COP28: O que esperar? | Blog NeoSolar

Mulher segurando uma planta com as duas mãos. No fundo, há um solo seco com rachaduras.
12 de dezembro de 2023
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COP28: O que esperar?

Até 12 de dezembro, os olhos do mundo estarão voltados para a realização da 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas, a COP28.

O evento realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, reúne todos os países-membros da ONU para debater estratégias contra o aquecimento global e as mudanças do clima. Especialistas acreditam que o ponto chave da COP 28 seja a discussão sobre como as nações colocaram em prática as ações previstas pelo Acordo de Paris, que tem como finalidade limitar a elevação da temperatura do planeta a 1,5°C, até 2050.

O setor de energia tem papel central nessa discussão, uma vez que a tão almejada transição energética só será possível com investimento em fontes renováveis e a diversificação das matrizes. 

Como forma de acelerar a transição energética, a Presidência da COP28, a Irena (Agência Internacional de Energia Renovável) e a GRA (Aliança Global Renovável) publicaram recentemente um relatório conjunto pressionando os líderes mundiais a aumentar a capacidade global de energia renovável para pelo menos 11 mil GW até 2030.

 

Veja também:

História da COP 

A conferência foi criada em 1992, reunindo mais de 190 países para o debate e a negociação de medidas concretas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e do aquecimento global. A programação é dividida entre a Zona Azul, onde ocorrem as negociações dos países credenciados na UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima), e a Zona Verde, aberta para participação de todos os inscritos no evento, incluindo painéis e estandes de representantes de empresas, entidades setoriais e organizações da sociedade civil. 

Brasil na COP 28

Planeta Terra pintado de verde e com várias árvores plantadas.

O Brasil participa do encontro desde o início e, neste ano, apresenta uma série de iniciativas para retomar o protagonismo na agenda climática – a exemplo do projeto de taxonomia sustentável brasileira e da emissão de títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional. 

O otimismo é inclusive endossado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que às vésperas da COP28, durante visita à Arábia Saudita e ao Qatar, afirmou que o Brasil será conhecido daqui a dez anos como “a Arábia Saudita da energia verde” — em referência ao país que é hoje o maior produtor de petróleo do mundo. 

Em 2023, o governo brasileiro deve propor na COP28 um novo mecanismo de captação de recursos para financiar a preservação em países com florestas, com uma meta de redução de 53% das emissões até 2030 em relação a 2005, superando a anterior de 50%. Além disso, a meta para 2025 também será alterada de 37% para 48%.

É importante lembrar que, em 2025, a COP30 será realizada no Brasil, na cidade de Belém, no Pará.

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Como novidades em 2023, durante a COP 28 já foi anunciada a destinação de cerca de US$ 420 milhões para apoiar países afetados pelo aquecimento global. O valor é considerado baixo por alguns especialistas, mas a decisão não deixa de ser histórica. 

A destinação da verba para o chamado “Fundo de Perdas e Danos” concretiza o principal resultado da COP27, onde foi aprovada a criação do fundo, mas sem definir seus detalhes. O fundo é um dos resultados do Acordo de Paris, que teve entre seus pontos o compromisso de os países desenvolvidos contribuírem com US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020, a fim de ajudar os países em desenvolvimento a se prepararem para as mudanças climáticas.

A expectativa é que outros temas sejam debatidos e definidos, como a eliminação ou redução dos combustíveis fósseis e o balanço global (global stocktake), um processo importante que examina como os países estão cumprindo suas metas em relação às mudanças climáticas definidas pelo Acordo de Paris.

Nesta edição da COP, são esperadas ações mais concretas que as da COP27, com planos mais sólidos e considerando especialmente que os países desenvolvidos têm uma responsabilidade histórica maior nas emissões de gases de efeito estufa.

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Editado por Alexia Messa 

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