Mudanças climáticas alarmantes demandam transição energética

2 de junho de 2023
Mudanças climáticas alarmantes demandam transição energética

Com edição de Marien Ramos

No mês de maio, levantamento da Organização Meteorológica Mundial, agência especializada da ONU, alertou autoridades e ambientalistas ao anunciar que o planeta deve registrar um período de mudanças climáticas, com altas temperaturas inéditas nos próximos cinco anos.

Diversas regiões do mundo serão impactadas pela mudança do clima e, no Brasil, pode haver repercussão direta na agricultura devido à queda no regime de chuvas na Amazônia.

Alerta da ONU para Mudanças Climáticas demanda Transição Energética
Fontes de energia renováveis, como a energia solar, podem evitar as alarmantes mudanças climáticas

Se estão se perguntando o motivo, mais uma vez, precisaremos citar o aquecimento global. No texto a seguir veremos como as energias limpas, a exemplo da energia solar, têm um papel fundamental na redução das emissões de gases do efeito estufa. Confira!

Alerta de Mudança Climática - Acordo de Paris

Já em 2015, os signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima em Paris concordaram em unir esforços para manter o aumento das temperaturas globais abaixo de 2°C e limitá-lo a 1,5°C até 2050. A meta foi estabelecida no chamado Acordo de Paris.

“As mudanças climáticas representam uma ameaça urgente e potencialmente irreversível para as sociedades humanas e para o planeta e, portanto, requerem a mais ampla cooperação possível de todos os países e sua participação numa resposta internacional eficaz e apropriada, com vista a acelerar a redução das emissões globais de gases de efeito estufa”.

Acordo de paris

Contudo, as informações mais recentes apontam uma chance de 98% para que pelo menos um dos próximos cinco anos supere o recorde de temperatura estabelecido em 2016, quando houve um El Niño - fenômeno de aquecimento anormal das águas - forte.

Outro dado alarmante é a grande possibilidade de a média prevista para 2023/2027 ser maior do que a dos últimos cinco anos.

Transição Energética - Driblando a Mudança de Clima

Existem diversas frentes para combater de forma contundente a emissão de gases de efeito estufa. A luta contra o desmatamento é uma delas, porém, outra alternativa tão importante quanto, é a transição energética. Essa ideia propõe mudança nas matrizes de geração de energia no mundo, com a substituição dos combustíveis fósseis por fontes renováveis, como a energia solar.

Dados apontam que existe um engajamento em torno da temática no mundo, com aumento de investimentos e divulgação, fato que tem potencializado o uso de renováveis - mesmo que ainda insuficientes.

De acordo com a Agência Internacional para as Energias Renováveis (Irena), ao final de 2022, a capacidade total global de geração renovável era de 3.372 GW, com um aumento de 295 GW.

Embora a energia hidrelétrica represente a maior parcela da capacidade total de geração renovável global, a solar e a eólica, juntas, foram responsáveis por 90% de todo o incremento feito em 2022 à capacidade de fontes renováveis.

A China foi o país que mais impulsionou o desempenho, adicionando 141 GW à nova capacidade da Ásia.

O Brasil, por sua vez, está em uma situação privilegiada, com 82% de sua matriz elétrica baseada nas fontes renováveis – 180.917MW de um total de 220.643MW (incluindo as importações).

O país passou por um boom de energia eólica, com crescimento de 1 GW para 24 GW em 11 anos. Já a energia solar atingiu a marca histórica de segunda maior fonte da matriz energética nacional, com quase 29 GW de capacidade operacional registrada em 2023.

Mobilidade Elétrica diminui Mudanças Climáticas

Ainda falando na transição energética para diminuir as mudanças climáticas, ações com foco em eletrificação e mobilidade elétrica também são relevantes. O desafio é mudar o cenário no setor de transportes, substituindo os carros dominados pelo petróleo por carros elétricos.

No Brasil, só em 2021, as emissões associadas à matriz energética atingiram o equivalente a 445,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono - prejudicial ao meio ambiente, sendo a maior parte (197,8 Mt) gerada no setor de transportes.

Neste cenário, aparece a mobilidade elétrica, que engloba os veículos movidos por fontes elétricas (carros, motos, ônibus, caminhões, bicicletas e até patinetes) - além, é claro, da infraestrutura de recarga que deve ser implementada para abastecê-los.

Carros eletrificados e o sistema de recarga que os acompanha se inserem no cenário de mobilidade elétrica. Crédito: Freepik

O uso do carro a combustão contribui fortemente com o aquecimento global devido aos gases liberados. Um veículo abastecido por gasolina, por exemplo, libera em média 120 gramas de gás carbônico (CO2) por km rodado.

Já os veículos elétricos, por si só, não emitem gases de efeito estufa. E, mesmo que a fonte geradora de energia utilizada para fabricação e carregamento do veículo produza estes gases, como é o caso da termoelétrica, o ciclo de vida de um VE terá menos emissões de gases e poluentes do que um carro a gasolina.

Cada vez mais, empresas e consumidores se voltam para a eletrificação no transporte, pensando nos benefícios à atmosfera e evitando as mudanças climáticas. Assim, tornando a transição para veículos elétricos uma das áreas com maior potencial de crescimento.

No mundo, foram vendidas 10 milhões de unidades em 2022, um aumento de 55% em relação aos 6,5 milhões de 2021, segundo dados da EV-Volumes. De acordo com a NeoCharge, o número total de veículos eletrificados no Brasil ultrapassou as 137 mil unidades em abril de 2023.

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