O lugar que abriga o maior pedaço da Floresta Amazônica, uma das maiores riquezas da humanidade, também é marcado pela falta de acesso à energia em diversos locais.
Para reduzir esse problema, a Região Norte do Brasil tem investido fortemente em Energia Solar, mais especificamente em Sistemas Off Grid – desenvolvido para levar energia e luz elétrica para áreas não conectadas à rede elétrica.
Entenda neste artigo por que a força da Energia Solar Off Grid na Região Norte do Brasil tem um poder transformador.
Milhões sem acesso à Eletricidade no mundo
A energia é um bem indispensável à vida dos seres humanos. O acesso é capaz de promover ações rotineiras, até banais para alguns, como o ato de acender uma lâmpada, ligar a televisão para assistir ao programa preferido, ou ainda um fato mais simples: possuir uma geladeira para conservar os alimentos.
Infelizmente o que para alguns é comum, para outros é motivo de celebração e os números explicam o porquê.
De acordo com o relatório publicado em 2022 pelo Banco Mundial, Organização Mundial da Saúde (OMS), Divisão de Estatística das Nações Unidas (UNSD), em parceria com a Agência Internacional de Energia (IEA) e a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), atualmente, 733 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso à eletricidade.
Os mesmos órgãos indicam também que 2,4 bilhões de pessoas ainda cozinham usando combustíveis prejudiciais à saúde e ao meio ambiente – um quadro muito grave.
População sem luz elétrica no Norte do Brasil
No Brasil, a população considerada sem acesso à energia ultrapassa um milhão de pessoas. E, mesmo com os esforços e investimentos feitos pelo governo federal nos últimos anos, por meio de programas como o “Luz para Todos”, ainda é considerável o número de famílias vivendo sem acesso à energia, em especial na Região Norte do país.
Isso ocorre em grande parte por conta das características geográficas da região, que dificulta a chegada de equipamentos e soluções não apenas em relação à energia, mas também de suprimentos para a vida dos moradores.
Segundo o WWF Brasil - Organização da sociedade civil brasileira, que atua nas áreas da conservação, investigação e recuperação ambiental e que integra a World Wide Fund for Nature, Organização não governamental internacional - nos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Amapá e Pará existem mais de duzentas localidades isoladas, em que a eletricidade não tem como chegar pela via tradicional de linhas de distribuição.
Na Região Amazônica, as longas distâncias, os obstáculos naturais, as dificuldades de acesso, a baixa densidade populacional, dificultam o atendimento de grande parte da população pelo sistema convencional.
Nesses locais, a energia solar fotovoltaica aparece como opção mais rápida e barata, por meio de seus sistemas Off Grid, o que explica o destaque e importância que o setor conseguiu no norte brasileiro.
Sistemas isolados – Off Grid
Os sistemas Off Grid não necessitam de conexão à rede elétrica e abastecem diretamente os aparelhos que vão utilizar a energia. Dessa forma, podem ser usados para bombeamento de água, eletrificação de cercas, geladeiras para armazenar vacinas, postes, estações replicadoras de sinal e residências.
Saiba Mais:
Os sistemas isolados de geração de energia solar fotovoltaica são compostos basicamente por quatro componentes:
- Painéis ou placas solares, que transformam a radiação solar em corrente elétrica contínua;
- Controladores de carga, que garantem o abastecimento correto das baterias evitando sobrecargas e descargas profundas, aumentando sua vida útil;
- Inversores, que transformam corrente contínua (CC) em corrente alternada (AC), e elevam a tensão, por exemplo, de 12V para 127V;
- Baterias, que armazenam a energia elétrica para ser utilizada nos momentos em que não haja sol ou outras fontes de energia disponíveis.
Novos sistemas Off Grid na Região Norte
Sempre em busca de soluções e pensando em atender regiões remotas, em 2022, a NeoSolar, empresa referência no mercado de energia solar Off Grid no país, uniu-se à HOPPECKE, multinacional alemã especializada em armazenamento de energia, para desenvolver um sistema isolado e com fonte intermitente voltado para o atendimento a localidades sem acesso à energia elétrica convencional.
O SIGFI é mais econômico, fácil de transportar e instalar e com baixo custo de manutenção, considerado a melhor solução para atender às necessidades de projetos do governo como o “Programa Luz para Todos” e o “Programa Mais Luz” para a Amazônia (MLA), seguindo as diretrizes da ANEEL.
A engenharia técnica da solução tem o objetivo de garantir uma vida útil prolongada para o sistema — além de tornar a instalação, operação e manutenção muito mais fáceis, baratas e eficazes em regiões remotas do país.
O SIGFI tem autonomia para funcionar por até 2,5 dias sem sol e foi projetado em formato compacto para que seu transporte e instalações sejam mais simples, além de reduzir a necessidade de manutenções e contar com um datalogger para registro dos dados de geração e consumo. Ele é dimensionado para consumo de até 60 kwH/mês.
“Cada pequeno detalhe do projeto foi estudado e testado exaustivamente. Por isso, trata-se da solução ideal para levar energia solar a locais remotos não conectados à rede elétrica, totalmente otimizado para maximizar a vida útil e minimizar todos os custos”, informa Pedro Pintão, sócio-fundador da NeoSolar.
“Hoje, com nossos parceiros, estamos aptos a realizar qualquer projeto SIGFI/MIGDI em regime turn-key”, comenta Antonio No, diretor geral da HOPPECKE no Brasil. “Projetos como o que realizamos na Ilha de Marajó estão totalmente alinhados com a missão e os valores da HOPPECKE, que são disponibilizar energia para as pessoas e com isso melhorar suas vidas”.
