freáticos. Assim, é possível ter água para irrigação ou para bebedouros do rebanho sempre que necessário, independentemente da estação.
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No Brasil, 72% da água potável disponível é usada na agricultura e pecuária. Conforme dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), somente em 2021 o agronegócio foi responsável por 27% do PIB nacional. A importância do setor aponta para a vocação agrícola e pecuarista que vem sendo estimulada desde a década de 1960.
É necessário haver disponibilidade de água para que essas atividades econômicas sejam realizadas de maneira contínua. E essa água precisa frequentemente de fontes de energia para ser direcionada. E, como nem sempre a rede elétrica está disponível, o bombeamento solar entra em cena para contribuir com a agricultura e pecuária mesmo em áreas remotas.
Bombeamento solar: econômico e confiável
A tecnologia de bombeamento solar, utilizada para a captação de água utilizada na irrigação e no abastecimento de bebedouros em pastos, é uma solução confiável no longo prazo. Com ela, é possível garantir que, mesmo em épocas de seca, seja possível manter as atividades agropecuárias ativas, evitando escassez de alimentos, por exemplo.
Além disso, a instalação e a operação de bombas solares trazem economia significativa e ótimo custo-benefício, incluindo como ponto positivo gerar energia limpa, renovável, silenciosa e inesgotável.
Nas cidades, também é possível encontrar finalidades para as bombas solares, como a reutilização da água da chuva para limpeza, o que evita o desperdício de água potável; o abastecimento de caixas d’água; e o bombeamento de água em jardins e açude de chácaras, sítios e fazendas.
Funcionamento das bombas solares
A bomba solar é alimentada por um painel fotovoltaico, sendo autossuficiente, diferente de uma bomba convencional, que utiliza normalmente energia elétrica ou gerador. Após a conversão da energia solar em elétrica, o painel fotovoltaico alimenta a bomba de água com energia elétrica em corrente contínua.
Outra vantagem é que, além de dispensar a energia elétrica em seu funcionamento, a bomba solar também não necessita de bateria estacionária, realizando a captação de água de poços, reservatórios, cisternas e até mesmo de aquíferos.
Saiba Mais:
Tipos de bombas solares
Após a avaliação de um técnico qualificado, é possível definir o melhor kit de bombas para utilização e o tipo de sistema que será instalado no projeto. Existem atualmente três tipos de bombas solares, conforme sua instalação: submersa, de superfície e como gerador para bombas de corrente alternada.
As bombas submersas, como o próprio nome indica, são instaladas dentro de poços, reservatórios ou água corrente. Seu formato é longo e cilíndrico, com boa durabilidade e sem a necessidade de manutenção frequente. São as mais utilizadas em bombeamento solar.
Já as bombas de superfície, por outro lado, se encontram próximas ao exterior da água, em ambientes de baixa vazão ou com menor profundidade, bombeando para uso direto ou para reservatório. Disponíveis em pequeno e médio porte, são de baixa manutenção, o que faz com que sejam consideradas econômicas.
Entretanto, quando é necessária grande potência de bombeamento, o equipamento ideal é a bomba de corrente alternada (CA), que é ligada a um gerador fotovoltaico utilizado nesse tipo de sistema.
Bombas solares de corrente contínua ou alternada
As bombas solares de Corrente Contínua são as mais comuns e utilizadas, conforme o porte e a necessidade do projeto. Esses equipamentos são fáceis de instalar, exigem pouquíssima manutenção e mantêm sinal elétrico estável mesmo quando instalados a longas distâncias ou submersos em grandes profundidades.
Entre as bombas solares CC, existem aquelas com motor de ímã permanente sem escovas (PM-BLDC) e controlador integrado, indicadas para sistemas de até 5HP ou 10HP de potência. Para distâncias menores, de até 70m ou 80m, também existem bombas PM-BLDC com controlador externo, sem grandes prejuízos na estabilidade do sinal elétrico.
Em relação às bombas Corrente Alternada (CA), sua indicação é para sistemas já existentes em que se deseja apenas trocar a alimentação a diesel por solar, sem substituir a bomba. Nos sistemas acima de 5HP ou 10HP, as bombas CA também se tornam as melhores opções, porque passam a ter custo menor que as bombas PM-BLDC, justificando sua escolha.
Um capítulo à parte são as bombas solares híbridas, que atuam com corrente contínua e alternada, equipamentos de tecnologia avançada que podem ser alimentados por rede ou gerador, bem como pela própria energia solar. Elas utilizam a alimentação CA como backup quando não há luz do sol disponível, por exemplo, quando é necessário bombear água à noite.
Escolhendo a melhor opção de bomba solar submersa
Seguem algumas dicas para escolher a melhor opção de bomba solar para o seu projeto, garantindo eficiência, vida útil e menor necessidade de investimento e manutenção:
1 - Bombas com rolamento axial: Evite bombas solares de baixo custo com rolamentos de esferas, o principal ponto de quebra mecânica;
2 - Lubrificação a água: Bombas de baixo custo normalmente utilizam lubrificação a óleo nos rolamentos, com vedação mecânica. Se houver falha na vedação, os poços podem ser contaminados, causando prejuízo e desperdício de água. Os rolamentos também podem ser prejudicados no processo. Prefira bombas lubrificadas com filme fino de água, mais eficientes, sem quebras e contaminações indesejadas;
3 - Bombas de aço inox: As bombas de aço inox apresentam melhor qualidade e durabilidade em relação às de bombeadores de plástico, recomendados apenas para líquidos corrosivos. É preciso também ter atenção à espessura mínima do aço utilizado na bomba, para evitar vibrações e ter maior durabilidade em contato com a água;
4 - Motor PM BLDC: Não utilize bombas com escovas, que possuem baixa durabilidade e eficiência. A melhor escolha é o motor CC com ímã permanente, que exige menos manutenção.