Energia Solar na Matriz Energética: Fonte Fotovoltaica já é a segunda maior do Brasil

16 de janeiro de 2023
Energia Solar na Matriz Energética: Fonte Fotovoltaica já é a segunda maior do Brasil

Confirmando as expectativas de representantes do setor, a energia solar mal esperou o raiar de 2023 e já conquistou a vice-liderança do ranking entre as principais matrizes energéticas do país.

Agora são 23,9 GW de capacidade instalada, uma pequena, mas significativa, diferença capaz de superar os 23,8 GW da energia eólica. A modalidade está atrás apenas da matriz hídrica, que domina o cenário com 109,7 GW e mais da metade de toda a capacidade instalada no território nacional.

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Energia Solar na Matriz Energética no Brasil

Os dados são da Absolar, que detalha ainda que a capacidade instalada está dividida em 16 GW de geração distribuída, por meio de usinas de pequeno porte, fachadas e telhados solares em residências e comércios; e 7,9 GW de geração centralizada, com grandes empreendimentos que vendem energia para os mercados regulado e livre.

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A escalada da energia solar na matriz energética já rendeu ao Brasil, desde o ano de 2012, mais de R$ 100 bilhões em novos investimentos e a geração de 600 mil empregos. Na parte ambiental, 28 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser emitidas graças à geração de eletricidade por meio da fonte solar.

Mercado brasileiro de Energia Solar

Em tempos de destaque para a transição energética e a busca por fontes alternativas e sustentáveis de geração de energia, o setor solar tem ainda um vasto campo de exploração.

Hoje, o mercado local é considerado promissor: figura entre os 7 mais importantes do mundo e é o único país latino-americano no top 10, segundo o “Global Market Outlook for Solar Power 2022-2026”, relatório de referência para os avanços do mercado de energia solar no mundo, divulgado no ano passado.

Entre os fatores que influenciam o bom desempenho do país, estão o clima e os altos índices de incidência solar, somados ao desenvolvimento de novas tecnologias que promovem redução nos custos, com sistemas mais viáveis para o consumidor, além de políticas de incentivo do Estado.

Sim, ainda devemos falar sobre o Marco Legal da GD no Brasil e como ele pode influenciar na busca por sistemas fotovoltaicos.

Um fator que será determinante para a ampliação do uso de energia solar no Brasil é a aprovação do Projeto de Lei (PL) nº 2.703/2022, que pretende ampliar o prazo para a entrada em vigor das regras relacionadas ao Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE), definidas justamente pela Lei nº 14.300/2022, que instaurou o Marco no Brasil.

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Instalação de Placas Solares

É importante lembrar que, de acordo com o Marco da GD, os interessados em instalar projetos de energia solar deveriam protocolar a solicitação de acesso à rede de distribuição até 7 de janeiro de 2023, para garantir a forma de compensação atual até 2045 e evitar, assim, a chamada “taxação do sol”.

O novo projeto, que ampliaria o prazo, foi aprovado na Câmara, mas não conseguiu ser votado pelo Senado antes do recesso parlamentar.

A expectativa é que, caso seja aprovado ainda no primeiro semestre de 2023, possa garantir também uma regra de transição para quem instalou os sistemas após 7 de janeiro.

Energia Solar na Matriz Energética em 2023

Com a energia solar assumindo o posto de segunda maior fonte na matriz energética brasileira, o setor deve acrescentar pelo menos mais 10 GW de capacidade no sistema elétrico, com possibilidades reais de fechar 2023 com 34 GW acumulados - a maior parte, cerca de 21 GW, gerados por pequenos e médios sistemas instalados nas casas, nos pequenos negócios, nos prédios públicos e nas propriedades rurais.

De acordo com estimativas da Absolar, o setor deve atingir neste ano a marca de 1 milhão de empregos gerados no país desde 2012.

Na NeoSolar, maior distribuidora de produtos para energia solar Off Grid do Brasil e referência no mercado de Geração Distribuída, a expectativa segue sendo de crescimento. Em 2022, a empresa registrou receita 50% superior à de 2021, graças aos bons resultados de todas as unidades de negócio.

Os principais responsáveis pelos números foram a diversificação do portfólio nos diferentes segmentos de atuação, a retomada no segmento de Geração Distribuída e a participação em programas sociais como o “Luz para Todos” e o “Mais Luz para a Amazônia”.

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